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Quais são as diferenças entre redes 1G, 2G, 3G, 4G, 5G e 6G?

Por  • Editado por  Bruno Salutes  | 

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Bruno Salutes
Bruno Salutes

O acesso à internet em celulares através de dados móveis é comum com a presença das tecnologias 3G e 4G. Olhando para o passado, desde as tecnologias 2G e até 1G, é fácil notar a constante evolução desse tipo de conexão ao longo dos anos. Por outro lado, pensando em presente e futuro, o 5G já começa a ser uma realidade. Mas o que significam esses termos?

Antes de entrar em mais detalhes, há uma explicação básica para a nomenclatura: a letra "G" representa a geração da rede de internet móvel, enquanto os números indicam a evolução a cada versão. Ou seja, quanto maior o número, a tecnologia é mais avançada e mais recente. Confira, a seguir, as principais diferenças entre cada rede.

1G

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A primeira geração de rede móvel sem fio foi lançada na década de 1980 para uso nos primeiros celulares. A transmissão funcionava de forma analógica, utilizando sinais de rádio para codificar o áudio, e a tecnologia era limitada a fornecer os serviços de voz entre aparelhos.

Além dessa limitação, o serviço tinha problemas de compatibilidade devido aos diferentes padrões adotados pelos países. Nos Estados Unidos e no Brasil, por exemplo, era utilizado o padrão Advanced Mobile Phone System (AMPS). Outros padrões incluíam Nordic Mobile Telephone (NMT), para países nórdicos, e o Total Access Communications Systems (TACS), aplicado no Reino Unido.

2G

A partir da segunda geração de conexão móvel, chamada de 2G, todo o funcionamento é feito de forma digital. Dessa forma, permitem várias conversas ao mesmo tempo, sem interferência entre elas. Além da transição para a criptografia digital, o 2G contou com um padrão único, chamado de Global System for Mobile Communication (GSM), o que ajudou a ampliar a sua compatibilidade.

O 2G, aplicado a partir de 1991, foi importante para distribuir serviços de voz e mensagens de texto. Havia, também, capacidade para transmissão de dados, mas de forma limitada: o pico de taxa de transferência de dados era de aproximadamente 97 Kbps. Por conta dessa funcionalidade, aparelhos mais básicos ainda possuem o acesso à conexão 2G.

Algumas melhorias ao padrão GSM facilitaram a transmissão de dados e o acesso à internet por celulares. As tecnologias General Packet Radio Service (GPRS) e Enhanced Data for Global Evolution (EDGE) foram fundamentais nesse processo, oferecendo maiores velocidades de transmissão – no caso do GPRS, o pico atingia uma taxa de aproximadamente 171 Kbps, enquanto o EDGE alcançava até 384kbps.

GPRS e EDGE trouxeram maior velocidade na transmissão de dados e permitiram o uso de internet por celulares, mas ainda operavam como avanços dentro da tecnologia 2G. Por isso, esses serviços foram frequentemente chamados de "2,5G" ou "2,75G", simbolizando a transição entre as gerações.

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3G

O 3G, lançado em 2001, corresponde à terceira geração de conexão móvel, que consolidou o acesso e a navegação pela internet por celulares. O enfoque dos novos padrões e tecnologias foi o uso diário de serviços de internet, como a navegação em sites, redes sociais, acesso a e-mails e troca de mensagens.

O padrão utilizado foi o Universal Mobile Telecommunication System (UMTS), que auxiliou na migração do GSM para o 3G, e foi o primeiro a alcançar a marca de 2 megabits por segundo na taxa de transmissão em dispositivos parados. A implantação do 3G, no entanto, foi um processo demorado em vários países devido ao uso de um espectro de frequência diferente do 2G. A mudança de geração ampliou o acesso à internet móvel, comportando números cada vez maiores de taxas de dados.

Assim como na geração anterior, o 3G recebeu melhorias ao longo dos anos, aumentando a velocidade e a capacidade de transmitir dados móveis. A introdução da tecnologia High Speed Packet Access (HSPA) elevou o pico de downloads a 14 Mbps, enquanto a HSPA+ permitiu taxa de até 42 Mbps. Você pode notar a presença dessas tecnologias com o "H" ou "H+" exibidos em seu celular.

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4G

Seguindo com a transição entre gerações, o 4G representa a quarta grande fase de tecnologias para a conexão móvel, com avanços significativos na transmissão de dados. Através do padrão Long Term Evolution (LTE), foi anunciada em 2010 e ampliou a velocidade, a capacidade de tráfego e a estabilidade do uso de internet em celulares.

O 4G possibilitou usar dados móveis para realizar serviços que, até então, eram limitados à conexão por banda larga fixa. A nova tecnologia permitiu, por exemplo, reproduzir vídeos em alta definição, jogar online e realizar de videoconferências com velocidade e estabilidade que não eram disponibilizadas no 3G. A quarta geração trouxe uma taxa de transmissão que podia atingir até 300 Mbps e é uma rede baseada em protocolo IP, o que aumenta a capacidade de usuários simultâneos.

As atualizações e melhorias na rede incluíram o LTE Advanced e o LTE Advanced-Pro, que elevaram a velocidade de conexão, construindo uma transição para a próxima geração. Essas inovações trouxeram tecnologias como o carrier aggregation, atribuindo o uso de mais de um bloco de frequência para a navegação, ampliando as taxas de transmissão.

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5G

A quinta geração procura trazer mais do que aumentar a velocidade: marcará, também, a conexão sem fio para outros aparelhos. Os resultados são previstos para uso doméstico, com a ampliação do conceito de casas conectadas; e em serviços industriais, com novas possibilidades de automação e Internet das Coisas (IoT).

O 5G utiliza um padrão chamado de NR. Em termos de velocidade, estima-se que a marca dos Gigabits por segundo seja alcançada. Além disso, o 5G terá grande redução da latência, o que pode permitir atividades à distância em tempo real.

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A implantação do 5G ainda está em período de testes em diversos países e passa por uma série de processos. Para o consumidor final, há um detalhe muito importante: para acessar o 5G, é necessário trocar o seu telefone celular por um aparelho compatível. O iPhone 12, lançado em 2020, é o primeiro modelo compatível da Apple. Desde o ano passado, Samsung, Motorola, Realme e Huawei também lançaram celulares compatíveis.

No Brasil, a chegada da tecnologia ainda depende do leilão das frequências disponíveis para o 5G. Em fevereiro de 2021, a Anatel divulgou o edital desse processo. O documento determina que, a partir de 31 de julho de 2022, o 5G precisa estar garantido nas capitais do país, com ampliação para outras cidades nos anos seguintes.

6G

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Mesmo que o 5G ainda não seja uma realidade consolidada para as pessoas, já existem planos para o seu sucessor, o 6G. A sexta geração já está em fase de desenvolvimento, com gigantes da tecnologia engajadas em pesquisas por todo o mundo.

Na Finlândia, Nokia e MediaTek formaram uma parceria para começar a desenvolver a tecnologia. Em novembro de 2020, a China colocou em órbita o primeiro satélite 6G para pesquisas. A Samsung também entrou na disputa, divulgando um material sobre a visão da empresa sobre a geração. O documento prevê um mundo ainda mais conectado, com conexões de até 1000Gbps, foco em máquinas e ampliação de serviços de realidade estendida. A previsão de chegada é a partir de 2028.

Fonte: CommsBrief, Samsung, Springer, Verizon