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Apple Vision Pro pode levar 4 gerações para ganhar “formato ideal”

Por| Editado por Wallace Moté | 12 de Fevereiro de 2024 às 08h11

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Divulgação/Apple
Divulgação/Apple

Mesmo que o Apple Vision Pro tenha ganhado bastante repercussão no mundo da tecnologia nos últimos dias, muitos consideram o produto como uma tentativa inicial de alavancar o mundo da computação espacial. De acordo com fontes internas da Apple, o produto pode levar até quatro gerações para ganhar um “formato ideal” e otimizado em comparação com o modelo atual. 

As informações foram citadas pelo conhecido analista Mark Gurman, após conversas com pessoas do Vision Products Group, que é a equipe responsável pelo desenvolvimento do headset. 

Segundo ele, a parte de software é a que mais precisa de melhorias, pois as demonstrações da Apple apenas “mostram o que funciona”. Em muitas partes, a sensação é de que o sistema está em uma versão beta, e um ano distante do refinamento necessário para o uso por parte dos consumidores. 

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Quando fala no período de quatro anos, o analista se refere à forma física do Vision Pro, que ainda é considerada pesada e grande demais. O ideal seria fazer com que o produto fosse mais próximo de óculos tradicionais, o que não é possível no estágio atual de desenvolvimento. 

Notícias anteriores já indicavam que a construção de um headset menor e mais leve seria prioridade para a Apple no desenvolvimento da segunda geração do Vision Pro. Outro ponto importante seria a redução do preço do dispositivo, já que o modelo atual é bem mais caro que qualquer outro concorrente do mercado de headsets. 

A necessidade de aproximadamente quatro gerações para a consolidação de um produto é um processo já visto em outros produtos da Apple, como o iPhone e o Apple Watch, por exemplo. 

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O Apple Vision Pro já passou por diversas análises nas últimas semanas, mostrando seus pontos positivos e negativos em aspectos como a bateria, interação com o novo sistema VisionOS, ergonomia e mais. Gurman também usou o produto por alguns dias, e apontou alguns aspectos principais dele:

  • A banda para a cabeça Solo Knit Band, que aparece nos materiais publicitários da Apple, é inferior à Dual Loop Band. Afinal, a segunda opção balanceia melhor o peso do Vision Pro na cabeça, já que tem um apoio superior.
  • As câmeras que capturam o que há ao redor “não fazem juz ao entusiasmo”, e não são muito melhores que as vistas nos headsets da Meta. Além disso, efeitos de borrão também podem ser vistos em alguns momentos.
  • Os comandos por gestos e pela visão são ótimos, mas não funcionam bem o tempo todo. Em algumas vezes é preciso reiniciar o dispositivo para retomar o nível de responsividade.
  • Pelo peso e tamanho da bateria, a autonomia de duas horas não é suficiente. Além disso, o cabo pode ser curto demais em algumas situações.
  • Não é possível resetar a senha no Apple Vision Pro, como notícias anteriores já mostraram. Quem esquecer a senha precisará levar o produto até uma loja autorizada, em que será feita uma restauração com potencial perda de dados.

O primeiro headset da Apple teve as suas primeiras entregas iniciadas nos primeiros dias do mês de fevereiro, e já causou até polêmica após ser usado em situações pouco ideais, como no trânsito. Ele foi anunciado nos EUA com o preço inicial de US$ 3.500 (cerca de R$ 17,3 mil na cotação atual) e não há uma previsão oficial para a comercialização em outros países, o que inclusive tem causado problemas na Alemanha com importadores clandestinos. 

Fonte: Bloomberg