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Apple ou Samsung | Qual ecossistema é mais completo?

Por| Editado por Léo Müller | 15 de Fevereiro de 2023 às 17h50

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Eric Mockaitis/Canaltech
Eric Mockaitis/Canaltech
Tudo sobre Apple

Em fevereiro, durante o Galaxy Unpacked 2023, a Samsung anunciou o Galaxy Book 3, e entregou diversas novidades em conectividade. A principal, no entanto, faz o ecossistema da marca ficar ainda melhor e mais equivalente ao visto nos produtos da Apple. Mas será que o ecossistema da coreana já está tão bom quanto o da Maçã?

Criar um ecossistema de dispositivos eletrônicos só é possível porque a quantidade de dispositivos lançados pelas empresas permite que a usabilidade seja flexível, já que os equipamentos “conversam” entre si. Dessa maneira, a transferência de dados sem qualquer tipo de cabo, ou até mesmo o controle de outros aparelhos compartilhando o mesmo periférico, é facilitado pelos avanços tecnológicos embutidos.

Se ter um conjunto de dispositivos conectados entre si (como smartphone, relógio, notebook e mais) é algo atraente para você, vamos te ajudar a entender os diferenciais que cada implementação traz. Afinal, para garantir a fidelização do seu público, é preciso que elas sejam criativas e facilitem o dia a dia dos usuários.

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O que é Ecossistema?

Com a evolução da tecnologia, o termo “Ecossistema” deixou de ter uma definição apenas biológica para entrar em um novo patamar. Dessa forma, vemos uma cadeia de relações entre dispositivos da mesma fabricante, cujo intuito é garantir o funcionamento harmônico dos equipamentos que atendem a diversos segmentos.

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Para garantir o funcionamento correto desse tipo de dinâmica, é necessário manter todos os produtos conectados na mesma rede de internet. Afinal, a conexão é essencial para garantir o controle e conexão dos equipamentos.

A principal característica desse tipo de usabilidade é a função de continuidade. Isso consiste em executar tarefas equivalentes em diversos dispositivos. Por exemplo, atender a videochamadas originalmente realizadas para o celular diretamente no notebook, ouvir músicas alternando entre o tablet e o celular, transferir imagens com gestos simples, entre outras coisas.

Ecossistema Samsung

Quando o assunto é número de produtos, a Samsung é a fabricante com o maior leque de categorias. Afinal, a empresa é forte em mobile, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e informática. Com isso, a integração entre todos os aparelhos exige mais conhecimento sobre o funcionamento do SmartThings, que é o principal recurso para conectividade sem fio.

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Nesse aplicativo, o principal objetivo é realizar a automatização dos equipamentos e a unificação do controle de tudo em um app só. Ele pode ser usado para ligar ou desligar o ar-condicionado, verificar o funcionamento da máquina de lavar ou alterar a temperatura da geladeira.

O lançamento do Galaxy Book3 Pro e Ultra trouxe uma série de melhorias na integração entre o laptop, o tablet e o smartphone. Agora, é possível criar uma rede que integra esses aparelhos de maneira que, para elevar a produtividade, eles “se tornam um só”.

Dessa forma, abas do navegador abertas no celular podem ser acessadas do notebook, cujo trackpad serve de multi controlador para alternar o uso entre os dispositivos mobile. Assim, os aparelhos viram “hubs” para elevar a usabilidade do laptop.

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Outro ponto de destaque é o “Quick Share”, que funciona de maneira parecida com o Apple AirDrop. Esse recurso permite o compartilhamento de arquivos entre aparelhos da Samsung que estejam conectados à internet.

Esse processo também pode ser feito entre notebooks de outras marcas, mas é preciso usar um aplicativo para isso. Trata-se do “Vincular ao Windows” — “Link to Windows” —, que possibilita o acesso às mensagens do celular, o acesso aos arquivos do smartphone, e a transferência de fotos arrastando de um dispositivo para o outro.

É importante destacar que os produtos da Samsung também possuem compatibilidade com aparelhos com o Android ou o Windows que pertencem a outras fabricantes. Porém, quando tentamos usar alguns equipamentos com o iPhone, principalmente no caso do smartwatch e do fone de ouvido, alguns recursos não funcionam totalmente.

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Isso se deve ao fato de o aplicativo compatível com o Watch 5 e Buds 2 Pro, por exemplo, não ter uma versão para iOS. Com isso, as opções de equalização, o rastreamento que ajuda a encontrar o produto em caso de perda, e até mesmo a personalização dos toques não funcionam.

No caso do fone, existe a alternativa de conectar primeiramente ao celular Android, configurar e depois parear com o iPhone. Essa solução nada prática funciona porque o acessório de áudio tem uma memória que grava as últimas configurações para garantir uma experiência de uso agradável.

