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Paciente consegue se comunicar com a força da mente graças a implante; entenda

Por| Editado por Luciana Zaramela | 23 de Março de 2022 às 18h40

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Gerd Altmann/Pixabay
Gerd Altmann/Pixabay

Um paciente com esclerose lateral amiotrófica conseguiu se comunicar com a força da mente graças a um implante cerebral desenvolvido por cientistas da University of Tübingen (Alemanha) e do Wyss Center (Suíça). Em um artigo publicado na revista científica Nature Communications na última terça-feira (22), os pesquisadores relataram que o homem de 34 anos conseguiu transmitir mensagens só de imaginar que estava mexendo os olhos.

Acontece que a degeneração progressiva das células cerebrais, diagnosticada há alguns anos, levou o paciente a perder a capacidade de mover até mesmo os globos oculares. Assim, em vez de rastrear o movimento dos olhos como já foi visto anteriormente em casos de paralisia, o implante foi capaz de captar esse imaginário. Dessa forma, o homem pôde transmitir mensagens através de um sistema acessado mentalmente.

Para que isso fosse possível, os cientistas inseriram dois conjuntos de microeletrodos na superfície do córtex motor (área cerebral responsável pelos movimentos) do paciente. Durante meses, o homem foi solicitado a se imaginar movendo suas mãos, braços e língua para ver se isso geraria um sinal cerebral claro, mas os esforços tinham aparentemente sido em vão. Os autores do artigo relatam que ficaram até surpresos em ver o resultado.

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Em 2017, antes que os globos oculares ficassem totalmente paralisados, o paciente movia os olhos para se comunicar com sua família. Foram os próprios parentes do paciente que procuraram os pesquisadores, em busca de um sistema alternativo de comunicação.

No entanto, o estudo possui algumas ressalvas. Acontece que os neurocientistas responsáveis tiveram um problema com a Fundação Alemã de Pesquisa em um estudo anterior, por conta da ausência de detalhes e por declarações falsas. Com isso em mente, os especialistas da área recomendam que o estudo atual deve ser visto com cautela.

Os próprios cientistas reconhecem, ainda, que as respostas do paciente se tornaram significativamente mais lentas e difíceis de discernir ao longo do tempo, e não se sabe o porquê. Isso sugere que mais estudos são necessários para entender se esse método realmente se aplica a outros pacientes.

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Fonte: Nature Communications, The New York Times