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20 filmes dirigidos por mulheres que você precisa assistir

Por| Editado por Durval Ramos | 06 de Março de 2024 às 16h30

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Montagem
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As mulheres já provaram que sabem e podem fazer bonito em frente às câmeras. Atrizes como Viola Davis e a brasileira Fernanda Montenegro são exemplos claros disso, mas o que muita gente ainda desconhece são os nomes de mulheres que estão brilhando também na direção, entregando grandes obras e enormes sucessos de audiência. Um exemplo bem recente disso é Greta Gerwig, que assinou um dos maiores sucessos de público dos últimos tempos e que quebrou alguns recordes do próprio estúdio com seu irreverente Barbie. O live-action da boneca não só levou muita gente aos cinemas, como também foi indicado ao Oscar e chamou a atenção dos especialistas com suas críticas sociais.

Só que ela não é a única. Além dela, outras cineastas também se destacam e mostram a força do olhar feminino por detrás das câmeras, como Kathryn Bigelow, Jane Campion e Jane Campion. Curiosamente, ao mesmo tempo em que a presença das mulheres em grandes produções se torna cada vez mais forte,o reconhecimento desse trabalho ainda parece avançar a passos lentos, como as últimas indicações ao Oscar bem revelaram. Na maior premiação do cinema, elas ainda são minoria.

Foi pensando nisso, que o Canaltech montou uma lista com algumas das muitas mulheres que fizeram filmes incríveis e que marcaram gerações. Os escolhidos são os mais diversos, passando por tramas de guerra, clássicos de infância, dramas impactantes, documentários históricos, terrores muito autorais, entre outros. Dito isso, prepare a pipoca e vamos à lista.

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20. Barbie

Diretora: Greta Gerwig

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Nada melhor para começar essa lista do que um filme que foi sucesso de bilheteria e de crítica. Lançado em 2023, o live action da Barbiemostra a boneca de plástico se tornando um pouco mais real e tendo que encarar um mundo cheio de machismo, misoginia e preconceitos. Um filme poderoso que escancarou sem floreios o incômodo feminino diante de um mundo excessivamente masculino — e Gerwig trabalha muito bem os exageros e os absurdos com a sutileza da ironia em sua crítica.

Estrelado por Margot Robbie, o longa ainda trouxe Ryan Gosling como o Ken protagonista e America Ferrera como Glória, a humana que ajuda a boneca a voltar para a Barbielandia. A atriz, inclusive, disputou o Oscar de 2024 na categoria Melhor Atriz Coadjuvante.

Além das várias críticas sociais que permeiam a trama, o filme se destacou pelo seu humor ácido e pelo excelente trabalho de caracterização e figurino que foi feito. Quem quiser assistir à Barbie, o encontra na Max, Apple TV+, Google Play e Microsoft.

19. Priscilla 

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Diretora: Sofia Coppola

Outro filme dirigido por uma grande mulher é Priscilla, cuja trama mostra a vida de renúncias que a esposa de Elvis Presley, o rei do rock, teve que enfrentar para viver ao lado do marido. De traições e crises de bebedeira, até ter que pintar seus cabelos loiros de preto, tudo isso é retratado no longa de Sofia Coppola.

Com um enredo simples, mas sofisticado, o filme esmiúça a personalidade tóxica do cantor que só era vista por trás das câmeras. Para dar vida à protagonista, foi escolhida a, então, iniciante Cailee Spaeny. Já para viver o cantor que rebolava, o escolhido foi Jacob Elordi, de Saltburne comédias românticas como A Barraca do Beijo. Esse contraste já na escalação é muito bem trabalhado por Coppola para mostrar como a relação entre os dois sempre apagou Priscilla a ponto de ela ser quase invisível e, a partir disso, trabalha como ela realmente se sentia diante disso tudo.

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Priscillaestá disponível no Mubi.

18. Mulher Maravilha

Diretora: Patty Jenkins

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Provando que não são só os homens que sabem fazer filmes de super-heróis, Mulher Maravilha, dirigido por Jenkins, conta a história de Diana Prince (Gal Gadot), uma jovem que vive em uma ilha paradisíaca onde é considerada a princesa das Amazonas.

