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Review Pixel 7 | Android “sem frescuras” e ótimas câmeras

Por| Editado por Léo Müller | 28 de Fevereiro de 2023 às 17h55

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Review Pixel 7 | Android “sem frescuras” e ótimas câmeras
Review Pixel 7 | Android “sem frescuras” e ótimas câmeras

O Pixel 7 não está disponível de oficialmente no Brasil, mas pode ser importado. O celular do Google não tem o melhor desempenho do mercado, mas traz um foco em qualidade fotográfica que pode atrair alguns usuários. Além da experiência mais pura do Android.

Mas será que vale a pena importar um celular sem garantia ou assistência técnica para ter um Android “sem frescuras”? O Canaltech conseguiu trazer o smartphone do Google para testar, com a ajuda da parceira USCloser.

Veja abaixo o que eu achei dos dias em que tive a oportunidade de usar o Pixel 7. E também o que eu acho da possibilidade de importar um celular do Google.

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Para importar produtos dos Estados Unidos que você não encontra por aqui, basta criar uma conta na USCloser. Você faz suas compras nos sites gringos normalmente, e a USCloser recebe por você lá nos EUA mesmo, em uma espécie de “caixa postal americana” criada exclusivamente para você. Depois, a USCloser encaminha os produtos para sua casa aqui no Brasil. É seguro, prático e rápido. Siga nosso tutorial para se cadastrar e comprar nos EUA economizando muito.

Design e construção

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  • Dimensões: 155,6 x 73,2 x 8,7 mm
  • Peso: 197 gramas

Visualmente, o Pixel 7 é, praticamente, um Pixel 7 Pro em tamanho reduzido. O celular do Google conta com vidro protegido por Gorilla Glass Victus na frente e atrás, e tem um quadro lateral de alumínio. Ele possui certificação IP68, com submersão em até 1,5 metro de água doce por até 30 minutos sem sofrer danos.

Na parte traseira, o quadro metálico se estende para a lombada da câmera, que é uma faixa horizontal. No Pixel 7, são duas câmeras traseiras, com um espaço razoável até o flash. Na versão Pro, há uma terceira câmera por ali, inexistente no modelo “base”.

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Os botões são invertidos daquilo que é mais comum no mundo Android. O de energia está em cima, enquanto os de volume ficam abaixo. Isso confunde no início, mas dá para se acostumar rapidamente.

O Pixel 7 não tem entrada para fone de ouvido e conta com USB-C na parte inferior. Na tela, um pequeno furo centralizado na parte superior traz a câmera de selfies.

Tela

  • Tamanho: 6,3 polegadas, 96,7 cm² de área, ~84,9% de ocupação;
  • Tecnologia do painel: AMOLED;
  • Resolução e proporção: Full HD (1080 x 2400 pixels), 20:9;
  • Densidade aproximada: 416 pixels por polegada;
  • Extras: 90 Hz, HDR10+, Always on Display.
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O Pixel 7 tem uma tela AMOLED com pico de 1.400 nits. De fato, é uma tela excelente para usar em ambientes externos, mesmo em dias ensolarados. Mas não achei o brilho tão intenso assim quanto outros topo de linha que já testei.

Em 50% do brilho, você já pode sentir um pouco de dificuldade para usar em ambientes internos. Normalmente, celulares mais poderosos têm boa visibilidade nestes cenários com brilho entre 40% e 30%. Me parece que, apesar de atingir um pico alto, ele baixa muito rápido.

Seja como for, dá para usar o Pixel 7 muito bem em qualquer lugar. O brilho mínimo é bem confortável para os olhos em ambientes escuros, sem perda significativa das cores. Uma tela muito boa, apesar de eu ter achado um pouco inferior à de um Galaxy S ou iPhone.

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Configuração e desempenho

  • Sistema operacional: Android 13;
  • Plataforma: Google Tensor G2 (5 nm);
  • Processador: Octa-core (2x 2,85 GHz Cortex-X1 + 2x 2,35 GHz Cortex-A78 + 4x 1,8 GHz Cortex-A55);
  • GPU: Mali-G710 MP7;
  • RAM e armazenamento: 8/128 GB, 8/256 GB.

O Google optou por deixar de lado a disputa pela velocidade, mas entrega celulares competentes. O processador Tensor 2 tem pontuação em benchmarks próxima à de intermediários. Ele está mais estável que o antecessor, mas eu notei um problema comum: aquecimento acima do normal.

Até mesmo ao rodar meia hora de Netflix, o aparelho esquentou. Em jogos, então, ele ficou quase incômodo de segurar. E isso com meros 10 minutos de Asphalt 9 — mas também não esquentou muito mais depois disso.

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O Pixel 7 é bastante fluido, e conta com uma interface limpa para garantir a suavidade. Ele roda bem todo jogo disponível na Play Store, mas os mais pesados podem exigir uma redução na qualidade gráfica. Ainda assim, é competente como um intermediário potente.

Na questão da memória, o celular do Google tem opções de 8 GB de RAM e 128 GB ou 256 GB de armazenamento. Está dentro do que se espera de um bom intermediário.

Usabilidade

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O grande diferencial da linha Pixel é o software, limpo de apps desnecessários e com atualizações rápidas. Quem quer isso, tem no Pixel 7 um prato cheio, já que ele traz de fábrica apenas os apps essenciais para um celular e recebe updates assim que uma nova versão do Android chega.

Claro que você pode instalar qualquer aplicativo disponível na Play Store ou outras lojas de terceiros. E isso inclui apps com funcionalidades extras, que, no entanto, podem prejudicar a fluidez da interface.

