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Review Moto G62 5G | Opção 5G 'de entrada'

Por| Editado por Léo Müller | 14 de Julho de 2022 às 11h09

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Review Moto G62 5G | Opção 5G 'de entrada'
Review Moto G62 5G | Opção 5G 'de entrada'

O Moto G62 5G é compatível com a quinta geração da banda larga móvel. O celular traz tela com resolução Full HD+ e taxa de atualização de 120 Hz. Além de alto-falantes estéreo com Dolby Atmos e câmera tripla, com principal de 50 MP.

Parece uma experiência bastante completa para o usuário, certo? Mas como se trata do modelo mais modesto com 5G no catálogo da Motorola, existem alguns poréns, como o painel LCD. Além disso, o dispositivo tem em seu interior a plataforma Snapdragon 480 Plus.

Como será que o Moto G62 5G se comporta no uso do dia a dia? Descubra nesta análise se ele tem boa duração de bateria, se entrega desempenho satisfatório e se tem boa qualidade fotográfica.

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Design e Construção

  • Dimensões: 161,8 x 74 x 8,6 mm;
  • Peso: 184 gramas.
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Não há nada muito especial em visual ou acabamento no Moto G62 5G. O celular tem traseira e laterais em plástico, e a parte frontal toda coberta por um vidro de proteção da tela. O display tem bordas pequenas e um furo centralizado na parte superior para a câmera frontal.

Na parte traseira, o módulo de câmeras fica no canto superior esquerdo, com um formato retangular de cantos arredondados. São três lentes e o flash LED. Além dos sensores fotográficos, a tampa traseira traz apenas o logo da Motorola impresso em um tom mais claro que a do aparelho.

As laterais "cobrem" a tampa traseira, e também possuem um tom um pouco mais claro. Os botões de volume e energia ficam no lado direito, com o sensor de impressão digital integrado a este último. Na parte inferior, o aparelho tem conectores P2 e USB-C e uma das saídas de som.

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Assim como a maioria dos celulares da linha Moto G, o G62 5G oferece proteção apenas contra respingos d'água.

Tela

  • Tamanho: 6,5 polegadas, 102,0 cm² de área, ~85,2% de ocupação;
  • Tecnologia do painel: IPS LCD;
  • Resolução e proporção: Full HD (1080 x 2400 pixels), 20:9;
  • Densidade aproximada: 405 pixels por polegada;
  • Extras: 120 Hz.

Curiosamente, o Moto G62 5G fica um pouco atrás do Moto G52 em tela. Nada de painel OLED aqui, e a Motorola preferiu ficar com a tecnologia mais em conta do IPS LCD.

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Isso significa que o brilho máximo pode não alcançar um nível ideal para uso na rua, embaixo da luz do sol. Por outro lado, o brilho mínimo é muito bom para usar o celular em ambientes escuros, apesar de não ser recomendado olhar para uma tela neste caso.

Outro ponto é o contraste da imagem. Existem painéis LCD que conseguem chegar perto de um preto profundo, mas não é o caso aqui. Não chega a ser ruim, mas dá para notar bem que trata-se de um cinza escuro.

Ao menos a resolução Full HD+ garante ótima nitidez. E a Motorola compensa a tecnologia de painel inferior com uma taxa de atualização de 120 Hz, em vez dos 90 Hz de um Moto G52.

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Configuração e Desempenho

  • Sistema operacional: Android 12;
  • Plataforma:Qualcomm Snapdragon 480+ 5G (8 nm);
  • Processador: Octa-core (2x 2,2 GHz Kryo 460 + 6x 1,8 GHz Kryo 460);
  • GPU: Adreno 619;
  • RAM e armazenamento: 4/128 GB.

Eu senti algumas pequenas engasgadas no Moto G62 5G, mas nada tão grave quanto no Moto G52. O uso de uma arquitetura mais atual e com maior capacidade de execução ajuda bastante a manter o Android 12 da Motorola com fluidez satisfatória.

Acredite ou não, o Snapdragon 480+ é mais veloz que o Snapdragon 680, além de ter GPU mais potente. E isso faz diferença não só no uso do dia a dia, que está notavelmente melhor no Moto G62 5G do que no G52, como no desempenho em jogos.

