Publicidade

iPhone SE de 2020 ainda vale a pena em 2022?

Por| Editado por Léo Müller | 29 de Março de 2022 às 11h17

Link copiado!

Ivo/Canaltech
Ivo/Canaltech

A Apple anunciou no começo de março a terceira geração do iPhone SE. O modelo mais barato da marca chegou para ser o sucessor do aparelho lançado em 2020 e já promete ser melhor do que qualquer smartphone Android em termos de desempenho do processador.

No entanto, apesar de ser mais barato do que a linha principal, é esperado que seu preço ainda seja um pouco elevado, o que pode atrair bastante compradores para o modelo anterior, lançado há cerca de dois anos.

Mas será que o iPhone SE da segunda geração, apresentado em 2020, ainda vale a pena em 2022? O “baratinho” da Apple aguenta bem o tranco ao executar tarefas do dia-a-dia ou jogos? Confira essa análise e veja se compensa comprar um celular destes atualmente.

Continua após a publicidade

Design

O design do iPhone SE de 2020 é basicamente o mesmo do seu sucessor, então quem optar pelo modelo mais antigo não notará tanta diferença se ver alguém com o mais atual na mão.

Ele conta com uma tela pequena e bordas bem espessas, especialmente a superior e a inferior — que abriga o sensor do TouchID. Esse aspecto é o mesmo nas duas gerações e as semelhanças se repetem na traseira do smartphone, com uma câmera única posicionada no canto superior esquerdo, ao lado do flash LED.

O Canaltech está no WhatsApp!Entre no canal e acompanhe notícias e dicas de tecnologia

Até as posições das teclas são iguais: os controles de volume ficam no lado esquerdo, abaixo do chave para silenciar o telefone, enquanto o botão de energia fica no lado direito. Na parte de baixo fica o conector Lightning padrão da marca.

Esse visual é bem ultrapassado, principalmente se comparado com os smartphones das linhas principais, que quase não têm bordas e apresentam um entalhe alongado para abrigar a câmera frontal e outros sensores. É curioso ver que a Apple ainda aposta nessa aparência mesmo no modelo simples mais atual.

Configurações, desempenho e tela

Continua após a publicidade

O iPhone SE de 2020 foi lançado pouco depois da linha Apple iPhone 11 e, consequentemente, conta com o mesmo chipset da série principal, o Apple A13 Bionic. Além disso, ele traz embarcado 3 GB de memória RAM com combinações de 64 ou 128 GB de armazenamento interno.

Atualmente, o chip e os 3 GB de memória RAM são o suficiente em um iPhone para executar praticamente qualquer tarefa sem se preocupar muito com lentidão ou travamentos. Até mesmo para jogos o aparelho dá bastante conta do recado.

No entanto, se você é do tipo que gosta de armazenar muita foto ou vídeo na memória do telefone, a variante com 64 GB pode não atender as expectativas, principalmente se também baixar bastante aplicativos. Portanto, é preciso se atentar na hora da compra e pagar mais caro pela versão com 128 GB.

A tela do iPhone SE 2020 não é muito atrativa, principalmente para quem gosta de aparelhos grandes. Mas esse não é um problema exclusivo da geração passada, já que o iPhone SE 2022 tem o display do mesmo tamanho — são 4,7 polegadas.

Continua após a publicidade

Como efeito de comparação, é ainda menor do que o painel do 13 Mini, que é voltado para os amantes de telas pequenas. Ele tem 5,4 polegadas e o aproveitamento também é melhor, já que as bordas são mais finas.

A tecnologia empregada também não é muito boa e o iPhone SE usa um display IPS LCD — os modelos com tela OLED foram inaugurados a partir da linha iPhone 12. De qualquer forma, até mesmo o iPhone SE de 2022 e muitos celulares Android usam visores de LCD, então isso não é algo que deixa o aparelho da Apple para trás.

Câmeras

Continua após a publicidade

O conjunto de câmeras do iPhone é muito elogiado até mesmo por quem não é fã da marca e não é à toa. Os celulares da empresa conseguem capturar excelentes fotos em várias condições e cenários.

