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Review Moto G 5G | Celular bom e 'barato' para quem já busca o 5G

Por| Editado por Léo Müller | 23 de Julho de 2021 às 09h35

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Ivo/Canaltech
Ivo/Canaltech

O Motorola Moto G 5G chegou às lojas pouco depois da versão Plus como um dos primeiros celulares intermediários com acesso à quinta geração da banda larga móvel no Brasil. Com a proposta de entregar experiência parecida com o irmão a preço mais baixo, o aparelho vai um pouco além do que estávamos acostumados a ver na linha Moto G.

Pouco mais de seis meses se passaram, e o modelo ainda pode ser uma boa compra. Eu vou destrinchar este aparelho na análise a seguir, depois de alguns dias usando o dispositivo e testando ao máximo suas capacidades de tela, câmera, bateria e, claro, desempenho.

É verdade que o 5G ainda nem chegou no Brasil — sequer foi realizado o leilão das frequências exclusivas — e que estamos em meio a uma pandemia. Mas há razões para já se preparar para isso e levar o Moto G 5G para casa. Vem comigo que eu vou explicar.

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Prós

  • Ótimo desempenho;
  • Bom conjunto de câmeras;
  • Pronto para o 5G;
  • Boa duração de bateria;

Contras

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Design e Construção

Não há nada muito diferente no design do Moto G 5G. O dispositivo tem acabamento em plástico, leitor de impressão digital na traseira, botões de volume e energia no lado direito e conector USB-C na parte de baixo. As câmeras ficam em um módulo quadrado no canto superior esquerdo como se fossem o lado de número 4 de um dado e a tela ocupa quase toda a porção frontal, com um pequeno furo centralizado para a câmera frontal.

  • Dimensões (A x L x P): 166,1 x 76,1 x 9,9 mm
  • Peso: 212 g
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A tampa traseira tem uma textura pontilhada e pode ser encontrada nas cores Preto Prisma ou Prata Prisma, que são auto-explicativos. A versão testada aqui no Canaltech é a preta, que dependendo da iluminação parece um marrom bem escuro e elegante.

No lado esquerdo, você ainda encontra um botão exclusivo para acionar o Assistente do Google e a gaveta de chips, com dois slots, sendo um deles híbrido (para cartão de operadora ou micro SD). Já na parte de baixo, tem o alto-falante e também um conector para fones de ouvido.

Tela

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Um ponto negativo constante entre muitos especialistas nos celulares da linha Moto G, a tela do Moto G 5G não é nada de outro mundo, mas oferece visualização confortável e boa calibração de cores. O problema, como sempre, é o uso em ambientes muito claros, especialmente na rua, já que o brilho desse painel LCD não é muito alto.

Ao menos o visor tem tecnologia HDR10, que melhora bem a questão do contraste e deixa as cores realistas e um pouco mais chamativas. Além disso, o uso de uma camada LTPS ajuda a baixar o consumo energético, apesar de ainda não chegar ao nível de uma tela OLED. Esta tecnologia é uma variação das TFTs e usa um conceito de matriz ativa semelhante ao das AMOLEDs, permitindo controlar cores e intensidade dos pixels individualmente. É uma fina camada semicondutora inserida no painel IPS LCD.

A tela tem 6,7 polegadas e ocupa aproximadamente 85,7% da parte frontal do celular, que tem bordas bem pequenas. O formato é 20:9, ou seja, o lado maior, do comprimento, tem quase o dobro do tamanho do lado menor. Isso garante mais espaço para conteúdos verticais e quase elimina as bordas ao assistir a filmes na proporção de cinema. A resolução é Full HD+, com 1080 x 2400 pixels e densidade aproximada de 393 ppp.

Diferente de vários Moto G lançados em 2021 e até mesmo do modelo 5G Plus, o Moto G 5G não tem taxa de atualização modificada. O display usa o padrão de 60 Hz, sem alterar a percepção de fluidez em animações de sistema, navegação na internet ou mais quadros por segundo em jogos.

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Configuração e Desempenho

O Moto G 5G é mais ou menos equiparável ao Moto G60 em desempenho, com um Snapdragon 750G, que tem modem 5G integrado, em vez do 732G. E é justamente o suporte à quinta geração da banda larga móvel que dá ao primeiro uma vantagem ao segundo. E ambos também possuem a mesma capacidade de memória, com 6 GB de RAM e 128 GB de armazenamento.

