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Review Redmi Note 10 5G | Um celular que se sustenta apenas no 5G

Por| Editado por Léo Müller | 16 de Julho de 2021 às 09h19

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Ivo/Canaltech
Ivo/Canaltech

O 5G ainda está longe de ser uma realidade no Brasil, mas as fabricantes já se adiantaram com o lançamento de celulares, tanto intermediários quanto premium, compatíveis com a nova tecnologia. Uma delas é a Xiaomi, que apresentou o Redmi Note 10 5G como um dos modelos mais baratos com suporte à nova rede móvel por aqui.

Para oferecer uma tecnologia relativamente cara a preços mais em conta, o Xiaomi Redmi Note 10 5G precisou sofrer alguns cortes na produção, como a troca de uma tela AMOLED por uma LCD, a falta de uma câmera ultra grande-angular, o sistema de som mono e a memória RAM de menor capacidade.

Mas, afinal, os cortes fazem sentido para ter 5G, ou há outras opções compatíveis com a tecnologia mais interessantes? Testei o Redmi Note 10 5G por alguns dias e compartilho, nos próximos parágrafos, todas as minhas impressões sobre smartphone. Se você curtir, deixaremos uma oferta especial ao final desta análise!

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Prós

  • Construção simples, mas elegante;
  • Desempenho consistente em jogos;
  • 5G;
  • Boa duração de bateria.

Contras

  • Tela IPS LCD inferior a de outros modelos da categoria;
  • Não tem câmera ultrawide;
  • Conjunto fotográfico não tem uma boa qualidade no geral;
  • Apenas 4 GB de memória RAM.
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Confira o preço atual do Redmi Note 10 5G

Redmi Note 10 5G em vídeo

Construção em design

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O Redmi Note 10 5G é o smartphone mais simples da décima geração da linha Xiaomi Redmi Note. Sua tampa traseira é feita de plástico e traz um acabamento fosco azulado muito bonito, embora acumule muitas marcas de dedos. Além disso, os cantos são levemente curvados, conferindo-lhe um visual elegante e confortável nas mãos.

  • Dimensões: 161,8 x 75,3 x 8,9 mm.
  • Peso: 190 gramas.

Algo que precisou ser sacrificado para diminuir o preço final do Redmi Note 10 5G foi a resistência contra respingos d’água, presente nos modelos Xiaomi Redmi Note 10, Note 10S e Note 10 Pro. O vidro da tela também é menos resistente, contando com a tecnologia Gorilla Glass 3, portanto eu tomaria cuidado para não derrubá-lo no chão ou guardá-lo junto a chaves e objetos pontiagudos.

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O módulo de câmera tem formato retangular com cantos arredondados e agrupa três câmeras traseiras e o flash de LED. Apesar dos sensores relativamente mais simples, o bloco é saltado do corpo do aparelho, deixando-o desprotegido e suscetível a arranhões. Felizmente, a Xiaomi envia uma capinha de silicone simples na caixa, que deve dar uma proteção extra ao celular.

O leitor de impressões digitais se encontra na lateral, em cima do botão de energia. A mesma crítica que fiz no review do Redmi Note 10S permanece aqui: o desbloqueio é bastante rápido e preciso, mas a sensibilidade é muito alta — inclusive, muitas vezes o celular acusou que eu teria tentado desbloqueá-lo erroneamente.

Embora o Redmi Note 10 5G tenha uma tecnologia mais cara, ele é o modelo mais simples da nova família, trazendo construção de plástico, Gorilla Glass 3 e nenhuma resistência contra água e poeira.
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Conexões e slots

No Brasil, o Redmi Note 10 5G é o único da nova família com suporte às redes 5G. Embora, por aqui, a tecnologia ainda não tenha chegado — algo que deve acontecer somente a partir do ano que vem —, o smartphone é compatível com o chamado “5G DSS”, uma tecnologia que permite o compartilhamento das frequências do 4G LTE com os usuários de 5G (leia mais).

