Pixel 6 pode trocar Snapdragon por chip próprio do Google, indicam rumores
Por Renan da Silva Dores • Editado por Wallace Moté |
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Uma das maiores vantagens do iPhone sobre os smartphones Android é a grande integração entre hardware e software que os celulares da Apple apresentam. A gigante de Cupertino não apenas é responsável pelo iOS, como também pelos chipsets A Fusion que equipam a família de celulares da marca.
Isso permite que a fabricante tenha um maior controle e consiga otimizar com precisão o sistema operacional para o conjunto de processamento, e vice-versa. Tamanho sucesso incentivou a Maçã a levar essa filosofia para os computadores com o Apple M1, que balançou a indústria com seu elevado desempenho e baixo consumo.
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De acordo com os rumores, a estratégia inspirou outras companhias a seguir pelo mesmo, estando entre elas o Google. Segundo fontes dos sites 9to5Google e XDA Developers, a desenvolvedora do Android estaria prestes a abandonar a Qualcomm e o seu Snapdragon em favor de um processador próprio. De codinome Whitechapel, o chip estrearia já neste ano no Pixel 6, e seria desenvolvido em parceria com a Samsung, sendo baseado no design dos controversos Exynos.
GS101: chip de 5 nm para brigar com os Snapdragon 700
As informações também detalham as supostas configurações do chamado GS101, como a gigante das buscas estaria se referindo internamente ao chipset, com GS possivelmente sendo referência a "Google Silicon". O componente contaria com três conjuntos de núcleos, sendo dois Cortex-A78 de máximo desempenho, dois Cortex-A76 de alto desempenho e quatro Cortex-A55 de baixo consumo.
O processador seria fabricado no processo de 5 nm da Samsung, assim como o Snapdragon 888 e o recente Snapdragon 780G, e ofereceria performance similar a um chip da família Snapdragon 700. Fora isso, o GS101 traria ainda uma GPU ARM Mali customizada, além de uma Tensor Process Unit (TPU) para Inteligência Artificial e algo chamado de "Dauntless", que pode estar relacionado com o Titan M, chip focado na segurança de dados já utilizado na família Pixel.
Vantagens e desvantagens
Essa não é a primeira vez que o Google fabrica chips proprietários, sendo o já citado Titan M e o Pixel Visual Core, dedicado ao processamento de imagem das câmeras, dois exemplos. As apostas anteriores da gigante das buscas se mostraram promissoras e podem ser um bom indicativo de que o GS101 pode tornar a linha Pixel mais competitiva frente a outras fabricantes e, principalmente, frente aos iPhones.
Ter o controle sobre o hardware permitiria um nível de otimização ainda maior do que já é oferecido nos celulares da companhia, além de, por exemplo, estender o tempo de suporte de grandes atualizações de software, uma das fraquezas do Android. Conforme sugeriu a Fairphone durante o lançamento do Android 9 para seu telefone de quase 5 anos, a Qualcomm seria a principal barreira para que mais versões do sistema do robozinho cheguem aos smartphones.
Por outro lado, há o risco de o GS101 acabar não atendendo às expectativas, algo que já vimos em alguns casos marcantes com os chips Exynos da Samsung. As soluções da Samsung são conhecidas por sofrer com superaquecimento e perder grande parte da performance em cargas de trabalho prolongadas. Fora isso, o próprio controle de qualidade do Google não tem um bom histórico, com um grande número de relatos de smartphones Pixel com problemas de hardware.
De toda forma, a iniciativa pode ser o ponto de virada da linha Pixel, que se aproximariam ainda mais dos rivais da Apple com grande integração entre hardware e software. Nos resta agora aguardar por novidades.
Fonte: 9to5Google (1, 2), XDA Developers