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Ainda não vejo este modelo como um dos melhores em fluidez entre os intermediários, que era um dos pontos de vantagem da Motorola até pouco tempo atrás. Mas está claro que investir no modelo 5G é mais vantajoso do que no 4G, ao menos no processamento de dados.

O Moto G62 5G consegue fazer a troca de aplicativos com rapidez razoável, mas não segura muitos apps abertos ao mesmo tempo. Por outro lado, consegue rodar games pesados como Asphalt 9 e COD Mobile com suavidade mesmo com os gráficos no padrão da instalação.

Os resultados nos testes de benchmark também são melhores que os do Moto G52. Foram 974 pontos no Wild Life Unlimited, com 5,8 fps no 3D Mark, 500 pontos e 3 fps a mais que o “irmão”. No Geekbench, o dispositivo somou 1747 pontos no multi-core do teste de CPU.

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Usabilidade

A Motorola lançou o Moto G62 5G já com o Android 12 instalado, e deve liberar ao menos a próxima versão do sistema operacional do Google. Além disso, serão dois anos de updates ocasionais de segurança, que teoricamente seriam mensais.

Ao menos a interface sofre poucas modificações em relação ao "Android Puro". A empresa adiciona o app Moto, onde reúne a maior parte de seus recursos extras. Entre eles estão os gestos, que permitem, por exemplo, abrir a câmera com duas viradas de pulso.

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Também é possível usar recursos de personalização, para mudar fontes, cor e formato dos ícones. Além disso, tem o Moto Tela e alguns recursos para ajudar no foco em jogos.

Câmeras

  • Principal: 50 MP, abertura f/1.8, auto foco;
  • Ultrawide: 8 MP, abertura f/2.2, 118˚;
  • Macro: 2 MP, abertura f/2.4;
  • Selfies: 16 MP, abertura f/2.2;
  • Vídeos: 1080p a 60 fps com a principal, 30 fps com a frontal.

Eu não esperava muito das câmeras do Moto G62 5G, até pelo histórico da Motorola. Mas me surpreendi positivamente com bom nível de texturas e boa faixa dinâmica. Mesmo a ultrawide e a macro fazem registros interessantes.

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A única coisa que eu ainda senti falta foi a vivacidade das cores. O Moto G62 5G ainda entrega imagens lavadas, praticamente sem saturação. Nada que uma leve edição não resolva, mas seria legal ter uma imagem mais pronta para usar segundos depois de clicar.

Curiosamente, na hora do clique, parece que a foto não vai ficar legal. Principalmente com a macro, cujo foco é mais difícil de acertar. Mas quando olhei as fotos no monitor que sempre uso para analisar as imagens, me surpreendi com o resultado.

Até mesmo o modo noturno consegue bons resultados. E, para melhorar, você nem mesmo precisa ativar o Night Sight, pois o próprio aparelho reconhece a necessidade de fazer o trabalho de exposição mais longa e usar o algoritmo para processar uma imagem com menos ruídos e mais nitidez.

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Claro que ainda não se compara em qualidade com o que a Samsung entrega em celulares da mesma faixa de preço. Mas a Motorola encontrou o caminho certo. Espero que continue com esta boa evolução nos próximos lançamentos.

Selfies e gravação de vídeo

A câmera frontal segue as características do conjunto principal. O nível de texturas está bom, com nível mais baixo em ambientes com pouca luz. A faixa dinâmica também garante bom nível de detalhes. Mas as cores deixam a desejar.

Em vídeo, de novo um bom trabalho com as texturas e faixa dinâmica. Mas a estabilização deixa um pouco a desejar, com imagens bastante tremidas. Usar um equipamento para evitar esse problema seria muito necessário.

Vídeo captado com o Moto G62 5G em Full HD a 60 fps

Sistema de Som

A Motorola ouviu as reclamações de consumidores e voltou a adotar som estéreo em alguns modelos da linha Moto G. O G62 5G está entre os contemplados, e oferece som limpo em volumes mais baixos, mas distorce agudos e graves em volumes mais altos. A potência, ao menos, é boa.