Apesar de já ser compatível com o 5G, o smartphone não traz suporte ao Wi-Fi 6, algo reservado a aparelhos premium, mas conta com Wi-Fi 5 dual band, que libera as frequências de 2,4 GHz e 5 GHz. Além disso, ele tem Bluetooth 5.1, NFC para pagamentos por proximidade e sensor infravermelho, recurso já comum entre os aparelhos da Xiaomi.

Em sua lateral inferior, há uma porta USB-C para carregamento e transferência de dados, além de um único alto-falante e um microfone para chamadas; na esquerda, há um slot do tipo híbrido, ou seja, que agrupa dois chips de operadora ou um apenas um chip e um cartão de memória.

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Tela

Um dos principais cortes do Redmi Note 10 5G está na tela. Diferente dos outros integrantes da família — que migraram para a tecnologia AMOLED —, o modelo 5G mantém o painel IPS LCD. Como já é de conhecimento de todos, o LCD é inferior em relação ao AMOLED, com brilho limitado e tons escuros mais acinzentados. As cores também não são muito vivas, embora aceitáveis dentro das limitações da solução.

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Apesar de adotar um painel LCD, a resolução da tela é Full HD+, o que, aliado às 6,5 polegadas de tamanho, oferece boa definição nos conteúdos. A taxa de atualização, segundo a própria Xiaomi, é de 90 Hz com tecnologia AdaptiveSync, adaptando automaticamente a velocidade entre 30 Hz e 90 Hz conforme o conteúdo.

No entanto, durante os testes, utilizando o aplicativo Display FPS, que monitora a taxa de quadros da tela de um celular, percebi que o celular permaneceu configurado em 90 Hz ao navegar no sistema ou em standby. Somente em alguns apps, como YouTube, Netflix, e jogos incompatíveis com taxas mais altas, o smartphone diminuiu para 60 fps.

Tela do Redmi Note 10 5G é a única da família com tecnologia IPS LCD, enquanto seus irmão já migraram para o Super AMOLED. A qualidade da imagem é inferior, com cores menos vivas e tons escuros mais esbranquiçados.

Configuração e desempenho

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Internamente, o Redmi Note 10 5G roda o chipset MediaTek Dimensity 700, além de apenas 4 GB de RAM e 128 GB de armazenamento interno. Vale mencionar que o aparelho está disponível em diversas opções de configurações, indo de 4 GB de RAM e 64 GB de memória interna até 8 GB de RAM e 256 GB de ROM.

A plataforma 5G da fabricante taiwanesa é uma das mais básicas do mercado atualmente, mas oferece desempenho sólido na maioria das tarefas do dia a dia. Aplicativos de redes sociais, mensageiros e editores rodaram muito bem durante os testes, sem sinais de travamentos ou engasgos.

Entretanto, pude perceber que o Instagram fechou algumas vezes sem motivos ao visualizar os stories. Pode ser algum problema isolado com alguns smartphones da Xiaomi, pois também notei a mesma situação com o Redmi Note 10S.

Em jogos, o Redmi Note 10S não se destaca, mas faz um bom trabalho para a categoria básica. Dead By Daylight, por exemplo, manteve um desempenho sólido mesmo com os gráficos no máximo, porém rodando entre 25 e 30 fps. Call Of Duty Mobile também rodou muito bem com alta taxa de quadros, embora não pôde rodar na qualidade máxima.

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Mesmo com apenas 4 GB de RAM, uma quantidade já incomum entre os smartphones intermediários lançados em 2021, o Redmi Note 10 5G tem um bom gerenciamento de memória e não percebi sinais de reinicialização, mesmo com mais apps abertos. No entanto, fica o alerta que, no futuro, sua pouca memória RAM pode ser um problema, pois a tendência é que os aplicativos e jogos fiquem cada vez mais pesados.

