Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Faz sentido comprar um smartphone 5G no Brasil em 2021?

Por| Editado por Wallace Moté | 26 de Outubro de 2021 às 19h30

Link copiado!

InfoMoney
InfoMoney

Quando se fala em conectividade do futuro, é impossível não pensar no 5G. Com velocidades mais altas, maior confiabilidade e menor latência, é certo que a nova tecnologia proporciona uma revolução no modo em que as pessoas lidam não somente com smartphones, mas será que já é hora de comprar um celular 5G no Brasil?

Nem todos os smartphones atuais são vendidos com o 5G de forma nativa, mas ele vem se popularizando a um ritmo cada vez mais alto e já aparece em vários modelos considerados intermediários. Chegou a hora de saber se vale a pena comprar um smartphone 5G no Brasil em 2021, e para isso é preciso saber primeiro o que esses celulares possuem de diferente em relação aos que se limitam ao 4G. 

Processadores compatíveis com o 5G são necessários 

Continua após a publicidade

Para acessar a rede 5G, os celulares precisam ter um modem 5G integrado no processador — ou seja, essa capacidade não pode ser adquirida por meio de uma atualização ou qualquer outra medida que altere o celular a nível de software. Também não é possível “implantar” um modem 5G em um aparelho que dê suporte somente ao 4G, e por isso será necessário adquirir um novo modelo quando a tecnologia for implementada de forma definitiva no Brasil.

Em compensação, as fornecedoras de processadores, como a Qualcomm e a MediaTek, estão fazendo um esforço cada vez maior para a produção de processadores compatíveis com o 5G, mesmo em modelos que não são considerados top de linha. A mesma tendência se repete em marcas que utilizam chips próprios em pelo menos alguns de seus smartphones, como é o caso da Samsung e da Apple. É esperado que grande parte dos aparelhos intermediários — e até mesmo os mais básicos — já tragam compatibilidade com o 5G nos próximos anos.

Mas o que esses chips trazem de diferente?

Continua após a publicidade

De forma resumida, eles trazem modem compatível para funcionamento em frequências do 5G. No Brasil, a nova geração de conectividade irá ocupar as faixas entre 600 e 700 MHz, além de 2,3 GHz e 3,5 GHz. A nível mundial, ela ainda terá uma presença muito maior em comparação com as tecnologias anteriores.

A conexão é feita por meio de módulos RFFE (radio frequency front-end), com componentes capazes de transmitir dados para antenas dedicadas, e também receber informações com velocidade mais alta. Essas partes possuem uma estrutura complexa de componentes que amplificam e gerem os sinais de radiofrequência.

Além disso, o uso do 5G também poderá exigir uma maior capacidade de processamento dos celulares, mais RAM e armazenamento interno, já que as informações serão recebidas e transmitidas com velocidades sem precedentes em gerações anteriores — por exemplo, de nada adianta tentar baixar um filme completo em segundos, se o celular não possuir memória para isso. No geral, o mercado de celulares consegue suprir essa necessidade ao longo dos anos, com aparelhos que trazem especificações mais potentes em praticamente todas as faixas de preço.

Continua após a publicidade

5G mmWave x 5G Sub-6 GHz

O 5G não é exatamente um padrão único de conectividade, já que ele poderá ser implementado de diferentes formas, dependendo da localização e da qualidade de sinal — nesse sentido, duas nomenclaturas se destacam: o mmWave e o Sub-6 GHz. Apesar de serem nomes difíceis, eles fazem referência a uma característica relativamente simples: a frequência da onda emitida.

No Brasil, o espectro Sub-6 GHz deverá se popularizar de forma mais rápida. Nesse caso, a frequência é mais baixa, e consequentemente o comprimento de onda é maior. Na prática, isso significa que o sinal poderá ter um alcance mais alto, e chegar até mesmo em locais distantes das antenas emissoras. Em compensação, as velocidades máximas de conexão são mais baixas — porém, ainda bem maiores do que o 4G utilizado atualmente. Testes atuais com sinal Sub-6 GHz entregam transferências na casa dos 500 Mb/s, o que ainda é mais eficiente do que muitos planos de banda larga para ambientes empresariais e domésticos. Enquanto isso, as redes móveis costumam ficar entre 30 e 50 Mb/s atualmente.