Um dia, no entanto, ela é surpreendida ao descobrir que o mundo está enfrentando uma guerra violenta e decide sair do conforto da sua casa para tentar acabar com o conflito. É a partir de então que ela entende até onde vai o alcance dos seus poderes e sua verdadeira missão na Terra.

Apesar de ter sido lançado só em 2017, o filme estava em desenvolvimento desde 1996, e sofreu com trocas de roteiristas e diretores. No elenco, além de Gadot estão Connie Nielsen e Chris Pine. Quer dar uma chance à trama? Então, você o encontra na Max, Microsoft, Google Play e Apple TV+.

17. Frozen

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Diretora: Jennifer Lee

Uma das animações mais famosas dos últimos tempos também foi dirigida por uma mulher. Trata-se de Frozen, filme em que Jennifer Lee divide o comando com Chris Buck. 

Com uma trama mais feminista, o longa conta a história de amizade de duas irmãs — Anna e Elsa — e deixa o príncipe encantado de lado, ou melhor dizendo, se aproveita do clichê para subvertê-lo. No enredo, Anna é a caçula das irmãs e, após a morte de seus pais, se aventura em uma verdadeira peregrinação para se reencontrar com Elsa e acabar de uma vez por todas com a distância entre elas e o congelamento do reino que a mais velha provocou.

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Com personagens carismáticos e uma ótima dublagem de Fábio Porchat (ele dá voz ao Olaf), o longa fez muito sucesso entre as crianças e ganhou, seis anos mais tarde, uma continuação.

Quem quiser assistir à Frozen o encontra no Disney +.

16. A Mulher Rei

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Diretora: Gina Prince-Bythewood

E por falar em filmes comandados por mulheres e que exaltam mulheres, que tal dar uma chance para A Mulher Rei? O filme foi lançado em 2022 e conta a história da comandante do exército Agojie, Nanisca (Viola Davis). Com mãos de ferro mas muita empatia, ela comandou as várias mulheres guerreiras que defendiam o reino Daomé dos colonizadores franceses e tribos rivais.

Com excelentes cenas de combate e um drama na medida, A Mulher Rei é, certamente, um dos melhores filmes da carreira de Viola Davis, mostrando o quanto ela é poderosa dentro e fora do papel. Quem quiser assisti-lo, pode dar o play na Max, Microsoft e Google Play.

15. O Piano

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Diretora: Jane Campion

O Piano aparece entre diversas listas de melhores filmes e chega a ocupar o primeiro lugar quando a lista é de mulheres diretoras. De 1993, O Piano é um grande drama romântico de época que conquistou elogios ao contar a história de uma mulher (Holly Hunter) que vai para a Nova Zelândia, onde conhece o colonizador que se tornou seu marido (Sam Neill) e desenvolve um romance com o homem (Harvey Keitel) que está com seu piano.

Um dos dramas mais marcantes dos anos 1990 e até hoje considerado um dos melhores já feitos, O Piano tem diversos prêmios nos principais festivais de cinema do mundo e Campion continua sendo a única mulher vencedora da Palma de Ouro no Festival de Cannes.

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O Piano está nos catálogos do Telecine e do Globoplay.

14. Encontros e Desencontros

Diretora: Sofia Coppola

Sofia Coppola aparece mais uma vez na nossa lista! Considerada um dos maiores nomes do cinema indie, ela tem uma carreira bastante sólida e suas produções são reconhecidas como autorais desde seu primeiro longa, o também excelente As Virgens Suicidas. Mas foi com Encontros e Desencontros que ela ficou realmente no radar dos cinéfilos. Além disso, o filme ajudou a estabelecer uma característica indie que não é comum a todos filmes do “gênero”, mas que já soa quase que automaticamente como uma marca indie contemporânea: a presença de Bill Murray no elenco.