Sendo assim, o Moto G 5G tem alto poder de processamento e aguenta até algumas tarefas mais complexas, como edição de vídeos, de maneira relativamente tranquila. Não vai ser igual a um topo de linha, mas não vai demorar tanto quanto um modelo intermediário mais modesto, com um Snapdragon 600, por exemplo.

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Também é uma ótima opção para jogos, com bom poder de renderização gráfica. Novamente, fica alguns degraus abaixo de um topo de linha, mas o smartphone aguenta bem a jogatina de um PUBG Mobile, Asphalt 9 e outros jogos com gráficos exigentes sem muitos problemas, principalmente se você reduzir a qualidade. Dá para ver que o Moto G 5G aguenta bem esse tipo de tarefa por sua pontuação no teste do 3D Mark e no PCMark for Android (na galeria abaixo).

Se você quer saber cada número das especificações técnicas, o Snapdragon 750G é uma plataforma fabricada em litografia de 8 nanômetros com GPU Adreno 619 e processador de oito núcleos. A CPU tem arquitetura Kryo 570 e se divide em dois núcleos mais potentes de 2,2 GHz e outros seis mais eficientes de 1,8 GHz.

Interface e conectividade

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O grande diferencial deste celular é o suporte ao 5G, apesar de não ser uma tecnologia muito fácil de encontrar no Brasil. Só existe o 5G DSS por enquanto, que usa frequências do 4G para atingir velocidades de download e upload maiores, mas ainda fica bem abaixo das possibilidades da quinta geração de fato. Mas é bom estar preparado para o futuro, além de poder aproveitar a internet mais veloz caso você viaje a algum país em que esteja disponível.

Além do 5G, o Moto G 5G também possui Bluetooth 5.1, NFC e Wi-Fi dual-band — compatível com modems de frequência 2,4 GHz e 5 GHz. E tem a função de compartilhar a tela via Chromecast, além de funcionar como um roteador Wi-Fi, função comum em smartphones modernos.

Este aparelho da Motorola saiu de fábrica com o Android 10 e ainda não recebeu a versão 11 do sistema operacional. É a única atualização de software prometida pela fabricante, além de updates de segurança por até dois anos contados a partir da data de lançamento — neste caso, até dezembro de 2022. Esse suporte de software é bem limitado quando comparado com o que oferecem Samsung e Xiaomi para seus intermediários.

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A interface da Motorola é bastante limpa, com experiência intuitiva e que garante fluidez ao celular. Entre os recursos incluídos pela fabricante estão os gestos – agitar para ligar a lanterna ou girar o pulso para abrir a câmera e outros — e opções de notificações com a tela apagada e personalização da interface. Quanto a esta última, é possível mudar fontes, ícones e cor do sistema, além do papel de parede, pelo app Moto.

Câmera

O conjunto de câmeras na parte traseira do Moto G 5G tem três sensores, e aqui nada de um dedicado para o modo retrato: o principal tem 48 MP, enquanto o super grande-angular traz 8 MP e a resolução da macro é de 2 MP. Na frente, as selfies são registradas com 16 MP.

O conjunto é muito bom no geral, incluindo foco satisfatoriamente preciso e exposição equilibrada. No entanto, dá para notar uma boa diferença no tratamento das cores entre cada câmera: principal e ultra wide são relativamente próximas, com bom nível de saturação, enquanto a macro tem cores mais apagadas. Dá para aumentar a vibração em um software de edição, claro, e você pode aproveitar as imagens mais naturais se preferir também.

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Sensor principal | 48 MP

As fotos com a câmera de 48 MP ficam bem satisfatórias, especialmente para uso na internet. A Motorola usa uma tecnologia que junta quatro pixels menores em um único de tamanho maior, que resulta em uma imagem de 12 MP com mais sensibilidade à luz, menos ruídos e nível de detalhes aumentado.

Também dá para tirar fotos bem legais com pouca luz, mantendo o nível de detalhes em alto nível. Porém, as cores ficam mais apagadas dependendo do ambiente, e aí o Night Vision (modo noturno) pode entrar em ação para, usando um algoritmo, fazer um registro nítido e vívido ao mesmo tempo.

