Exynos 2200 mostra GPU até 30% inferior ao Snapdragon 8 Gen 1 em teste
Por Renan da Silva Dores • Editado por Wallace Moté |
Um teste publicado nesta terça-feira (15) pelo canal Erdi Özüağ indica que a GPU Xclipse 920 do Exynos 2200 é até 30% inferior à Adreno 730 do Snapdragon 8 Gen 1. O comparativo, realizado com duas unidades do s22 ultra, revela ainda o clock do chip gráfico da Samsung, até então desconhecido, e sugere que praticamente não houve evolução em comparação à Mali-G78 MP14 do Exynos 2100.
- App profissional de fotos Expert RAW chegará a mais celulares Galaxy
- S22 Ultra ganhará versões de luxo em parceria com Mercedes e grife de golfe
Exynos 2200 mostra GPU inferior ao Snapdragon 8 em teste
No dia em que a Samsung oficializou a chegada da família Galaxy S22 ao Brasil, também foi liberado o embargo para análises e testes mais aprofundados. Entre os diversos conteúdos produzidos está o do canal Erdi Özüağ, que teve a oportunidade de realizar um comparativo entre as versões com Exynos 2200 e Snapdragon 8 Gen 1.
O produtor de conteúdo se concentrou em avaliar o desempenho das GPUs, especialmente em virtude da estreante Xclipse 920, fabricada com base na microarquitetura RDNA 2 utilizada nas placas Radeon RX 6000 e consoles, e com clocks elevados de 1.300 MHz. Infelizmente, mesmo com auxílio da AMD, o chip gráfico da Samsung não conseguiu entregar nem mesmo desempenho próximo à Adreno 730, que roda a 818 MHz e abre margem notável — e consistente — de cerca de 30%.
Tomando como exemplo os números do 3DMark Wild Life Extreme, um dos testes gráficos mais intensos para smartphones, o S22 Ultra com Snapdragon atinge os 2.492 pontos, enquanto a versão com Exynos marca 1.841 pontos. O resultado do chip da Samsung não apenas é 36% inferior, como ainda é praticamente idêntico ao do Exynos 2100, que equipa o Galaxy S21 Ultra.
Uso prolongado do novo Exynos também é problema
O site ComputerBase também realizou análises aprofundadas dos dois modelos, confirmando o que o YouTuber havia encontrado — a CPU do novo Exynos é ligeiramente inferior, possivelmente em virtude dos clocks mais baixos, mas a GPU sofre bastante e perde por margens que superam os 30%. Ainda mais preocupante é a estabilidade do sistema, que também é afetada de maneira drástica.
Utilizando o teste de estresse do Wild Life Unlimited em Vulkan , que executa o benchmark 20 vezes seguidas, a Adreno 730 abre margem de quase 70% sobre a Xclipse 920: a partir da 8ª rodada, o Snapdragon 8 Gen 1 perde cerca de 30% de desempenho ao cair do pico de 10.433 pontos para se estabilizar em 7.923 pontos até o final do teste, resultado ainda respeitável considerando as circunstâncias, e suficiente para se posicionar no patamar do A15 Bionic do iPhone 13 Mini.
Enquanto isso, o Exynos 2200 já começa com números fracos, em 7.837 pontos, e também perde algo em torno de 30% próximo à 8ª rodada, estabelecendo-se na casa dos 4.691 pontos. Em resumo, quando sob gargalo intenso, a Adreno 730 é equivalente ao pico de performance da Xclipse 920, que chega a ser 70% menos poderosa que a rival da Qualcomm sob aquecimento, ao menos segundo os teste do ComputerBase.
Apesar disso, vale destacar que os resultados são mais favoráveis para a Xclipse ao se utilizar OpenGL, API gráfica mais antiga e ainda mais utilizada que a Vulkan. Nessa situação, as duas GPUs entregam basicamente o mesmo nível de performance, com uma singela vantagem de 4% para o componente da gigante sul-coreana. Resta saber se esses números se traduzirão para uso real.
A Samsung promete lançar um update de firmware que "corrigiria todos os problemas de desempenho" do Exynos 2200, mas ainda que não seja impossível, é pouco provável que vejamos um salto tão grande, que o posicione no mesmo patamar do Snapdragon, com uma atualização. Seja como for, o ideal é aguardar por mais testes e pelo update prometido, para vermos se a aposta da Samsung em tecnologia da AMD realmente não trouxe os retornos esperados.
Fonte: Erdi Özüağ, ComputerBase, VideoCardz