Mas o iPhone SE não entra nessa lista, infelizmente. O telefone tem apenas uma câmera traseira de 12 MP e uma frontal de 7 MP. Isso por si só não chega a ser ruim — afinal estamos falando do modelo mais simples da Apple. Entretanto, ele sofre um pouco para entregar boas imagens com pouca condição de iluminação.

Quando está bem claro, no entanto, há bastante nitidez, mas nada com muito destaque. Num mercado em que intermediários Android — como o Galaxy A72 ou Redmi Note 11 Pro 5G — entregam uma boa qualidade de fotografia, o modelo básico da Apple pode não atingir o resultado esperado.

Continua após a publicidade

Veja alguns exemplos de fotografias tiradas com o iPhone SE e na sequência com o Galaxy A72, Redmi Note 11 Pro5G e, por fim, com o iPhone 11 — lançado mais ou menos no mesmo período que o SE de 2020.

Imagens obtidas com a câmera do iPhone SE (2020)

Imagens obtidas com a câmera do Galaxy A72

Continua após a publicidade

Imagens obtidas com a câmera do Redmi Note 11 Pro 5G

Continua após a publicidade

Imagens obtidas com a câmera do iPhone 11

Bateria e conectividade

Por muito tempo, a bateria foi o calcanhar de Aquiles da Apple — alvo de piadas entre os críticos da marca e algo que é reconhecidamente um ponto negativo até pelos usuários do iPhone. Isso começou a melhorar nas últimas gerações, mas a Apple reserva uma boa capacidade de bateria apenas para os modelos “Pro Max”.

Continua após a publicidade

Dessa forma, naturalmente, o iPhone SE (2020) tem uma capacidade de bateria muito abaixo de qualquer outro modelo mais recente da marca: são apenas 1.821 mAh — contra 2.018 mAh no novo iPhone SE, 2.227 mAh no iPhone 12 mini e 2.438 mAh no 13 mini.

Isso são apenas números e o que interessa é realmente quanto tempo ele aguenta passar longe das tomadas. E, para os padrões atuais, o iPhone SE 2020 deixa muito a desejar neste aspecto.

Com um uso moderado, sem abusar muito de jogos, redes sociais ou serviços de streaming, ele mal aguenta ficar um dia com uma única carga.

Continua após a publicidade

Para isso, é preciso poupar bastante o uso. Consequentemente, tenha em mente que, se for jogar ou assistir séries em plataformas de streaming, será preciso carregar mais uma ou duas vezes antes do fim do dia.

Muitos flagships da Samsung, por exemplo, também deixam a desejar um pouco neste aspecto, mas não no mesmo nível que o iPhone SE. O cenário fica ainda mais “feio” para o básico da Apple se compararmos com intermediários Android, que muitas vezes ficam na faixa dos 5.000 mAh de capacidade ou chegam a 6.000 ou 7.000 mAh.

O iPhone SE da nova geração teve uma pequena melhora na bateria, mas ainda deixa a desejar bastante. Se analisarmos o “padrão Apple”, o SE de 2020 ainda está na “média”, mas comparado com possíveis rivais Android não acontece o mesmo.

iPhone SE (2020): ótimo em 2022, mas com ressalvas

Continua após a publicidade

Mesmo nos padrões atuais, o iPhone SE (2020) tem um processador que aguenta bem as tarefas cotidianas ou até mesmo a execução de games mais pesados.

Seus 3 GB de RAM são o necessário para multi-tarefas, mas a variante com 64 GB de armazenamento pode não ser o bastante para salvar muitos arquivos e fotos — o que “força” o usuário a pagar mais caro no modelo de 128 GB.

Infelizmente, as câmeras deixam um pouco a desejar, principalmente se comparadas com as opções encontradas em celulares Android intermediários — que já entregam uma boa qualidade por um preço um pouco mais acessível.

A bateria é o principal ponto negativo do celular e muitas vezes será necessário dar uma ou duas cargas no meio do dia se você quiser utilizar bastante o aparelho — algo que não acontece com muitos smartphones intermediários com o sistema operacional do Google.

De qualquer forma, se a intenção for ter um dispositivo que aguente o tranco para abrir aplicativos e realizar diversas funções, ele ainda atende muito bem, mas é preciso se atentar para esses pontos negativos.