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MedTech | As 5 inovações cientificas mais interessantes do mês [03/22]

Por| Editado por Luciana Zaramela | 31 de Março de 2022 às 11h20

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Gerd Altmann/Pixabay
Gerd Altmann/Pixabay

A cada mês, o Canaltech faz um compilado das inovações científicas mais interessantes, resultantes da união entre a tecnologia e a medicina. Em março de 2022, algumas das principais novidades foram concentradas no cérebro humano, mas os cientistas também se concentraram em combater grandes males da humanidade, como a fome e o câncer.

Molécula para barreira hematoencefálica

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Em 4 de março, um estudo publicado na revista científica Nature Communications destacou a descoberta de um método para abrir a barreira hematoencefálica (BHE), que protege o cérebro de toxinas e agentes infecciosos mas simultaneamente acaba impedindo a ação de determinados tratamentos.

Os autores do artigo descobriram que a barreira hematoencefálica é aberta na ausência de um receptor específico chamado Unc5B e da proteína Netrin-1, o que levou ao desenvolvimento de um anticorpo injetável, capaz de poderia bloquear a ligação da Netrin-1 ao seu receptor Unc5B.

Ao injetar o anticorpo, a barreira fica aberta temporariamente, permitindo a ação de medicamentos que possam tratar o Alzheimer e outras doenças cognitivas. No entanto, logo depois que o medicamento é administrado, a barreira torna a se fechar, protegendo o cérebro como deve ser feito. Por enquanto, os testes foram realizados apenas em animais.

Mapa de alucinógenos no cérebro

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Cientistas vêm procurando em alucinógenos e psicotrópicos — como o MDMA e o LSD — possíveis efeitos terapêuticos. Para ajudar nessa missão, um grupo decidiu utilizar inteligência artificial para mapear os impactos dessas substâncias no cérebro. As descobertas foram publicadas na revista ScienceAdvances, no último dia 16.

A inteligência artificial foi exposta a 6 mil relatos de experiências alucinógenas, para que dividisse os textos em palavras individuais, sob a premissa de contar o número de aparições de cada palavra e relacionar essas palavras a determinados receptores do cérebro. Com isso, o estudo descobriu que alucinógenos reduzem temporariamente alguns processos cognitivos envolvidos na inibição, atenção e memória, e amplificam regiões cerebrais de experiência sensorial.

Detector de câncer

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No último dia 20, cientistas participantes do evento American Chemical Society apresentaram um novo jeito de detectar câncer: a partir do olfato de um verme chamado Caenorhabditis elegans, capaz de distinguir as moléculas liberadas por células saudáveis ​​das moléculas provenientes de células cancerígenas.

Os pesquisadores da Myongji University (Coreia do Sul) foram ainda mais longe na proposta e inseriram o verme em um microchip, que posteriormente foi colocado em uma placa de petri e exposto a duas células: uma cancerígena e outra não, gerando então um dispositivo detector de câncer com uma taxa de precisão de aproximadamente 70%.

Inteligência artificial contra a fome

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No último dia 21, o Jornal da USP divulgou a criação de uma inteligência artificial capaz de ajudar a combater a fome no Brasil. Na prática, a ferramenta utiliza algoritmos para ajudar a identificar regiões que precisam de infraestrutura e opções adequadas para o fornecimento de alimentos.

Segundo a publicação, a invenção dos cientistas da Universidade de São Paulo pode mapear múltiplas áreas e se moldar de forma autônoma, interpretar informações e apresentar previsões em relatórios, planilhas, gráficos ou mapas e até reunir dados de diferentes áreas sobre o mesmo objeto a fim de facilitar o diálogo entre gestores.

Implante cerebral

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A lista de inovações científicas mais interessantes de março de 2022 se encerra com um implante cerebral capaz de devolver a capacidade de comunicação a um paciente com esclerose lateral amiotrófica. A descoberta, feita por pesquisadores da University of Tübingen (Alemanha) e do Wyss Center (Suíça), foi publicada na Nature Communications no dia 22.

Os cientistas inseriram dois conjuntos de microeletrodos na superfície do córtex motor (área cerebral responsável pelos movimentos) de um homem que, por conta da doença, já não conseguia mais mover nem mesmo os olhos. A tecnologia possibilitou que esse paciente fosse capaz de transmitir algumas mensagens só de imaginar a si mesmo movendo o olhar.