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Review Motorola Edge 30 Ultra | Um topo de linha que impõe respeito

Por| Editado por Léo Müller | 14 de Outubro de 2022 às 18h15

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Review Motorola Edge 30 Ultra | Um topo de linha que impõe respeito
Review Motorola Edge 30 Ultra | Um topo de linha que impõe respeito

Reforçando a consolidação da terminologia “Ultra” nos celulares atualmente, o Edge 30 Ultra 5G veio com a intenção de fechar o ano de 2022 como o melhor Android do Brasil. Ao menos no que diz respeito à ficha técnica, ele impressiona com sua câmera de 200 MP, carregamento de 125 W e chipset Snapdragon 8+ Gen 1.

Mas, e na prática, como todos esses números impressionantes se comportam? Tive a oportunidade de testar o Edge 30 Ultra da Motorola por alguns dias e conto todas as minhas impressões nos próximos parágrafos. E se você se interessar por ele ao final deste review, deixarei links de compra confiáveis para você aproveitar!

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Design mudou... novamente

A Motorola é uma empresa que não se preocupa em manter uma identidade visual marcante nos seus smartphones, tanto é que alterou — de novo — o design da linha Edge. O que mudou para melhor, na minha opinião, foi a volta da tela e das laterais curvas, algo que não víamos desde o estreante Edge+ (2020).

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Outro detalhe que mudou positivamente foi o material das laterais, agora de alumínio. A moldura está bem fina por conta da curvatura de ambos os lados, deixando a pegada mais delicada. Não é nada inédito, mas agora condiz com a categoria do aparelho.

A tampa traseira de vidro permanece, mas a Motorola adotou um acabamento levemente aveludado que me fez torcer o nariz. É bonito, mas me pareceu suscetível a marcas facilmente — e ficam bem visíveis nesta cor preta. Além disso, novamente, não há nenhuma proteção contra água ou poeira, o colocando abaixo dos seus rivais nesse quesito.

O módulo de câmeras também foi renovado e me lembrou os smartphones da Xiaomi, com o sensor maior em cima seguido dos auxiliares na parte debaixo. É bonito, minimalista e o desnível não incomoda, embora eu recomende a utilização da capinha que a Motorola envia na caixa.

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A melhor tela da Motorola

A tela do Edge 30 Ultra é a melhor que já vi num celular da Motorola, mas acredito que havia espaço para melhorias. O painel P-OLED de 6,67 polegadas com HDR10+ e suporte a um bilhão de cores é muito agradável em qualquer conteúdo, mas já era hora de saltar da resolução Full HD para o Quad HD, ainda mais considerando que se trata de um modelo “Ultra”.

Outra coisa que a Motorola deveria abandonar, na minha opinião, era a taxa de atualização de 144 Hz. Ela está aqui só para impressionar porque, em tanto tempo analisando celulares com 144 Hz da marca, não consegui diferenciar de uma tela 120 Hz na prática.

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Colocando o Edge 30 Ultra ao lado do Galaxy S22 Ultra, notei telas equivalentes em fluidez, mas o celular da Samsung ainda leva vantagem na visualização em ambientes externos e na definição das imagens.

Além disso, as cores do Edge 30 Ultra são muito mais quentes, algo que, particularmente, não me agrada. Dá para mudar a temperatura da cor nas configurações, mas achei que ficou um pouco artificial.

Som digno do “Ultra”

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Se a tela do S22 Ultra é melhor que a do Edge 30 Ultra, no quesito som, temos uma vitória do celular da Motorola. A principal vantagem está nas frequências mais baixas, muito bem reproduzidas no “Ultra” da Motorola. Além disso, o volume máximo é bastante alto e não distorce.

No entanto, a qualidade sonora do modelo da Motorola ainda fica atrás dos iPhones a partir do iPhone 12 Pro, tanto na reprodução dos graves quanto dos agudos.

Uma curiosidade em relação ao sistema de som do Edge 30 Ultra é que, durante qualquer reprodução no volume máximo, dá para sentir o interior do aparelho tremendo mais do que seus rivais.

Desempenho acima da média

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Não há muito o que falar do Edge 30 Ultra no quesito desempenho porque não há nada que ele não consiga rodar com excelência. Ele passou até no meu teste de fogo, que foi rodar o mal otimizado Dead By Daylight Mobile no máximo sem apresentar engasgos ou aquecimento excessivo.

Diablo Immortal, outro título mobile criticado pela otimização, também mostrou excelentes resultados na qualidade alta a 60 quadros por segundo (fps). Curiosamente, nesse game, o celular esquentou bastante quando chegou aos 15 minutos de jogatina, a ponto de incomodar na região do módulo de câmeras.

Mas eu não o culpo por isso, porque outros celulares com os quais testei o jogo também apresentaram esse mesmo problema, como os Galaxy S21, S22 Ultra e iPhone 11.

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Se ele aguentou jogos extremamente pesados tranquilamente, nem preciso dizer que redes sociais, serviços de streaming e editores de imagem e vídeo também rodaram perfeitamente por aqui com os 12 GB de RAM. Além disso, os 256 GB de armazenamento interno são mais do que suficientes para instalar dezenas de apps.

Sistema operacional e recursos

O Edge 30 Ultra chegou ao mercado com Android 12 rodando com a interface MyUX. Já elogiei bastante a modificação da Motorola sobre o Android em outras análises justamente por haver pouquíssimas alterações em relação ao Android “puro”, ou seja, a navegação é bem direta e sem firulas visuais.