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Super grande-angular | 8 MP

A ultra wide não perde muita qualidade comparada ao sensor principal, mas, com a abertura da lente menor e sem a tecnologia de unir pixels para aumentar a sensibilidade à luz, as fotos podem ficar consideravelmente mais escuras. Infelizmente não há opção de modo noturno nesta câmera para ajudar nestes cenários.

Ou seja, você basicamente só consegue aproveitar o campo de visão ampliado em ambientes bem iluminados. Além disso, o foco é fixo, o que também limita bastante as opções.

Macro | 2 MP

Com resolução bem menor e um sensor de qualidade consideravelmente inferior aos outros dois, a macro do Moto G 5G impressiona positivamente. Claro que as fotos não ficam tão boas quanto as feitas pela principal, mas o nível de detalhes é bem satisfatório para um sensor tão pequeno.

Vale lembrar que as cores ficam bastante apagadas com a macro, e também não dá para aproveitar o modo noturno aqui. Novamente, um recurso com bastante limitação, mas um pouco de criatividade e habilidade ajudam a render ótimas fotografias.

Modo retrato e outros recursos

Temos aqui um exemplo bem claro do quão desnecessário é dedicar um sensor unicamente para fazer o efeito de desfoque de fundo em fotos do modo retrato. O Moto G 5G funciona tão bem quanto — ou até um pouco melhor — do que celulares com câmera extra para isso.

O celular ainda tem recursos de recorte, cor em destaque, Cinemagraph (que cria GIFs movimentados apenas em áreas selecionadas pelo usuário), panorama, selfie em grupo, filtro interativo e modo profissional.

Selfies | 16 MP

A câmera de selfies também tem boa qualidade, apesar de não trabalhar muito bem com luz muito irregular. Dependendo de onde estiver a fonte de iluminação, pode ter um “vazamento” que deixa quase toda a imagem esbranquiçada, como se lente estivesse suja.

Se você posicionar o aparelho direitinho, não deve ter muito problema para tirar bons autorretratos. O nível de detalhes é muito bom, e as cores pendem um pouco mais para o natural do que para o vívido.

Vídeos

Na gravação de vídeos, você tem a opção do 4K na câmera principal e 1080p (Full HD) na frontal. Mas terá que escolher entre a resolução maior ou uma taxa de quadros mais elevada, com 60 fps no 1080p — opção indisponível nas selfies. A macro também aceita vídeos Full HD com fluidez de movimento maior, enquanto a ultra wide só filma em 1080p a 30 quadros por segundo.

A qualidade das imagens é boa até mesmo com pouca luz, considerando que sempre há uma pequena perda quanto menos iluminação você tem. A estabilização é um dos destaques da gravação de vídeo, mesmo com a frontal.

Sistema de Som

Já se foi o tempo em que os Moto G traziam áudio estéreo, e com o Moto G 5G não é diferente. O celular tem um alto-falante mono que foca mais nos sons médios, mas ao menos não prejudica tanto os graves e agudos. Não é uma qualidade tão boa quanto poderíamos esperar de um smartphone cujo preço de lançamento está perto dos R$ 3.000, mas dá para o gasto na maior parte das vezes.

E quem faz questão de som limpo e agradável pode dispor de um fone de ouvido ou caixa de som com ou sem fio para conectar no smartphone pelo conector P2, USB-C ou via Bluetooth.

Bateria e Carregamento

A capacidade de carga da bateria do Moto G 5G segue o novo padrão da Motorola e intermediários no geral, com 5.000 mAh. É o suficiente, segundo a empresa, para 48 horas de uso longe da tomada. Será mesmo?

O primeiro teste que eu rodei para verificar a bateria do aparelho foi o de reprodução de vídeos na Netflix. Com o brilho da tela em 50%, deixei o dispositivo tocando uma série por 3 horas e, no final, verifiquei a carga: consumo de 22%, apenas 78% de bateria restante. Muito mais do que outros Moto G que também testei recentemente, sendo que o segundo maior consumo neste mesmo teste foi do Moto G9 Play no Android 10, com 19%.

Bom, não é só esse teste que realizamos aqui no Canaltech. Também usei o aparelho por um dia e monitorei a carga. Curiosamente, o dispositivo se saiu muito bem, até melhor do que o Moto G60, pois ficou com 64% de carga em aproximadamente 12 horas de uso bastante semelhante ao “irmão”. Neste período, a tela ficou ligada por 5h44. Ou seja, dá para confiar nas 48 horas de uso, que é uma estimativa da Motorola em uso mediano.