Sistema de interface

O Redmi Note 10 5G roda a interface MIUI 12 em cima do sistema Android 11. Apesar de não contar com a MIUI 12.5, já equipado no irmão Redmi Note 10S, temos uma skin fluida, além de muitas opções de personalização e ícones quadrados com cantos arredondados.

Assim como em outros modelos da Xiaomi, a gaveta de apps é separada por categorias, algo incomum entre outras interfaces. Também não percebi muitos anúncios no sistema, exceto na janela de segurança da Play Store.

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Câmera

Outro departamento onde houve corte nos custos foi o fotográfico. O Redmi Note 10 5G traz três câmeras traseiras, embora somente uma preste. A principal tem 48 MP com inteligência artificial, enquanto as outras duas têm 2 MP cada, sendo uma com lente macro e outra dedicada para medições de profundidade. Para selfies, o celular conta com um sensor frontal de 8 MP.

Câmera principal

A câmera principal faz registros aceitáveis, porém abaixo de muitos smartphones intermediários à venda no Brasil, como os Realme 7 Pro e Realme 7 5G, Galaxy A32/A32 5G, Galaxy A52, Moto G 5G Plus, entre outros. A definição nas fotos é boa, o alcance dinâmico é interessante e o pós-processamento tende para o natural.

No entanto, assim como destaquei no review do Redmi Note 10 5G, percebi que o software adicionou um contraste excessivo, deixando algumas áreas, como árvores e sombras, mais escurecidas do que o necessário.

Mesmo com 48 MP, o software de câmera não oferece um modo de zoom, presente em outros modelos intermediários de resolução equivalente ou superior, portanto a aproximação deve ser feita levando o celular mais para perto dos objetos. O smartphone também não traz um sensor com lente ultra grande-angular, algo muito comum em modelos mais básicos.

O modo retrato é feito com o auxílio de inteligente artificial e do sensor dedicado para medições de profundidade. Os resultados são muito bons para a categoria, conseguindo destacar objetos e pessoas com precisão e pouquíssimas falhas.

Câmera macro

Sem muitas surpresas, a câmera macro do Redmi Note 10 5G não tem razão de existir. Com apenas 2 MP, as imagens não possuem nenhuma definição, e as cores são extremamente lavadas. O app até tenta impressionar desfocando o fundo das imagens, mas os resultados são muito ruins.

Modo noturno

No modo noturno, o Redmi Note 10 5G também não faz feio, repetindo os elogios e as críticas do Redmi Note 10S. Fotos em ambientes escuros ficam bem iluminadas, mas apresentam muito ruídos devido ao aumento da nitidez e do brilho.

Câmera frontal

Em selfies, os 8 MP fazem fotos com cores vibrantes e boa definição, ideais para publicar em redes sociais. No entanto, vale destacar que o software de câmera se excede na exposição e no brilho.

Vídeos

O smartphone da Xiaomi grava em até 1080p (Full HD) a 30 fps tanto nas câmeras traseira quanto frontal. A resolução máxima é muito abaixo do 4K, de modelos como Galaxy A52 e os outros Redmi Note 10 à venda no Brasil. Seria bom se, pelo menos, ele suportasse 60 fps, que já daria mais fluidez nas gravações.

Quanto à qualidade, temos uma opção aceitável para a categoria intermediária básica: a definição é boa, o alcance dinâmico é interessante e as cores são vibrantes. Pela falta de um sistema de estabilização óptica, os vídeos tremem bastante ao serem capturados com mãos livres.

Sistema de som

Pensou que os cortes acabaram? Pois bem, ao contrário dos seus irmãos, que possuem som estéreo, o Redmi Note 10 5G tem apenas um alto-falante, localizado na parte de baixo. Mais uma vez, temos uma qualidade equivalente a de aparelhos intermediários básicos, com volume bem alto, mas sem distinção dos elementos.

Além disso, as frequências médias e agudas são bastante presentes, fazendo com que as batidas sejam completamente abafadas e as músicas fiquem estridentes no volume máximo. Pelo menos, as vozes são bem definidas, ideal para transmissões ao vivo na Twitch e vídeos sem músicas no YouTube.

