Publicidade

8 mitos e verdades sobre o sono

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

Compartilhe:
Shane/Unsplash
Shane/Unsplash

Você já deve ter ouvido algumas dicas do que fazer ou não fazer para dormir melhor, indo de alimentos a hábitos e axiomas, como o de que os idosos precisam de menos horas de sono por dia. Enquanto alguns desses conhecimentos populares são verdadeiros, há várias lendas urbanas ou fatos levemente distorcidos que acabam entrando no rol de quase-verdades. Nesta matéria, vamos desmistificar 8 afirmações sobre o sono, destrinchando cada verdade ou mito sobre o nosso período diário de descanso.

Álcool faz dormir melhor

Canaltech
O Canaltech está no WhatsApp!Entre no canal e acompanhe notícias e dicas de tecnologia
Continua após a publicidade

Enquanto o álcool realmente nos causa um efeito sedativo, deixando-nos relaxados e facilitando cair no sono, ele pode não ser benéfico na totalidade. A substância influencia diretamente o sono REM (movimento rápido dos olhos, ou rapid eye movement, no original), parte profunda que se inicia, em média, 90 minutos após adormecermos, reduzindo sua duração. Um débito dessa fase do sono pode levar a uma piora na nossa concentração, aprendizado e consolidação de memórias de longo prazo.

Outros estudos também apontam que o álcool aumenta em até 25% o risco de roncar e apresentar apneia do sono, quando uma pessoa para de respirar ou respira superficialmente durante a noite. Essa diminuição na qualidade e duração do descanso noturno é, como você deve imaginar, prejudicial.

Todos precisam de 8 horas de sono

A verdade — que torna essa afirmação um mito — é que não há como saber exatamente o quanto de sono alguém precisa, embora recomendações mínimas ou máximas possam ser definidas para cada pessoa. Um adulto comum precisa de 7 a 9 horas de sono, mas alguns raros indivíduos precisam de menos, conseguindo dormir apenas 6 horas por dia, e outros, de mais, chegando a até 10 horas na cama.

A variação na duração do sono depende do momento de vida no qual estamos, da nossa saúde e do gasto energético diário. Para que a saúde esteja em dia, cada um precisa de horas variáveis de descanso, que só podem ser descobertas ao testar o quão bem você funciona dormindo mais ou menos diariamente.

Queijo traz pesadelos

Continua após a publicidade

Essa afirmação bem específica diz que o laticínio preferido de muitos humanos pode causar sonhos vívidos e possivelmente assustadores, mas não há evidências científicas que apontem qualquer culpa do queijo na qualidade do nosso sono. Uma relação existente, no entanto, é a de desordens alimentares como a compulsão por estresse ou emocional, que leva a comer demais ou de menos, o que independe do tipo de alimento consumido. Comer muito tarde também influencia na questão, já que desregula o ciclo circadiano. Para um sono sem sonhos, é melhor evitar o lanchinho pré-cama.

Idosos precisam de menos sono

É comum ouvirmos falar que pessoas mais velhas precisam de menos sono ao longo do envelhecimento, o que não é verdade. Eles precisam dormir tanto quanto os jovens, mas não conseguem descansar tão bem. Isso é influenciado por problemas de saúde e remédios utilizados para esse controle, por exemplo, que dificultam chegar na mesma qualidade de sono.

Continua após a publicidade

Um problema comum é o enfraquecimento da bexiga, que leva os idosos a iram ao banheiro com maior frequência, além de desconfortos como artrite e dores pelo corpo. Apneia e síndrome da perna inquieta também entram no rol de condições mais comuns aos mais velhos, resultando em um conjunto de coisas que não permitem um sono tão longo na terceira idade.

É melhor dormir em um ambiente quente

Na verdade, o ideal é dormir em um local fresco, entre 18 °C e 21 °C, que potencializa o descanso. Mais do que isso e a atmosfera do quarto ficará muito quente e abafada, desregulando nossa temperatura interna e causando desconforto. O ideal é desligar qualquer sistema de aquecimento e usar roupas de cama mais leves, ajudando nosso organismo a regular melhor a própria temperatura e deixando o descanso corporal acontecer da maneira ideal.

Continua após a publicidade

Podemos dormir só 5 horas por dia

Como citamos há pouco, algumas pessoas conseguem dormir menos do que outras e ainda ficar bem descansadas. Dormir pouco, no entanto, não é recomendado, já que pode causar problemas como diabetes, doenças cardíacas e pressão alta, caso se repita por vezes demais. Cientistas descobriram, no entanto, 2 mutações genéticas raras que tornam natural precisar de muito pouco sono. A maioria dos seres humanos, no entanto, ainda precisa de mais do que 5 horas na cama por dia. Não há, atualmente, como mudar a necessidade de sono do nosso corpo.

Roncar é normal

Continua após a publicidade

Clássica reclamação entre quem dorme com outra pessoa ao seu lado é o ronco. Embora seja comum roncar um pouquinho, quando a atividade é alta e consistente, ela pode ser um sintoma de apneia obstrutiva do sono, uma condição onde o paciente para de respirar ou tem respiração curta, afetando a qualidade do descanso. Além da irritação, a apneia pode causar doenças cardiovasculares, insuficiência cardíaca ou AVC, então, caso isso se torne comum, o melhor a se fazer é procurar um médico.

Exercitar-se à noite prejudica o sono

Continua após a publicidade

Você só tem o período após o trabalho para se exercitar e está preocupado que a corrida noturna possa estar afetando seu sono? Não se preocupe — fazer atividades mais tarde não prejudica o descanso noturno, já que pesquisas com mais de 1.000 adultos não mostraram problemas quando praticadas 4 horas antes de dormir. Na verdade, quem se exercitou dormiu até melhor, conforme mostraram os resultados do estudo de 2016, publicado na Sleep Medicine.

Uma compilação de 2019 trazendo 20 estudos sobre exercício e sono também mostrou que quem se exercita na chamada "tardezinha" teve um sono profundo melhor e mais sono do primeiro estágio, o mais leve do sono. Isso só se tornou um problema quando os indivíduos se exercitaram 1 hora ou menos antes de dormir, o que piorou a qualidade do sono.

Fonte: Com informações de: LiveScience