Além dele, o filme conta ainda com a presença da maravilhosa Scarlett Johansson. Juntos, os personagens são absolutamente cativantes não só pela atuação, mas pelas possibilidades proporcionadas pelo roteiro inteligente, também de autoria de Sofia Coppola.

Encontros e Desencontros está no Star+, Telecine, Globoplay e Paramount+.

13. Guerra ao Terror

Diretora: Kathryn Bigelow

A Hora Mais Escura, o filme sobre a icônica e política caçada a Osama bin Laden, foi dirigido por uma mulher. Antes disso, ela ficou com uma moral enorme com outro filme de guerra ainda mais intenso: Guerra ao Terror, título que levou o Oscar de Melhor Filme em 2010, quando a maioria acreditava que a estatueta seria dada a Avatar.

Guerra ao Terror surpreendeu justamente pela direção, que faz questão de transformar cada momento em uma tensão extrema para que o expectador compartilhe um pouco das emoções dos soldados submetidos a situações extremamente estressantes de guerra e, ainda assim, precisam lidar com o delicado e mortal trabalho de desativar bombas.

Historicamente, os maiores filmes de guerra são dirigidos por homens, mas nenhum filme sobre a Guerra do Iraque é tão popular quanto os dirigidos por Bigelow. A diretora contou ainda com a presença de um elenco incrível para dar aos personagens a possibilidade de se afastar um pouco das imagens heroicas do soldado estadunidense e dar um ar de dubiedade a todas as ações.

Guerra ao Terror pode ser assistido na Netflix.

12. Quero Ser Grande

Diretora: Penny Marshall

Se você teve uma infância nos anos 1980 ou 1990, muito provavelmente parte do seu imaginário de criança foi povoado por esse filme, que ficou marcado pela icônica sequência em que os personagens tocam piano dançando sobre um enorme teclado no chão. Tom Hanks é essencial para o trabalho de Marshall como diretora de um filme sobre uma criança presa no corpo de um adulto.

As gerações mais recentes têm De Repente 30 como referência desse tipo de trama, mas Quero Ser Grande consegue ser ainda mais cativante ao lidar com o lado mais inocente da infância, explorando sobretudo a brincadeira e não o romance (embora as relações adultas esbarrem no personagem também).

Dessa forma, Quero Ser Grande é um filme dupla-face: para as crianças, explora a diversão da liberdade de ser um adulto independente, enquanto que para os adultos é um excelente copo de água na cara que diz para não deixarmos a nossa criança interior morrer.

11. Psicopata Americano

Diretora: Mary Harron

Filme de terror, com muito sangue e uma pitada deliciosa de ironia, com Christian Bale e dirigido por uma mulher? Temos. Psicopata Americano é um dos filmes mais memoráveis quando se trata de terror psicológico e o filme é amado justamente pelo desenvolvimento primoroso que Mary Harron faz do personagem principal.

Psicopata Americano é intenso e assustador por acompanhar a psique de um rico executivo que trabalha com investimentos e vive em um ambiente em que as aparências são tudo. O que ele esconde em sua mente, no entanto, lembra muito o final do personagem Alex de Laranja Mecânica, relação bastante explorada pelos fãs de ambos os filmes ao longo dos anos.

Psicopata Americano pode ser assistido no Star+ e no Prime Video.

10. Raw

Diretora: Julia Ducournau

Raw chamou a atenção como um filme de zumbi que é, na verdade, um grande e bizarro drama sobre canibalismo, com um desenvolvimento de personagem que é tão incrível quanto a parte gore, que pode não ser tranquila para quem o estômago mais fraco. O filme é ainda mais forte ao inserir o canibalismo a partir de uma personagem vegana em um curso de veterinária.

O filme tem diversas camadas e ainda insere reflexões sobre família e sobre os ambientes tóxicos que eventualmente se desenvolvem em algumas universidades. Francês, ele ainda é a oportunidade de conhecer uma linguagem diferente, que lembra um pouco o indie estadunidense. Ducournau tem uma direção corajosa não só pelo tema, mas por não se importar em mostrar detalhes agoniantes para os espectadores (e a agonia não vem apenas do lado “zumbi” do filme).

