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Paciente com coronavírus é tratado por robô nos Estados Unidos

Por| 31 de Janeiro de 2020 às 19h35

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ra2studio/Depositphotos
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Diante dos riscos de infecção do novo coronavírus chinês, o sistema de saúde norte-americano testa um procedimento de isolamento que envolve até robôs. É isso mesmo: a primeira pessoa diagnosticada com o vírus — originado na cidade chinesa de Wuhan —, nos Estados Unidos, está sendo acompanhada por uma equipe médica a distância e, principalmente, por um robô.

A invenção auxilia em atividades como extrair os sinais vitais do paciente e se comunica com ele através de uma tela, em videoconferências, explica Dr. George Diaz, chefe da divisão de doenças infecciosas do Providence Regional Medical Center, em Washington.

Esse robô se locomove sobre rodas, com uma tela embutida na "barriga". No entanto, os enfermeiros precisam entrar na sala para reposicionar sua câmera, por exemplo. "A equipe de enfermagem na sala move o robô para que possamos ver o paciente na tela e conversar com ele", comenta Diaz. De qualquer forma, a tecnologia ilustra até que ponto as autoridades médicas procuram isolar os casos do vírus 2019-nCoV.

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Cerca de duas semanas atrás, o hospital testou esse mesmo protocolo para o tratamento de pacientes com doenças altamente contagiosas, como MERS e Ebola, em análises para saber como lidar com o novo vírus chinês. "É por isso que estabelecemos protocolos que nos permitem tratar pacientes com doenças infecciosas de uma maneira que possamos isolá-los sem espalhar o vírus a ninguém", afirma Diaz.

Entenda o caso de Seattle

O caso em questão é de um homem, com mais de 30 anos, morador de Seattle, que foi diagnosticado com o vírus na segunda-feira passada (20). O paciente se apresentou em uma clínica, preocupado com possíveis sintomas do novo coronavírus, após viagem recente para a cidade de Wuhan, na China. 

Desde então, o paciente segue em condições estáveis e permanece isolado, comenta o médico. O fato é anterior às atuais medidas de segurança para conter o vírus, nas quais passageiros passam por exames de saúde ao desembarcarem nos Estados Unidos.

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Saiba mais:

As autoridades de saúde locais acompanham 43 pessoas consideradas "contatos próximos" deste paciente. A lista é composta por todas as pessoas com quem interagiu desde que voltou de Wuhan, na China. Em monitoramento, esses possíveis portadores são diariamente testados em busca de sinais de qualquer doença.

Por enquanto, não se sabe quando o paciente será liberado. Isso porque "eles estão procurando a presença contínua do vírus", comenta o médico responsável. "E ficam monitorando para atestar quando o paciente não estiver mais contagioso", completa Diaz.

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Histórico do coronavírus

O aumento de casos do novo coronavírus se assemelha geneticamente ao vírus SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave). A epidemia desse vírus semelhante aconteceu em 2002 e também se originou na China, matando 700 pessoas em todo o mundo.

Responsável por causar febre, tosse, falta de ar, dificuldades respiratórias e até um tipo de pneumonia, o coronavírus já se alastrou para o Japão, Tailândia, Twaian, Coreia do Sul, Austrália, Canadá, França e Alemanha.

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Atualmente, são contabilizadas 107 mortes causadas pelo novo coronavírus chinês e mais de 4.600 casos confirmados do vírus em todo o mundo, segundo o mapa interativo desenvolvido por pesquisadores da Johns Hopkins University.

A verdadeira extensão do coronavírus de Wuhan ainda não é clara, no entanto, e os números oficiais podem estar subestimados, já que sintomas leves e atraso no aparecimento de casos médios provavelmente não foram detectados, afirmam pesquisadores.

Fonte: CNN