Mas, considerando que o espaço para os drives de áudio é bastante limitado, dá para aceitar. Só leve em consideração que há modelos concorrentes e até de faixas de preço mais baixas, com som mono, que conseguem qualidade sonora um pouco melhor.

Para assistir a filmes ou escutar áudios do WhatsApp, está de ótimo tamanho. Quem quer escutar música ou assistir a filmes ou séries, já deve pensar em usar fone de ouvido ou alto-falante externo. Aí pode aproveitar o conector P2 para isso, ou usar a conexão Bluetooth.

Bateria e Carregamento

  • Capacidade de carga: 5.000 mAh;
  • Recarga: até 20 W com fio.

A duração da bateria não deixa a desejar, ao menos segundo os meus testes. Foram dois: um de reprodução de vídeos na Netflix, com brilho da tela em 50%, e um de uso real do dia a dia, com o brilho automático.

Se você gosta de assistir aos seus filmes e séries preferidos no celular, vai conseguir extrair bastante tempo de uso no Moto G62 5G. A estimativa no teste do Canaltech ficou em mais de 23 horas de reprodução sem interrupção. É quase um dia inteiro de tela ativa.

Já no uso real do dia a dia, com navegação na internet, redes sociais, jogos e também vídeos, o Moto G62 5G teve consumo médio de 3,5 ponto percentual a cada hora. É uma média semelhante ao que eu tenho visto em modelos intermediários recentemente.

Foram seis horas de uso, com cerca de 60% do tempo de tela ativa. E o celular desta análise conseguiu encerrar com 79% de carga restante. A média de consumo rende uma estimativa de mais de 28 horas de uso, mas considere que a gente ainda dorme e não fica tanto tempo no celular.

Ou seja, dá para acreditar que o Moto G62 5G supera um dia com uma boa quantidade de carga restante. E ainda deve chegar à metade do dia seguinte antes de precisar de uma tomada urgente.

E aí tem o carregamento, que não é tão demorado. Com o carregador de 20 W que vem na caixa, você vai demorar cerca de 2 horas para preencher todos os 5.000 mAh do aparelho. O tempo diminui quanto mais carga restante tiver na hora de colocar na tomada, óbvio.

Concorrentes Diretos

Podemos considerar o Moto G62 uma espécie de modelo 5G de entrada. Claro que, olhando o mercado no geral, ele é um intermediário com boa potência, mas fechando em modelos com a quinta geração da internet móvel, ele fica abaixo da maioria.

E aí há dois modelos contemporâneos que entram na disputa direta com ele: Galaxy M23 e Poco M3 Pro 5G. Ambos com boas características, mas tela LCD, aspecto menos comum nos celulares com a tecnologia nova de rede móvel em 2022.

O modelo da Motorola fica um pouco abaixo em desempenho e câmeras quando comparado com da Samsung. Mas tem bateria com duração um pouco melhor. O Galaxy M23 varia na faixa de R$ 1.400 até R$ 1.600 no varejo online.

O Poco M3 Pro 5G, por outro lado, tem desempenho equivalente ao Moto G62 5G. As câmeras também já ficam em um nível mais próximo, assim como a bateria. Ou seja, é uma alternativa de outra marca, com plataforma da MediaTek. E custa cerca de R$ 1.400 para quem quiser importar.

Moto G62 5G: vale a pena?

Para quem busca um celular 5G com preço que não seja muito elevado, o Moto G62 entrega tudo. Tem desempenho razoável, um bom conjunto de câmeras e bateria com duração para um dia inteiro. Só peca na qualidade da tela, que tem brilho e contraste baixos.

É verdade que há bons concorrentes na mesma faixa de preço, até mesmo com valores mais em conta atualmente. Mas para quem gosta da Motorola, pode aproveitar características presentes apenas nos modelos dela, como os gestos de lanterna e câmera.

Aliás, por falar em câmera, a boa notícia é que, ao que parece, a companhia finalmente encontrou um caminho para melhorar a qualidade de suas fotos. Texturas e faixa dinâmica do Moto G62 5G têm níveis animadores.

O modelo foi anunciado por R$ 1.999, mas o preço não demora a baixar. Se você o encontrar por cerca de R$ 1.600, pode ser uma boa alternativa a outros celulares 5G 'de entrada'