Quais foram os 3 maiores erros da Intel? CEO responde
Por Felipe Vidal • Editado por Jones Oliveira |

O CEO da Intel, Pat Gelsinger, respondeu quais foram os três maiores erros da companhia de Santa Clara em entrevista ao Digit. Para o executivo, que trabalhou na empresa desde seus 18 anos no fim da década de 1970, a saída no mercado de smartphones, o cancelamento da GPU Larrabee e os planos para a construção de fábricas no passado foram grandes deslizes cometidos.
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Focada em computadores, é difícil imaginar processadores da Intel em outros produtos domésticos. No entanto, a companhia investiu fortemente na linha Atom a partir de 2008 e integrou essa linha de CPUs em diversos smartphones, principalmente em modelos voltados ao mercado asiático. Porém, a forte concorrência com produtos baseados em ARM fez que com que o time azul cancelasse os Atom em 2016 e saísse desse segmento.
Lançadas em 2022, a linha Intel Arc não é a primeira família de GPUs dedicadas da companhia. Também anunciada em 2008, a geração Larrabee foi a primeira investida da empresa nessa categoria, com o objetivo de produzir uma GPU de propósitogGeral, que mesclava a microarquitetura de uma CPU x86 e já vinha habilitada para Ray Tracing. Entretanto, o projeto sequer viu a luz do dia e foi cancelado em 2010 por não conseguir bater de frente com as rivais NVIDIA e AMD.
As fábricas perfeitas da Intel
Com uma estrutura bem consolidada, Pat Gelsinger acredita que a busca de "ótimas grandes fábricas" foi um dos maiores erros da Intel. Embora o CEO não tenha sido mais específico sobre esse assunto, é possível inferir algumas possibilidades na fala de Pat.
No passado, a ideia da empresa parecia muito mais criar fábricas gigantescas antes de pensar em produtos. Hoje, o planejamento é diferente e a Intel está focada em construir fábricas de grande porte, espalhadas pelo mundo, para avançar no seu processo de fabricação e vender essa tecnologia para outras companhias. Chamado de IDM 2.0, o projeto prevê a criação de litografias avançadas para que a Intel se torne o maior player desse mercado, competindo diretamente contra outras gigantes do nicho, como TSMC e Samsung.
Por fim, Gelsinger aponta um extra nos erros da empresa. O chefão do time azul não gostou da aquisição de algumas empresas no passado, mas não deu nomes. As suspeitas ficam com a Nervana em 2016, com sua linha de produtos descontinuada em 2020, e a DeepLabs em 2014, que não gerou o impacto desejado.