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Como funciona um carro autônomo?

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Os carros autônomos serão realidade em um futuro não tão distante assim nas ruas pelo mundo, e muitas dúvidas sobre seu funcionamento já inundam os sites especializados, fóruns e perfis de montadoras. Sejam eles automóveis, ônibus ou até carros voadores, é claro que estaremos sempre falando de produtos com muita tecnologia embarcada, lotado de segurança e normas de funcionamento.

Até que esses veículos sejam totalmente aprovados por autoridades no mundo todo, as empresas terão tempo de testá-los em diferentes ambientes, controlados ou abertos. Por isso, antes que cidadãos comuns possam usufruir dos carros autônomos, há muito o que fazer.

Hoje, empresas como General Motors, Ford, Volvo e gigantes da tecnologia como Baidu, Huawei e Xiaomi já anunciaram que estão executando testes diários com seus carros autônomos, que devem começar a aparecer com mais capilaridade em cerca de cinco anos. Há, também, a sempre iminente entrada da Apple no negócio, que busca parceiros para seu Apple Car.

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O leitor já habituado às matérias deste setor no Canaltech deve se perguntar: como será que funciona um carro autônomo? Devo me preocupar quando andar em um? Com isso em mente, separamos um pequeno resumo de como um carro autônomo funciona e como ele promete tornar a vida no trânsito mais segura e sustentável.

Sensores e sistemas de segurança

Antes de abordar propriamente as tecnologias presentes dentro de um carro autônomo, é necessário deixar bem claro que há diferença entre um veículo totalmente autônomo e carros que possuem tecnologias autônomas. Para isso, utilizemos o automóvel que, até hoje, demonstrou o maior nível do uso desses sistemas em um veículo de passeio: o Volvo XC40 Hybrid, já avaliado pelo Canaltech.

O SUV compacto da Volvo reúne diferentes tecnologias de condução autônoma, mas todas precisam que o condutor esteja sempre com as mãos no volante para serem executadas. Elas, em hipótese alguma, substituem uma pessoa no comando do carro, mas ajudam bastante no trânsito. Recursos como o piloto automático adaptativo, por exemplo, atuam de modo que o veículo acelere e freie sozinho com base no monitoramento do carro ou moto à frente.

Já o alerta colisão frontal te avisa sobre o iminente perigo, como uma frenagem brusca de um carro. Caso você esteja desatento, aí sim, entra em ação a frenagem automática de emergência, sempre pensada para movimentações urbanas e velocidades não tão altas.

No caso dos carros autônomos, o ser humano não será requisitado para o funcionamento do veículo. Atualmente, a SAE (Society of Automotive Engineers, ou Sociedade dos Engenheiros Automotivos), define seis níveis de direção autônoma para um carro deste tipo. São elas:

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  1. Totalmente manual: O condutor tem que fazer tudo, sem nenhum auxílio
  2. Direção assistida: O carro pode ser equipado com piloto automático e direção elétrica progressiva
  3. Automatização parcial: O carro é capaz até de efetuar curvas e acelerações, mas com a supervisão humana
  4. Automatização condicionada: O carro detecta situações ao seu redor para agir, mas sempre em auxílio ao motorista
  5. Automatização avançada: O carro pode atuar sozinho dentro de certas circunstâncias, mesmo sem a ajuda de uma pessoa
  6. Automatização total: O veículo consegue fazer tudo sozinho, sem supervisão humana física

Os carros autônomos não apenas executam tarefas como esterçar ou acelerar, mas possuem o controle de tudo o que acontece ao redor deles. Para isso, diversos sensores são instalados em sua carroceria, que atuam em conjunto com softwares inteligentes e com machine learning para tornar o passeio não apenas seguro, mas sempre em condições de ser aperfeiçoado. Afinal de contas, existem outras pessoas dirigindo pelas ruas e o comportamento é imprevisível.

Além disso, os carros autônomos contam com câmeras que fazem, por exemplo, leituras de placas com limites de velocidade, semáforos e que buscam a presença de outros pedestres e até animais. Ao fazer a identificação visual, o sistema leva as informações para os sensores e radares, como o LiDAR, que consegue detectar a distância e a profundidade de eventuais obstáculos com pulsos de luz. Outros dispositivos que ajudam esses veículos são os sensores ultrassônicos, que conseguem detectar calçadas, guias e outros veículos no tráfego cruzado, por exemplo.

Com tudo isso dentro do carro, o software embutido no sistema processa as informações e, graças à conectividade e algoritmos, traça o percurso que seja mais eficiente e seguro para o veículo fazer. O bom e velho GPS também entra em cena, além das várias ferramentas desenvolvidas para smart cities, algo que também deve surgir com força nos próximos anos.

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Com todas essas tecnologias, que seguem em testes, os carros autônomos serão capazes de levar você do ponto A ao ponto B com toda a segurança e conforto. Além de super seguros, terão sistemas avançados de infotenimento e conectividade, além do fato de serem, em sua esmagadora maioria, elétricos. Ou seja: além de eficientes, serão sustentáveis.

O que falta?

Além da tecnologia ser aperfeiçoada, muitas questões entram em jogo quando falamos de carros ou veículos autônomos. A principal delas é a legislação, que deve ser bem específica para este tipo de produto. Por exemplo: em uma acidente com carros normais, é muito mais fácil achar culpados, mas e se for um veículo autônomo, quem se responsabiliza? A fabricante? O Governo? A empresa que desenvolveu o software?

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Além disso, todos os automóveis devem ser adaptados para os códigos de trânsito de suas respectivas praças, de modo a trabalhar em conformidade com o que é permitido dentro daquele país. Um exemplo simples é o padrão dos volantes e do sentido das vias. No Reino Unido, é diferente do Brasil e Estados Unidos, por exemplo.