Continua após a publicidade

Porém, as maiores expectativas do 5G giram em torno do padrão mmWave. Nos Estados Unidos, as velocidades podem chegar a cerca de 2 Gb/s (ou 2000 Mb/s, ao pensar nas mesmas escalas especificadas no sub-6 GHz), e testes em ambiente controlado já batem na casa dos 7 Gb/s. De forma resumida, as características são opostas ao caso anterior, com alta frequência e baixo comprimento de onda, tornando o uso do mmWave limitado a locais muito específicos, já que as antenas não conseguem emitir o sinal a distâncias maiores que poucos quarteirões.

Dessa forma, a tecnologia deverá ficar limitada aos grandes centros urbanos e locais com maiores concentrações de pessoas, como estádios de futebol ou shoppings. A longo prazo, é possível que o mmWave se popularize e chegue ao Brasil, mas ainda não há uma data marcada para isso.

Atualmente, a maioria dos aparelhos que são vendidos com 5G trazem suporte para as duas formas de conexão, mas é sempre bom checar antes da compra. O Pixel 5a, por exemplo, só dá suporte para o Sub-6 GHz, assim como a linha iPhone 12 vendida fora dos Estados Unidos. Porém, a tendência é que, em um futuro próximo, todos os aparelhos terão suporte para qualquer tipo de 5G.

5G também depende de uma rede de infraestrutura

Continua após a publicidade

A principal característica que diferencia as fases de desenvolvimento do 5G em variados países é a rede de infraestrutura. No Brasil, a tecnologia ainda não está em uso, mas como a concessão da Anatel para as operadoras está próxima de ser concretizada, é provável que a novidade já esteja disponível a curto prazo. 

Para ter uma cobertura mais completa de 5G, o Brasil precisará ampliar a quantidade de antenas, especialmente perto das cidades menores e em áreas mais distantes dos grandes centros comerciais e populacionais do país. Porém, espera-se que o 5G possa chegar a todas as capitais até julho de 2022.

Uma das vantagens mais importantes da passagem do 4G para o 5G consiste na utilização da internet não somente em smartphones e dispositivos móveis, mas também na chamada Internet das Coisas (Internet of Things, ou IoT). Para isso, naturalmente também será necessário possuir equipamentos compatíveis, como luzes, eletrodomésticos, carros ou sistemas de segurança. 

Continua após a publicidade

Dependendo das tarefas realizadas em dispositivos móveis, também será necessário que os produtos sejam compatíveis com as tecnologias de comunicação sem fio mais recentes, como Wi-Fi Gigabit e as últimas versões do Bluetooth, para integrações com atividades de realidade aumentada e realidade virtual. 

Eu preciso de um smartphone 5G em 2021?

Respondendo a pergunta do início do artigo, não é preciso correr para adquirir um smartphone com a tecnologia 5G, nem gastar mais dinheiro do que o necessário. Afinal, a tecnologia não substituirá o 4G (ou outros padrões anteriores) de forma imediata, mas a mudança acontecerá de forma mais gradual — basta perceber como ocorreu a passagem do 3G para o 4G, por exemplo.

Continua após a publicidade

Porém, o 5G representará o maior salto já visto entre diferentes gerações da tecnologia de conectividade móvel. Entre os benefícios previstos com sua popularização estão o aumento de dez vezes ou mais na velocidade de transferência de dados, latência extremamente baixa, maior confiabilidade, maior capacidade de rede, e um uso mais uniforme entre diferentes dispositivos, e em locais mais afastados.

Além disso, a disponibilidade do 5G poderá causar uma grande desvalorização dos aparelhos que não apresentarem compatibilidade com a tecnologia nos próximos anos — um processo semelhante aconteceu no passado, com aparelhos que não suportavam conexões 4G. Por isso, mesmo que não seja obrigatório, é recomendado possuir um celular 5G, especialmente depois que a tecnologia ser popularizada no Brasil. 

Canaltech no YouTube

A forma final da tecnologia 5G ainda não opera em território nacional. Para ter a versão definitiva em funcionamento, é necessária a instalação de antenas próprias. Ou seja, é preciso investir em infraestrutura. Entenda, em mais detalhes, o que falta para a tecnologia entrar em ação na sua qualidade máxima, no país. Assista ao vídeo AFINAL, QUANDO CHEGA O 5G NO BRASIL? FAZ ALGUMA DIFERENÇA PARA VOCÊ? e se inscreva no Canaltech no YouTube.

Continua após a publicidade

Fonte: PhoneArena, RF Page, Corning