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Activision Blizzard é processada novamente por assédio e discriminação

Por  • Editado por  Bruna Penilhas  |  • 

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Divulgação/Activision Blizzard
Divulgação/Activision Blizzard

A Activision Blizzard vem enfrentando processos e denúncias por assédio e discriminação desde julho de 2021 e, agora, ela tem mais um para a conta. A empresa está sendo acusada, mais uma vez, pelo “sexismo desenfreado” no ambiente de trabalho, com "700 casos" relatados sob a presidência de Bobby Kotick.

O processo foi aberto pela advogada Lisa Bloom e encaminhado ao Tribunal Superior do Condado de Los Angeles na quarta-feira (23), em nome de uma funcionária atual identificada anonimamente como “Jane Doe”. No ano passado, Bloom entrevistou outra funcionária em frente à sede da Blizzard, que relatou problemas parecidos.

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Segundo os relatos, publicados pela Bloomberg, Doe foi contratada em 2017 como assistente administrativo sênior no departamento de T.I. (tecnologia da informação). Ela afirma ter sido pressionada com frequência a beber álcool e a participar de jogos obscenos com outros colegas homens.

Ela também diz que as funcionárias da Activision Blizzard eram alvo de comentários sexuais e apalpadas, principalmente durante “cube crawls” (rastejamento de cubos, em tradução livre). A prática já havia sido descrita no primeiro processo, de julho de 2021: homens bebem álcool em excesso e, literalmente, rastejam até as mesas das mulheres e fazem comentários sobre elas.

Ao queixar-se dessas situações aos supervisores, eles teriam dito-lhe que era apenas “a liderança sendo legal e tentando ser amiga dela”. Doe afirma que foi instruída a não expor suas preocupações e reclamações a outras pessoas, pois isso poderia causar danos à imagem da empresa.

Doe diz que, após reclamar diretamente com o ex-presidente da Blizzard, J. Allen Brack — o executivo deixou a empresa em agosto de 2021, semanas após a Activision Blizzard ser processada pela primeira vez —, ela conseguiu trocar de departamento e função; porém, a vaga era de uma hierarquia inferior e pagava um salário menor. Ela também disse que sua candidatura a uma vaga de assistente executiva, realizada em novembro de 2021, foi rejeitada após ela falar sobre suas experiências na empresa em uma entrevista coletiva em dezembro.

O processo pede à Justiça que a empresa adote um “departamento de RH rotativo para combater conflitos de interesse”, além da demissão do CEO, Bobby Kotick, que estaria ciente de todas as alegações e as teria omitido aos investidores.

Vale lembrar que, no início deste ano, a Activision Blizzard foi comprada pela Microsoft pela bagatela de US$ 68,7 bilhões (cerca de R$ 327 bilhões em conversão direta). Bobby Kotick deve deixar a empresa após a aquisição ser concluída e aprovada por órgãos reguladores. Relembre quais franquias se tornarão parte do ecossistema Xbox aqui.

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Fonte: Bloomberg Law, VGC