Falando em conectividade, o Pixel 7 traz Wi-Fi tri-band, com suporte ao 2,4 GHz, 5 GHz e o novo 6e. Ele também possui NFC e pode ser utilizado para pagamentos por aproximação.

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Câmeras

  • Principal: 50 MP, abertura f/1.9;
  • Ultrawide: 12 MP, abertura f/2.2, 114°;
  • Selfies: 10,8 MP, abertura f/2.2;
  • Vídeos: até 4K a 60 fps.
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O conjunto fotográfico é o grande diferencial da linha Pixel. O chip Tensor G2 tem um excelente processamento de imagens, já que o Google deixa o foco nas fotos.

O Pixel 7 é um dos melhores celulares para tirar fotos atualmente. O aparelho entrega uma faixa dinâmica muito boa. Ele respeita a diferença de luz e sombra na imagem, ao mesmo tempo em que consegue registrar bom nível de detalhes em todas as áreas.

As cores são bastante precisas, e o foco geralmente é bom, mas eu precisei tocar na tela em algumas fotos para deixar claro qual eu queria que fosse o objeto da imagem. Na ultrawide, eu notei uma tendência em deixar as cores mais quentes.

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As selfies também são muito boas, com um nível de textura e detalhes que eu espero de um topo de linha — lembrando que o Pixel 7 está mais para intermediário. Nas fotos noturnas, o aspecto de pouca luz é preservado, e a foto fica com pouco nível de ruídos.

A gravação de vídeo também é um destaque, especialmente pela ótima estabilização. Enfim, o Google conseguiu chegar a um nível de qualidade das câmeras que só Apple e Samsung conseguem entregar no mundo mobile.

Vídeos gravados com o Pixel 7

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Sistema de som

O Pixel 7 conta com um alto-falante na parte inferior e um segundo onde também é a saída de som das chamadas. Ou seja, é um sistema de som estéreo, com qualidade bem razoável.

Em volume médio, o áudio é bem claro, com boa distinção entre agudos, médios e graves, apesar de um foco bem maior nos médios. Quando você se aproxima do volume máximo, há distorções e fica uma sensação de som abafado, já que agudos e graves se perdem.

Você pode aproveitar o Bluetooth 5.2 para conectar dispositivos de áudio externos, como caixas de som e fones de ouvido. Não há conector P2 neste celular.

Bateria e carregamento

  • Capacidade de carga: 4.355 mAh;
  • Recarga: até 20 W com fio, 20 W sem fio.

A duração da bateria sempre foi um problema na linha Pixel. Foi, pois agora, mesmo que não entregue tempo de uso impressionante, ao menos está dentro da média de aparelhos semelhantes.

Considerando tanto o teste de Netflix, que é feito com a tela em 50% do brilho, quanto o de uso real, no qual o sistema define automaticamente a intensidade de luz, o celular do Google deu uma expectativa de cerca de 20 horas de uso.

É um tempo bem razoável, e indica que ele aguenta um dia inteiro sem grandes problemas. O Moto G53, que tem processador um pouco menos veloz, ficou com média semelhante em nosso teste de uso. E ambos podem melhorar, se você reduzir o brilho da tela, por exemplo.

Mas é bom lembrar que testes de bateria trazem apenas uma expectativa. Não dá para cravar que o Pixel 7 vai durar mais ou menos do que o Moto G53, por exemplo, pois o uso de cada pessoa varia. A questão importante é que dá para usar, no mínimo, um dia sem se preocupar muito.

Isso, claro, considerando um uso moderado. Usuários mais exigentes, que têm muitos apps instalados e ficam com a tela acesa por muito tempo podem precisar de uma tomada antes mesmo de terminar o dia.

Tempos de uso e recarga

  • Netflix: até 20 horas;
  • Uso real: aproximadamente 18,8 horas (consumo de 6 p.p/h);
  • Recarga: Cerca de 2 horas.

O Google não envia carregador na caixa do Pixel 7. Eu usei um adaptador de parede de 65 W da Baseus para ter uma noção do tempo de recarga do aparelho, que suporta até 20 W. Em 10 minutos, a carga já havia subido de 40% para 57%. E precisou de uma hora e vinte minutos para ir de 40% a 100%.

Concorrentes diretos

Considerando pontuação em benchmarks e até mesmo o preço, os concorrentes do Pixel 7 não são os modelos topo de linha de Samsung, Apple ou Motorola. O celular do Google está mais para um intermediário premium, já que custa menos de US$ 500.

Sendo assim, seus rivais são modelos como o Galaxy A53, Moto G53 ou, mais ainda, um Poco X5 Pro. E aí o Pixel 7 supera um pouco em desempenho os dois primeiros, e custa mais que o terceiro. Mas oferece experiência geral mais premium que todos eles.

Google Pixel 7: vale a pena importar?

Vou ser direto: não acho uma boa ideia importar o Pixel 7 para o Brasil. Existem celulares até melhores que o do Google por aqui, com garantia e assistência técnica oficial.

Não é que ele seja um celular ruim, longe disso. Mas não compensa o trabalho que dá importar um smartphone e o risco de sofrer algum acidente ou ele ter algum defeito. Acho que até mesmo alguns intermediários oferecem experiência semelhante, com o conforto de assistência técnica e garantia.

Sim, o Pixel 7 tira ótimas fotos, tem uma interface fluida e limpa, sem apps desnecessários. E você pode instalar funcionalidades extras à vontade, pois essa é a ideia do Google para o Android.

Mas eu bato muito na tecla da assistência porque é comum produtos da Gigante das Buscas darem problema. É uma dor de cabeça desnecessária — que você pode arriscar, claro. Eu só não recomendo.