CES 2021 | Samsung anuncia o Exynos 2100, seu novo chip topo de linha
Por Rubens Eishima | 12 de Janeiro de 2021 às 12h21
A Samsung apresentou nesta terça-feira (12) o processador Exynos 2100, sua nova solução de alto desempenho para celulares. O componente aproveita o novo processo de fabricação de 5 nm para encarar o rival Snapdragon 888, da norte-americana Qualcomm, com um modem 5G integrado para os novos celulares topo de linha de 2021.
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A divisão responsável pelos chips próprios da empresa sul-coreana parece otimista com o novo processador, tendo publicado uma série de teasers antes da apresentação do novo componente. O Exynos 2100 é o segundo chip da Samsung LSI a utilizar a litografia de 5 nm — no processo batizado de 5LPE pela Samsung Foundry, responsável por sua fabricação —, o mesmo adotado pelo rival Snapdragon 888.
“Nossa equipe Exynos tem o compromisso de criar experiências de computação móvel premium, trazendo inovações para os processadores que estão no centro dos dispositivos inteligentes de hoje”, afirmou o presidente da divisão de chips da Samsung, Inyup Kang.
Modem de última geração
Diferentemente do antecessor, Exynos 990 — usado no S20 e no Note 20 vendidos no Brasil —, o topo de linha da marca para 2021 inclui um modem 5G compatível com as principais faixas de frequência da nova tecnologia, incluindo as redes mmWave e velocidades de até 7,35 Gbps. No caso de conexões com frequências sub-6Ghz e 4G, a velocidade alcança 5,1 e 3 Gbps, respectivamente.
CPU customizada
O Exynos 2100 é o primeiro processador da Samsung LSI a adotar o novo núcleo de CPUARM Cortex-X1, programa de personalização de chips anunciado em 2019 para oferecer mais desempenho aos chips de celular.
O conjunto de oito núcleos de processamento do Exynos 2100 é dividido em três níveis, com um núcleo Cortex-X1 a até 2,9 GHz, três núcleos Cortex-A78 de alto desempenho e quatro núcleos de alta eficiência Cortex-A55.
A adoção do Cortex-X1 como principal núcleo de processamento do novo Exynos marca o fim dos núcleos personalizados da Samsung, que anunciou o fim da divisão SARC, responsável pelo projeto Mongoose, na época da apresentação do chip 990 e da derradeira CPU M5.
O resultado, segundo a Samsung, é um salto de desempenho superior a 30% em relação ao Exynos 990. Parte do aumento é resultado do novo processo de fabricação, que permite ainda um consumo de energia até 20% menor que o antecessor.
14 núcleos gráficos
Para atender ao crescente mercado gamer nos celulares, o Exynos 2100 conta com 14 núcleos gráficos Mali-G78 da britânica ARM — adquirida pela Nvidia em setembro do ano passado. Em termos de desempenho nos jogos, a Samsung anuncia uma melhora de 40% em relação ao Exynos 990, que contava com 11 núcleos Mali-G77.
A parte visual do chip inclui ainda um novo processador de imagens (ISP), compatível com resoluções de até 200 megapixels. O núcleo pode ser conectado a até seis câmeras no aparelho, com a opção de receber imagens de até quatro sensores simultaneamente.
E no caso dos recursos de inteligência artificial, o Exynos 2100 traz um novo acelerador neural (NPU) de três núcleos, com desempenho de 26 TOPS (trilhões de operações por segundo), quase duas vezes mais poderoso que o conjunto usado no Exynos 990 (15 TOPS).
Disponibilidade
A Samsung LSI informou que o Exynos 2100 já está em produção, mas não informou quando poderemos adquirir celulares equipados com o chip. O primeiro smartphone a contar com o processador deve ser o Galaxy S21, provável estrela do evento Galaxy Unpacked 2021, marcado para quinta-feira (14).
Mais uma novidade
Ao final da transmissão de lançamento, o executivo da fabricante sul-coreana anunciou que a próxima geração do processador — Exynos 2200? — será a primeira a integrar o processador gráfico Radeon da AMD. As empresas anunciaram em 2019 um acordo para licenciamento da GPU para uso nos processadores Exynos, mas o lançamento do primeiro resultado da parceria ainda não tinha uma previsão de estreia.
Ao que tudo indica, a volta da AMD/ATI ao mercado de aceleração para celulares deve acontecer na linha 2022 da Samsung. A empresa deixou o segmento anos atrás, quando vendeu sua divisão Imageon para a Qualcomm, que rebatizou o processador com o nome Adreno (um anagrama de Radeon).
Fonte: Samsung