Bateria

Na bateria, o Redmi Note 10 5G não erra e traz 5.000 mAh de capacidade. O smartphone segue outros aparelhos mais recentes da Xiaomi e entrega uma ótima autonomia.

Em um dos testes padrão, reproduzindo pouco mais de 3 horas de vídeos na Netflix com brilho em 50% e conectado apenas ao Wi-Fi de 5 GHz, o aparelho saiu de 100% para 80%, semelhante a do Redmi Note 10S, dando uma autonomia estimada de 16,6 horas, o que é muito boa para a categoria e maior que a do Moto G 5G, que gastou 22% nas mesmas condições.

Com vários aplicativos e jogos abertos, no entanto, o Redmi Note 10 5G não se destaca e também assemelha-se ao irmão Redmi Note 10S. Reproduzindo um dia normal de uso, com mais 20 minutos de redes sociais, 30 minutos de YouTube e 15 minutos de Asphalt 9, o smartphone foi de 80% a 65%.

Se a sua utilização for mais casual, pode ficar tranquilo que o smartphone da Xiaomi deve chegar ao segundo dia de uso com apenas uma carga, algo já padrão entre diversos modelos intermediários à venda no Brasil.

Com relação ao carregamento, o Redmi Note 10 5G é o único que suporta “apenas” 18 W de potência, enquanto seus irmãos já saltam para 33 W. De 0% a 100%, o smartphone levou pouco menos de duas horas, sendo que de 0% a 30% levou cerca de 30 minutos.

Concorrentes diretos

Não dá para falar dos concorrentes diretos do Redmi Note 10 5G sem citar os irmãos Redmi Note 10 e Redmi Note 10S, pois eles podem ser encontrados por preços semelhantes aos do modelo 5G. Inclusive, se 5G não for uma prioridade para você no momento, esses modelos são opções mais válidas, já que trazem especificações mais interessantes.

Agora, com relação às opções intermediárias compatíveis com o 5G, vale mencionar o Moto G 5G, que tem preço equivalente e traz um conjunto ligeiramente mais completo, como chipset Snapdragon 750G, 6 GB de RAM, câmera ultra grande-angular, entre outros.

O Realme 7 5G é um pouco mais caro, mas compensa o aumento no preço na tela IPS LCD de 120 Hz, no conjunto fotográfico mais completo, no chipset Dimensity 800U mais potente e no carregamento rápido de 30 W. Por fim, há o Galaxy A32 5G, que custa um pouco mais e traz câmeras melhores e processamento mais rápido.

Conclusão

O Redmi Note 10 5G é atualmente um dos smartphones 5G mais baratos do Brasil. No entanto, esse título vem com uma série de cortes em relação a outros modelos à venda no Brasil que o torna uma opção discutível no mercado nacional.

Sua tela LCD, por exemplo, não se destaca frente a outros aparelhos com a mesma tecnologia; o conjunto fotográfico é medíocre e não tem uma câmera de ângulo mais aberto, tão comum no segmento intermediário; o sistema de som é apenas mono e de qualidade limitada; e os 4 GB de RAM podem ser um problema a longo prazo, pois a tendência é que os apps e jogos fiquem cada vez mais pesados.

Se você já procura adentrar no segmento de celulares 5G, o Redmi Note 10 5G não é a melhor opção. Tanto o Moto G 5G quanto o Realme 7 Pro entregam configurações mais interessantes e devem oferecer uma maior longevidade, já que trazem mais memória RAM e chipsets mais potentes.

Caso 5G não seja uma prioridade para você no momento, e ainda queira permanecer no ecossistema da Xiaomi, os Redmi Note 10 e Note 10S são alternativas mais acertadas.

E aí, mesmo com todas as críticas, curtiu o Redmi Note 10 5G? Confira uma oferta especial que preparamos para você!