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As adaptações da Motorola são o destaque, como o Always On Display (AOD) interativo, o qual é possível interagir com as notificações mesmo com a tela “desligada”. Outro recurso interessante é o Edge lights, que faz as bordas curvas do aparelho brilharem quando você receber notificações.

Todos os populares gestos de ligar a lanterna, ativar a câmera e capturar a tela também estão disponíveis. Uma novidade é o duplo toque na parte de trás para realizar alguma ação, assim como acontece nos iPhones mais recentes.

O Ready For, plataforma para transformar o celular numa área de trabalho similar a um desktop, está presente por aqui e em sua melhor forma. Dá para conectar a uma TV ou monitor sem fio com muita fluidez.

Vale mencionar que a Motorola promete três anos de upgrades do Android, ou seja, até o futuro Android 15, além de quatro anos de atualizações de segurança. Mesmo que ainda esteja atrás da Samsung e da Apple, é bom ver que a Motorola vem aprendendo com as críticas.

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A câmera de 200 MP impressiona?

A Motorola “chutou o balde” anunciando o Edge 30 Ultra com uma câmera principal de 200 MP. É o melhor trabalho da Motorola no campo fotográfico na minha opinião. Além da definição impecável, o pós-processamento é bastante suave ao clicar paisagens, destacando as cores fortes sem parecer muito artificial.

Os ruídos são mais controlados por inteligência artificial (IA) ao gerar uma única imagem a partir de 16 capturas, um aprimoramento do conhecido Quad Pixel chamado de ChamaleonCell. Esse agrupamento maior de pixels também traz muitos benefícios para o Night Vision, captando muito mais luz e reduzindo os ruídos com nitidez, brilho e contraste controlados.

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Apesar de ter melhorado bastante, ainda percebi alguns probleminhas persistentes na linha. Um deles é a demora ao focar certos objetos pequenos; o outro é a infidelidade no tom da pele de pessoas pretas, principalmente durante a noite — em muitos casos, o celular me deixou com uma aparência alaranjada.

Em vídeos, o Edge 30 Ultra é bastante completo: tem opções de gravações em 8K/30fps, 4K/60fps e 1080p/60fps, estes últimos com estabilização óptica de imagem (OIS).

As outras câmeras do Edge 30 Ultra são boas, com destaque para a frontal de 60 MP. Outra boa novidade é a telefoto de 12 MP com zoom óptico de 2x.

Bateria e carregamento ultrarrápido

O que mais chama atenção no Edge 30 Ultra nem é a capacidade da bateria, mas a velocidade de carregamento. Ele tem suporte a absurdos 125 W de potência — com carregador compatível incluso na caixa —, que leva o celular a sair de 0% a 100% em menos de 20 minutos.

Confesso que fiquei mal acostumado durante os testes porque a velocidade de recarga é realmente incrível. Meu smartphone principal suporta até 45 W, mas o carregador oferecido gratuitamente tem apenas 25 W.

Com relação à autonomia de bateria, o Edge 30 Ultra mandou bem no uso diário com sua bateria de 4.610 mAh, aguentando dois dias com bastante redes sociais, jogos e algumas paradas para tirar fotos e gravar vídeos. No entanto, curiosamente, no nosso teste padrão da Netflix tive resultados estranhos.

No nosso cenário padrão de streaming, com três horas de Netflix, volume e brilho em 50%, e conectado apenas ao Wi-Fi, o smartphone consumiu 29% de carga, bem mais que o iPhone 14 Pro, o qual gastou apenas 9% no mesmo teste, e o Galaxy S22 Ultra 5G, que consumiu 15%.

Apesar do resultado bem abaixo do esperado, o Edge 30 Ultra teve uma autonomia agradável para o meu uso.

Concorrentes diretos

O “Ultra” de um compete com o “Ultra” do outro, então nada melhor do que colocar o Galaxy S22 Ultra 5G como principal concorrente do Edge 30 Ultra.

No embate dos tops Android, o Edge 30 Ultra se aproximou muito do rival sul-coreano em quase todos os quesitos, mas ainda fica atrás. O S22 Ultra tem construção mais robusta, tela mais brilhante, caneta S-Pen para produtividade, mais atualizações do Android garantidas e câmeras mais competentes.

Mas o celular da Motorola não fica muito distante do S22 Ultra. Ele ganha no desempenho, na velocidade de carregamento, na fluidez do sistema, na qualidade do modo noturno da câmera telefoto e na eficiência energética no uso diário.

Vale a pena comprar o Motorola Edge UItra?

Fazia tempo que a Motorola não me animava com um lançamento, mas o Edge 30 Ultra me deixou realmente entusiasmado. Ele melhorou muito em relação ao Edge 30 Pro, principalmente em design, construção e câmeras, colocando a marca no radar do segmento de smartphones “Ultra”.

Para ficar perfeito, só se a Motorola trouxesse um corpo à prova d’água, assim como nos S22 Ultra e iPhone 14 Pro, uma tela Quad HD+, e câmeras mais profissionais — mesmo que tenham melhorado tanto em relação ao antecessor.

Mesmo com todas as críticas que fiz ao Edge 30 Ultra, ainda recomendo o modelo “Ultra” da Motorola se você estiver buscando uma alternativa aos tops da Samsung. Ainda está um pouco caro, se considerarmos seu preço sugerido de R$ 6.999, mas, se ficar abaixo dos R$ 6.000, será ainda mais interessante.