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iPhones e iPads finalmente poderão instalar aplicativos fora da App Store

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 14 de Dezembro de 2022 às 11h40

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Reprodução/Apple
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A Apple deverá permitir a instalação de lojas de aplicativos de terceiros e de programas fora da App Store em breve. Isso significa que proprietários do iPhone e iPad poderão ter mais opções para baixar jogos e softwares diversos, sem ficar refém das regras rígidas do marketplace da Maçã.

A medida seria uma iniciativa da empresa para cumprir Digital Markets Act, que começou a vigorar na União Europeia em novembro. A legislação tenta coibir o monopólio e práticas anticoncorrenciais implementadas por Big Techs como Apple, Google, Meta e Microsoft.

Segundo a Bloomberg, mesmo com a liberação do download e instalação paralelos, os desenvolvedores ainda deverão recolher a taxa de 30% sobre as vendas feitas no iOS. Não está claro como a empresa pretende fazer esse controle, já que os apps poderão oferecer meios de pagamento alternativos.

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Também são esperadas mudanças nos mecanismos de navegação na web, com impactos no chamado WebKit (a tecnologia que todos os navegadores para iOS são obrigados pela Apple a usar) e em outras áreas do sistema operacional para cumprir a legislação da UE. Até o momento, não houve um posicionamento oficial da empresa, portanto tudo não passa de especulação.

Requisitos de segurança elevados

A justificativa para tanta rigidez era a preocupação com a segurança dos usuários. Podendo instalar apps de fontes desconhecidas, as pessoas poderiam inserir apps maliciosos ou contaminados com malwares no sistema do celular.

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Para resolver isso, a Maçã deve criar um procedimento que estabelece uma espécie de verificação de segurança. Na prática, deve funcionar da mesma maneira que os apps baixados fora da App Store nos Macs.

A Gigante de Cupertino sempre foi criticada pela falta de flexibilidade no seu modelo de ecossistema, impedindo modificações e cobrando quantias exorbitantes dos desenvolvedores. Essa postura excessivamente controladora despertou a atenção de órgãos reguladores do mundo inteiro.

Ainda não está claro se a empresa também fornecerá acesso a camadas mais profundas dos aparelhos, como câmera ou ao Always-on Display. Isso possibilitaria mais níveis de personalização no iOS, deixando muito mais mutável como o rival Android.

O que se sabe, conforme a Bloomberg, é das restrições impostas ao NFC, o que permitiria alternativas de pagamento paralelas ao Apple Pay. A medida daria mais liberdade para apps de cartões de crédito ou carteiras digitais se instalarem nos celulares da Maçã.

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Lojas de apps mais flexíveis

A mudança na App Store reflete o sucesso da legislação europeia, que também obrigou a Microsoft a permitir lojas de terceiros como alternativa à oficial no Windows 11. Lá, contudo, a situação é diferente, já que a empresa não cobra taxas dos desenvolvedores.

O Android já permitia o download de apps por lojas paralelas e também a instalação de arquivos independentes. O sistema do Google também aplica taxas às vendas, mas trabalha com menores percentuais e não restringe os métodos de pagamentos alternativos desde o mês passado.

A Apple terá até 6 de março de 2024 para se adaptar aos ditames da lei europeia, caso contrário pode ser penalizada no Velho Continente. Se a companhia abrir a App Store antes, como parece ser o caso, as regras já passariam a valer a partir do iOS 17, previsto para chegar no segundo semestre de 2023.

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Fonte: Bloomberg