Exemplos práticos da integração na Samsung

  • Ao utilizar um Galaxy Book junto com o celular e o tablet, é possível sincronizar os dispositivos em uma rede integrada para utilizar o touchpad em todos os aparelhos. Dessa forma, o controle de recursos e transferência de arquivos arrastando entre telas é muito mais fácil.
  • Para produtos da Samsung, outra funcionalidade útil é a de transferir arquivos sem depender do Bluetooth, via “Quick Share”. Ativando o recurso no celular da fabricante sul-coreana e no Galaxy Book, é possível — utilizando a mesma rede WiFi — enviar documentos, fotos ou vídeos de maneira rápida e fácil.
  • Aos usuários que não possuem notebook da Samsung, a solução ideal é baixar o software “Vincular ao Windows” e ativar a opção já presente no celular Samsung. Assim, o smartphone será conectado ao programa e permitirá o acesso aos arquivos presentes nele para que você possa deletar, copiar ou apenas visualizar.
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Ecossistema Apple

A Apple é mais “conservadora” em seu portfólio, pois tem apenas produtos focados nas categorias mobile, informática e casa inteligente. Por isso, a comunicação entre os equipamentos é mais fácil. Quando estamos tocando alguma música no iPhone 14 Pro, por exemplo, podemos simplesmente colocá-lo próximo a um HomePod para que a canção seja executada no alto-falante inteligente.

Outra integração interessante é a dos AirPods. Ao abrir a caixa dos fones, o seu celular os detecta automaticamente, e a sua conta do iCloud permitirá o uso do dispositivo em diversos aparelhos (iPad, Macbook, Apple Watch e outros iPhones) sem qualquer pareamento adicional.

Nos apps nativos, como o navegador Safari, Apple Music, Notas, Calendário e Apple TV+, a integração é ainda mais nítida. Esses softwares são desenvolvidos para trabalharem de maneira orquestrada em qualquer produto da marca.

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Então, quando o login do iCloud é o mesmo em todos os aparelhos, é possível usufruir de uma experiência uniforme. Hoje em dia, com a transferência de dados — imagens — no “modo pinça”, essa integração se mostra ainda mais tátil.

O fato de o ecossistema ser focado em continuidade garante que o uso de periféricos — mouse e teclado — seja ilimitado. Isso porque é possível configurar o mesmo conjunto de acessórios para funcionarem no Mac, iPad e iPhone simultaneamente.

Como vantagem, conseguimos desfrutar da união entre os dispositivos para garantir mais produtividade, algo semelhante ao alcançado com os produtos da Samsung.

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Exemplos práticos da integração na Apple

  • Utilizando o recurso “Handoff”, é possível transferir imagens do iPhone para outro iPhone, Macbook ou iPad usando a mão com movimento de “pinça”. Para isso, basta ativar a opção em Ajustes> Geral> AirPlay e Handoff. É importante destacar que os dois aparelhos precisam estar logados com o mesmo Apple ID.
  • Para textos, esse processo é um pouco diferente. É preciso selecionar e copiar o conteúdo para depois colar no dispositivo desejado.
  • Quando uma ligação é feita para o iPhone, dá para atender diretamente do Apple Watch. O relógio inteligente possui microfone embutido, e isso permite estabelecer uma conversa em viva voz. Ou, para manter a privacidade, basta pegar o iPhone, clicar no ícone de ligação que aparece no topo da tela e transferir a chamada do smartwatch para o celular.

Qual empresa tem o melhor ecossistema: Apple ou Samsung?

A resposta para essa pergunta depende muito do seu nível de abrangência em equipamentos. Durante muitos anos, na minha opinião, o ecossistema da Apple foi o melhor para quem deseja uma integração genuína entre diferentes dispositivos, bem como garantir o controle de tudo com apenas um conjunto de periféricos para auxiliar. Por isso, ainda segue como a melhor opção.

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Porém, o iOS, iPadOS, watchOS e macOS são extremamente fechados. Isso é vantajoso na parte de segurança, porque facilita o bloqueio de acessos não autorizados. Por outro lado, afasta muitos usuários que poderiam aproveitar essa conectividade com diferentes dispositivos.

Em contrapartida, o ecossistema da Samsung é mais acessível e traz mais opções de equipamentos. Não que os dispositivos da marca conectáveis via SmartThings sejam mais baratos do que os da gigante de Cupertino, mas há a abrangência que facilita a usabilidade.

Afinal, qualquer computador Windows pode se conectar com o celular da marca, e todos os dispositivos Android são compatíveis com os acessórios da empresa. Entretanto, a experiência se nivela em 90%, pois para chegar aos 100%, é necessário que todos os produtos sejam da sul-coreana.

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No entanto, é importante destacar que, tanto o Android quanto o Windows, são sistemas mais propensos a erros. Assim, é necessário estar disposto a lidar com possíveis falhas na conectividade e vulnerabilidades, principalmente com o software do Google, que é feito de forma genérica até certo ponto para se adaptar a qualquer tipo de hardware.

As renovações que a Samsung realizou nos seus produtos mobile, informática e casa inteligente entre 2022 e 2023 ajudaram a “universalizar” o ecossistema da empresa. Logo, a partir do momento em que o acesso é facilitado, mais pessoas podem aproveitar os recursos e ajudar a marca a realizar ajustes que aprimorem a experiência de uso.

Dessa forma, considerando o formato atual de funcionamento dessa conectividade, a Samsung conseguirá evoluir rapidamente o seu ecossistema, pois experimenta essa integração com mais produtos.

Mas, no conjunto geral de conexão de equipamentos, aplicativos e recursos, a Apple ainda consegue sair um pouco na frente pela sua estabilidade. Afinal, são muitos anos lapidando o ecossistema para chegar no padrão que temos acesso atualmente, mesmo que o preço por essa comodidade ainda seja proibitivo para grande parte das pessoas no Brasil.