Durante o meu teste usei redes sociais (TikTok e Instagram), streaming de vídeo (YouTube e Netflix) e de música (YouTube Music), naveguei na internet, usei mensageiros e até joguei um pouco de Free Fire e Subway Surfers. Um uso até um pouco mais exigente do que a média do usuário brasileiro, com a tela sempre em 50% do brilho e Wi-Fi sempre ligado.

Não custa lembrar que testes de bateria são sempre uma estimativa, pois o uso varia de pessoa para pessoa, e há vários fatores que influenciam o tempo de vida da bateria. Não leve os números aqui apresentados como verdade final, mas o importante é saber que a bateria do Moto G 5G tem ótima duração, e certamente aguenta um dia inteiro longe da tomada.

Já a recarga, infelizmente, fica limitada a um adaptador de parede de 20 W de potência. Não é ruim, claro, mas atualmente já existem carregadores muito mais rápidos. O tempo para preencher a carga de 0% até 100% no Moto G 5G com o carregador original fica em cerca de 2 horas.

Concorrentes Diretos

Quando saiu, o Moto G 5G praticamente não possuía concorrentes diretos, já que só havia o Moto G 5G Plus com a quinta geração da banda larga móvel disponível no Brasil. Hoje já existem mais opções, e cada uma vai ter vantagens e desvantagens em relação ao celular da Motorola,

Começando pelo próprio modelo Plus, você tem tela em formato 21:9 e taxa de atualização da tela maior, processador um pouco mais potente e câmeras com mais recursos. A bateria tem a mesma capacidade, e entrega tempo de uso um pouco menor por conta da tela que gasta mais. Custa pouca coisa mais caro e pode ser uma alternativa interessante para quem quer algo ainda mais completo.

Na Samsung, temos o Galaxy A52 5G, que também é um excelente intermediário, tem tela Super AMOLED também com 90 Hz e câmeras mais completas, enquanto repete o processador do Moto G 5G e tem menos bateria. E tudo isso por um preço consideravelmente mais alto.

Tem ainda o Redmi Note 10 5G e o Poco M3 Pro 5G, da Xiaomi, e o Realme 7 5G, da Realme, que podem ser comprados de importadores a preço mais baixo que os concorrentes nacionais. Os três também estão disponíveis de maneira oficial, mas o valor já aumenta bem para ter suporte localizado e garantia de 12 meses.

Descartando o 5G, posso recomendar duas boas opções bastante semelhantes em quase todos os aspectos: Moto G60, que atualmente ainda está mais caro que o G 5G; ou Moto G9 Plus, já bem mais em conta do que seus “irmãos” e também muito poderoso.

Conclusão

Um celular um pouco perdido em meio a tantas opções, o Moto G 5G tem sua razão de existir, mas é difícil dizer para alguém comprar este modelo. Se você faz questão do 5G, tem o Moto G 5G Plus, que é ainda mais completo e não tão mais caro. Se não pensa em usar a quinta geração de banda larga móvel ainda, tem opções da própria Motorola mais em conta do que o objeto desta análise.

De qualquer modo, o Moto G 5G é um ótimo smartphone. Tem tela muito boa, apesar de ser um LCD básico, processador e GPU potentes, bom conjunto de câmeras e bateria que realmente dura bastante tempo. Se você resolveu pesquisar sobre ele e quer comprar por qualquer motivo que seja, é difícil também dizer para não comprar.

Dá para entender o paradoxo? Não compre, pois há opções melhores. Mas se você realmente quer este modelo, leve para casa e seja feliz com um ótimo celular que vai durar muitos anos, e já está pronto para a próxima evolução na internet móvel.

O smartphone da Motorola foi lançado pelo preço sugerido de R$ 2.799, mas já dá para encontrar por até R$ 1.000 mais barato do que isso na internet atualmente. Você pode ver os preços do aparelho no link abaixo.

Se interessou em comprar o Moto G 5G? Então fique de olho no Canaltech Ofertas para descobrir os melhores preços para o celular da Motorola no momento em que você estiver lendo esta análise. O Canaltech sempre traz as melhores ofertas para você não gastar mais do que precisa para comprar seus gadgets.