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HACKMED | Robôs e sensores inteligentes estão modernizando hospitais e clínicas

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Foto: Reprodução/The Verge
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A Inteligência Artificial (IA), a Internet das Coisas (IoT) e o 5G vão contribuir muito para avanços no setor médico e, ao que tudo indica, esse é um movimento crescente para os próximos anos. O impacto dessas novas tecnologias e a importância da inovação foram tema da primeira edição da Hackmed Conference, com destaque para a robótica e sensores inteligentes.

De certa forma, a IA e os robôs serão substitutivos, em algumas questões, aos humanos. O que não deve ser entendido como um futuro sem empregos ou ocupações para a humanidade — trata-se de uma revolução para acrescentar. Afinal, "pessoas e robôs trarão mais empregos, trarão uma nova inteligência e um novo formato para podermos trabalhar", esclarece Gil Giardelli, roboticista e pesquisador do impacto da inovação no mundo dos negócios, durante a Hackmed.

Esse panorama, inclusive, já é uma realidade. De acordo com Giardelli, "dois terços das tecnologias emergentes, em todas as áreas, estão ligadas à IA." Como aposta o roboticista, os profissionais de hoje e, principalmente, de amanhã deverão ser também cientistas de dados.

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Robôs contra o novo coronavírus

Apresentando exemplos de como a robótica e a IA podem contribuir para a área médica, o Giardelli comenta casos em que essas ferramentas estão sendo aplicadas contra o aumento de casos do novo coronavírus chinês, provisoriamente chamado de 2019-nCoV. Isso acontece tanto na China quanto nos Estados Unidos.

Para tratar pacientes infectados pelo coronavírus e até casos suspeitos, em estado de isolamento, o Providence Regional Medical Center, em Washington, nos Estados Unidos, tem utilizado robôs. A invenção abre uma ponte de comunicação entre paciente e médio por meio de uma tela, em videoconferência.

Para esclarecer as dúvidas da população da China sobre o vírus 2019-nCoV, autoridades do país implementaram chatbots, dotados de IA, para atender chamadas de telefone e, rapidamente, distribuir recomendações médicas. Serviços como esses ajudam a encaminhar as pessoas para os centros médicos no momento certo, evitando sobrecarregamento, por exemplo.

Frente a essa nova realidade para pacientes e profissionais da saúde, Giardelli ressalta: "isso significa que os doutores perderão seus empregos? Não. Eles focarão em outros aspectos do que apenas analisar esse conceito de dados."

Recepção robótica 

Aproveitando os novos caminhos que essas novas tecnologias têm possibilitado para as ciências médica, o Hackmed também trouxe algumas soluções para área já disponíveis no Brasil. É o caso da plataforma de criação e gestão de bots, a Pluginbot, que apresenta uma séria de robôs adaptados ao Brasil, ou seja, aprenderam e se comunicam em português. Entre suas habilidades, a empresa também pode programar diferentes modelos para atuar no setor da saúde e atendimento ao cliente, por exemplo. Na maioria, são invenções com IA, em formas humanoides ou não.

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Da SoftBank, a Pepper é uma semi-humanoide com uma tela igual a um tablet, fixada em seu "peito". Pode gesticular (até mesmo dançar) e possui câmeras nos olhos e microfones nos ouvidos, que a ajudam a detectar as emoções, inclusive o tom da voz das pessoas. Fora do país, é muito usada em funções de atendimento ao cliente, como no café que gerencia em Tóquio, no Japão. Agora, a ideia é que ajude em triagens no pronto-atendimento em hospitais.

Pensando nos serviços de atendimento, o Cruzr, da Ubitech, também é uma opção mesmo com sua fisionomia menos humana. O modelo tem braços móveis, que complementam sua linguagem corporal, e é dotado de tecnologia de reconhecimento facial. Inclusive, fora da área médica, está presente no Aeroporto de Guarulhos, auxiliando passageiros em suas dúvidas.

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De olho na telemedicina e nas videoconferências, mas nada humanoide, o Double, da Double Robotics, transmite imagem de alta qualidade e possui câmeras que somam um ângulo de 150 graus. É um robô com uma espécie de tablet como cabeça, um corpo fino e com rodinhas. Por causa de sua aparente instabilidade, realiza cálculos — baseados em um algoritmo de equilíbrio — que o ajudam a se mover e evitar quedas. Esse robô é totalmente controlado, a distância, por um app instalado no smartphone do usuário e pode representar profissionais da saúde para pacientes em quarentena, por exemplo.

Para estimular crianças durante o aprendizado, inclusive autistas, existe o NAO, da SoftBank. No tratamento de pacientes com autismo, o robô interage, estimulando as habilidades sociais do paciente, além de ajudar a envolver a criança em brincadeiras educativas, auxiliando-a a entender as emoções, por exemplo.

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Sensores cardíacos 

As novas ferramentas da medicina não se limitam aos robôs, também podem ser wearables, que promovem o bem-estar de seus usuários. É o caso da Hitoe, uma camiseta com sensores que monitoram os sinais vitais do usuário, principalmente motoristas, como batimentos cardíacos e respostas do sistema nervoso.

Criada em parceria entre a SAP e a NTT, companhia desenvolvedora de softwares, o wearable com IoT foi pensado como uma solução de segurança para a área de transportes. Enquanto o motorista veste a peça, um algoritmo estima seu nível de fadiga, analisando dados vitais da Hitoe. Essa análise é combinada com diferentes dados — como as condições atuais de tráfego e do clima, além das informações coletadas pelos sensores.

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Dessa maneira, a Hitoe permite o monitoramento das condições do motorista em tempo real, principalmente o seu estado de saúde. A tecnologia foi pensada como resposta para um acidente de ônibus no Japão, onde 14 pessoas morreram e, por isso mesmo, é um bom indicador de níveis de segurança para motoristas sobrecarregados.

Confira, a seguir, um video sobre a tecnologia vestível, em inglês: