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Review iPhone 14 | Mudanças sutis que não valem a pena

Por| Editado por Léo Müller | 13 de Outubro de 2022 às 17h35

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Review iPhone 14 | Mudanças sutis que não valem a pena
Review iPhone 14 | Mudanças sutis que não valem a pena

O iPhone 14 chegou com poucas novidades. A nova geração de celular da Apple tem o mesmo visual, repete a tela e até o chip. Mudam alguns detalhes nos sensores fotográficos, que têm abertura de lente maior, e a quantidade de memória RAM.

Será que essa nova versão, que poderia muito bem ser um iPhone 13S, vale a pena? Eu testei o dispositivo com bastante atenção para detectar qualquer pequena mudança para destrinchar o iPhone 14 nesta análise.

Claro que o título já adiantou parte da conclusão: mudanças sutis que não valem a pena. Vamos entender os motivos.

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Design e Construção

  • Dimensões: 146,7 x 71,5 x 7,8 mm
  • Peso: 172 gramas
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A Apple parece que levou muito a sério o ditado “em time que está ganhando, não se mexe”. O iPhone 14 tem o mesmo visual e repete até mesmo as dimensões de seu antecessor. Só muda o peso, que tem 2 gramas a menos.

Ou seja, você vai encontrar o mesmo iPhone que nos acostumamos a ver desde 2020. O telefone tem laterais metálicas retas, com linhas de antena próximas às quinas. O botão de energia fica na lateral direita, enquanto os de volume e o switch de silenciar o aparelho ficam à esquerda.

A traseira tem acabamento em vidro e traz o módulo da câmera na parte superior esquerda, com lentes bem grandes. A logomarca da Apple fica bem no meio da tampa. Na frente, tela com poucas bordas e um recorte centralizado na parte de cima para sensores.

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Se você colocar o iPhone 14 e seus dois antecessores lado a lado, terá que prestar muita atenção a pequenos detalhes para identificar qual é qual. E talvez só note quando virá-los de costas.

A certificação IP68 está presente. O celular da Apple aguenta imersões de até 6 metros de profundidade por 30 minutos em água doce. A versão vendida no Brasil ainda possui gaveta para nano SIM, além de suportar o eSIM.

Tela

  • Tamanho: 6,1 polegadas, 90,2 cm² de área, ~86% de ocupação;
  • Tecnologia do painel: OLED;
  • Resolução e proporção: Full HD (1170 x 2532 pixels), 19,5:9;
  • Densidade aproximada: 460 pixels por polegada;
  • Extras: HDR10, Dolby Vision.
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A tela do iPhone 14 tem as mesmas características de seu antecessor. Nem mesmo a intensidade do brilho melhorou, então não espere fazer o upgrade com alguma expectativa de melhoria no visor.

Ao menos é uma tela muito boa, com visibilidade excelente para ambientes externos, até mesmo em dias ensolarados. O mínimo também é muito bom, com o preto profundo que não emite nenhuma luz.

As cores são vívidas, e a resolução é Full HD com alguns pixels a mais, sendo que a densidade de pixels ultrapassa 450 pontos por polegada. O celular da Apple só fica devendo uma taxa de atualização aumentada, ficando limitada aos 60 Hz.

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Configuração e Desempenho

  • Sistema operacional: iOS 16;
  • Plataforma: Apple A15 Bionic (5 nm);
  • Processador: Hexa-core (2x 3,23 GHz Avalanche + 4x 1,82 GHz Blizzard);
  • GPU: Apple GPU 5 núcleos;
  • RAM e armazenamento: 6/128 GB, 6/256 GB, 6/512 GB.

O iPhone 14 traz o mesmo A15 Bionic que a Apple utilizou nos modelos Pro de 2021. Aliás, todo o hardware do celular de 2022 é o mesmo das versões mais avançadas do ano anterior, incluindo os 6 GB de memória RAM.

Ou seja, você pode esperar um desempenho um pouco mais potente que o do iPhone 13, mais próximo do 13 Pro. Mas, na prática, sabemos que a distância entre esses dois é pequena. Ou seja, o novo celular da Apple é pouca coisa mais veloz ou fluido que o seu antecessor direto.

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Isso não significa que seja ruim, muito pelo contrário. Os celulares da Apple sempre trazem potência além do necessário para o ano em que são lançados, e continuam a oferecer desempenho suficiente para tarefas medianas até o momento em que param de ser atualizados.

Aliás, pelos benchmarks, a diferença para a versão Pro não está muito grande, também. Foram cerca de 200 pontos a menos no Wild Life Extreme (2.665 pontos do iPhone 14 contra 2.880 pontos do Pro) e menos de 1.000 pontos no multi-core de CPU no Geekbench.

Ou seja, não importa qual iPhone você escolha para comprar agora, todos os modelos mais recentes desempenham tarefas pesadas com folga.

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Usabilidade

O iPhone 14 já sai da caixa com o iOS 16 instalado. Este modelo não tem a Ilha Dinâmica, que são notificações pop up no recorte da câmera. Mas tem outras novidades do sistema operacional da Apple.

A principal é a detecção de acidente, única não presente nos modelos mais antigos da marca. A personalização da tela de bloqueio está presente, bem como o modo foco e a porcentagem de bateria na barra de status.

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A tendência é que este modelo receba uma atualização a mais do que o iPhone 13, chegando até o iOS 21, mas não há garantia disso, visto que ele possui o mesmo chipset da geração passada.

O Canaltech separou um texto sobre as principais novidades do iOS 16.

Câmeras

  • Principal: 12 MP, abertura f/1.5, auto foco;
  • Ultrawide: 12 MP, abertura f/2.4, 120˚;
  • Selfies: 12 MP, abertura f/1.9, auto foco;
  • Vídeos: 4K a 60 fps (máximo).
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Há mudanças em câmera. E não é só o tamanho do pixel ou a abertura maior nas lentes principal e frontal. A Apple embarcou um novo truque de software para melhorar a faixa dinâmica das fotos, chamado Photonic Engine, upgrade do Deep Fusion.

Resumindo, o iPhone 14 tira agora quatro fotos em diferentes exposições para depois comparar e criar um resultado com o máximo de detalhes possível. De fato, as fotos com boa iluminação ficam muito boas, tanto com a principal quanto com a ultrawide.

O problema está nos resultados com pouca luz. As fotos em cenários pouco iluminados ficam sem vida, com cores apagadas. Além disso, perdem detalhes em áreas mais escuras que o rival Galaxy S22, da Samsung, consegue registrar.

Selfies e gravação de vídeo

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A câmera frontal segue mais ou menos o caminho das traseiras: ótimos resultados com boa iluminação, com boas texturas e faixa dinâmica satisfatória para selfies. À noite, poucas cores e detalhes perdidos em áreas mais escuras.

A gravação de vídeo está ainda limitada ao 4K no iPhone 14. Para quem esperava o 8K, pode ser uma decepção. Mas a captação é muito boa em todos os sentidos.

Vídeo gravado com o iPhone 14 em 4K a 60 fps

Sistema de Som

O iPhone 13 não trouxe nenhuma novidade no sistema de som do iPhone 12, e o mesmo acontece no modelo de 2022. O áudio é estéreo, com uma saída na parte inferior do telefone e outra no mesmo local onde você escuta o som de chamadas.

O som é potente, com graves bem definidos e ótima qualidade de médios. Até mesmo os agudos soam bem, mesmo em volumes altos.

A qualidade do áudio é mais que satisfatória, ainda mais considerando que há pouco espaço para os drivers. Há suporte para som espacial e Dolby Atmos, então não precisa colocar fones de ouvido compatíveis com estas tecnologias para aproveitá-las.

Falando em fone, as opções ficam um pouco limitadas pela ausência da porta P2. Você pode usar um adaptador P2/Lightning, ou um fone com este último conector. Além, claro, de fones ou caixas de som Bluetooth.

Bateria e Carregamento

  • Capacidade de carga: 3.279 mAh;
  • Recarga: até 50% em 30 minutos com fio, 15 W sem fio.

A capacidade de bateria aumentou, apesar de ser pouca coisa, de cerca de 40 mAh. Segundo a Apple, isso é o suficiente para entregar uma hora a mais de reprodução de vídeo, totalizando 20 horas.

Pelo teste realizado aqui no Canaltech, dá até um pouco mais. A expectativa foi de 23 horas de Netflix com o brilho da tela em 50%. O mesmo resultado obtido pelo iPhone 13. Mas o mesmo não dá para dizer do teste de uso real.

O iPhone 14 ficou com 76% de carga depois de seis horas de uso normal. Considerando o tempo de tela ativa de 3,5 horas — que o aparelho calculou errado, mas eu cronometrei — a média de consumo ficou em 6,8 pontos percentuais por hora de atividade.

Mais do que os cerca de 4,2 pontos percentuais do seu antecessor, também considerando o tempo em atividade. Ou seja, tempo de uso parece ser menor no dia a dia. Mas, se considerar o tempo de standy, o modelo de 2022 consegue chegar a um dia longe da tomada.

A recarga não tem nenhuma alteração significativa em comparação com o antecessor. A Apple promete 50% de recarga em 30 minutos na tomada, mas como não tem carregador na caixa e ela não informa a potência do adaptador necessária para este teste, não pude realizá-lo.

Concorrentes Diretos

Os celulares que rivalizam a atenção do público diretamente com o iPhone 14 são os seus antecessores, o iPhone 12 e o iPhone 13. E também há algumas dúvidas entre o celular da Apple e um Galaxy S22.

No caso dos antecessores, há poucas novidades. As câmeras estão mais poderosas, e a bateria promete duração maior. De resto, é quase o mesmo aparelho, especialmente na comparação com o iPhone 13.

O Galaxy S22 já é uma opção mais em conta para quem quer um celular completo em funções e não faz questão da Apple. O celular topo de linha da Samsung já chegou a custar R$ 2.150, mas geralmente fica perto dos R$ 4.000. Não deve muito ao iPhone 14 em nada.

iPhone 14: vale a pena?

A Apple apostou mais uma vez em não mexer em time que está ganhando e lançou um ótimo celular chamado iPhone 14. Porém, as mudanças em relação ao antecessor foram muito mais sutis, e talvez esta seja uma geração para pular.

O modelo básico da linha de 2022 da Maçã tem processador gráfico, memória RAM e até a câmera principal da versão Pro de 2021. Mas as melhorias em comparação ao iPhone 13 param por aí. Ou seja, é um iPhone 13 Pro sem a câmera teleobjetiva.

Tudo isso decepciona ainda mais quando você vê que o preço oficial do iPhone 14 é 17% mais alto que o de seu antecessor. Não vejo como poderia valer a pena investir R$ 1.100 a mais no modelo mais novo por tão pouca vantagem.