Conheça todas as estações espaciais já lançadas à órbita da Terra
Por Daniele Cavalcante |
Embora a humanidade ainda não tenha voltado à Lua desde a missão Apollo 17, em 1972, astronautas viajam ao espaço com frequência para realizar experimentos científicos na órbita terrestre. Essas experiências são atualmente realizadas na Estação Espacial Internacional (ISS), a única operacional nos dias de hoje. Mas ela não foi a primeira - nem sará a última.
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Projetada para ser uma espécie de degrau para o desenvolvimento e teste prático de tecnologias para módulos, a primeira estação espacial chinesa não tinha como objetivo ser a versão derradeira. Pelo contrário, visava apenas ser um trampolim para a criação da estação espacial chinesa realmente completa, projeto este que vem sendo elaborado desde os anos 1990. Ela recebeu três tripulações e foi substituída pela Tiangong-2 em 2016.
Com a segunda versão, a China testou seus sistemas de suporte à vida e capacidades de reabastecimento cruciais para a manutenção de uma estação espacial habitada e de longa vida útil. Os taikonautas Jing Haipeng e Chen Dong permaneceram lá durante 33 dias no final de 2016, no que se tornou a missão espacial tripulada mais longa da China.
Com o fim da Tiangong-2, que reentrou na atmosfera em 2019, a China ficou pela primeira vez desde 2011 sem nenhuma estação orbital capaz de receber missões tripuladas. Mas o país já está trabalhando na Tiangong-3, que tem seu módulo central Tianhe lançado em breve, mas ainda sem data confirmada.
A China não costuma divulgar muito seus planos, mas recentemente afirmou que sua estação foi planejada para ser colocada na órbita terrestre baixa, a uma altitude de 340 km a 450 km, com previsão para ser concluída em 2022. Quando estiver em órbita, poderá acomodar três taikonautas em circunstâncias normais e até seis durante a substituição da tripulação.
Ela terá o formato de “T”, com o módulo central no meio e uma cápsula em cada lado onde ficarão os laboratórios. Atualmente esta é a maior espaçonave desenvolvida pela China, e seu espaço útil é de 50 metros cúbicos. Lá ficará o centro de gerenciamento e controle, mas também poderá abrigar algumas das experiências científicas e tecnológicas.
Com duas portas de ancoragem, o módulo Tianhe estará conectado a duas cápsulas de laboratório e três outras portas para receber as espaçonaves com as tripulações de taikonautas. Também terá uma saída para as caminhadas espaciais.
Fonte: NASA, PopSci, Britannica