9. Garota Sombria Caminha pela Noite

Diretora: Ana Lily Amirpour

De tempos em tempos surgem filmes deliciosamente estilizados, filmes que obviamente têm referências, mas que mesmo assim parecem algo completamente novo, original e vanguardista. Garota Sombria Caminha pela Noite é desses filmes e ainda é significativo e forte em muitos sentidos: Ana Lily Amirpour, embora seja britânica, tem origem iraniana e fez um filme ambientado no Irã, com uma vampira como protagonista.

Aqui cabe o aviso de que o filme é bem diferentão. O fato de ser em preto e branco e bastante lento, com muitas imagens contemplativas, pode ser uma experiência tediosa para quem está mais acostumado ou tem preferência por filmes mais rápidos, cheios de ação e/ou diálogos.

Ainda assim, Garota Sombria Caminha pela Noite é uma experiência artística sem igual, com imagens belíssimas, resultado de um trabalho mais que competente de direção e de fotografia. Gostando ou não do filme, é inegável a forma de uma vampira iraniana andando de skate por rua desertas.

Garota Sombria Caminha pela Noite pode ser assistido pelos assinantes do Globoplay.

8. Tomboy

Diretora: Céline Sciamma

Ser mulher é uma construção, como aprendemos com Simone de Beauvoir e RuPaul’s Drag Race. As questões de gênero têm sido cada vez mais exploradas e é preciso discutir também como nossa relação com o feminino ou com o masculino se dá também na infância (e a repercussão do recente Lindinhas, também dirigido por uma mulher, envolve isso).

Tomboy é um filme lindíssimo e revela a maturidade da diretora e roteirista Céline Sciamma, que acompanha de perto a trajetória de uma criança chamada Laure e que aproveita a oportunidade de ter acabado de se mudar para se apresentar como Mikhael.

É tudo muito inocente e, justamente por isso, forte. É daqueles filmes que você vê e lhe marcam para sempre, mesmo que não chegue perto de ser um dos seus favoritos. Ah, e vale lembrar que Sciamma voltou com tudo no seu último filme, Retrato de uma Jovem em Chamas, que tem tido uma ótima repercussão.

Tomboy está no Globoplay e no Telecine.

7. Precisamos Falar Sobre Kevin

Diretora: Lynne Ramsay

Há muitos séculos a figura da mulher é ligada à da maternidade e, no cinema, o estigma é reproduzido à exaustão. Precisamos Falar Sobre o Kevin é praticamente um filme de terror do tema.

Estrelado por Tilda Swinton, Ezra Miller e John C. Reilly tudo que há de terrível no filme é potencializado pelas atuações impecáveis de cada um em seus personagens. Enquanto Reilly ocupa o papel de um pai amável (que já destoa das comédias que o ator costuma fazer), Swinton e Miller se revezam na tensa relação entre uma mãe e seu filho problemático.

Lynne Ramsay é espetacular ao utilizar as cores, os sons e a montagem para criar uma atmosfera do tipo O Bebê de Rosemary sem o elemento sobrenatural e fantástico. O terror de Precisamos Falar Sobre Kevin é real, de uma mãe que tem a maternidade e a vida arruinadas por um filho cuja psique está muito além dos limites da educação que ela pode dar (e não estamos falando de questões financeiras). Precisamos Falar Sobre Kevin também é daqueles filmes que, uma vez visto, é difícil de tirar da cabeça.

Precisamos Falar Sobre Kevin está disponível no Prime Video e no Globoplay.

6. A 13ª Emenda

Diretora: Ava DuVernay

Ava DuVernay, que ficou mais conhecida pela direção de Selma: Uma Luta Pela Igualdade, fez um dos documentários mais importantes da contemporaneidade e que foi imensamente revisitado a partir das manifestações Black Lives Matter. O original Netflix A 13ª Emenda trouxe discussões importantíssimas a tona e mostrou como o sistema penitenciário dos EUA revela a profunda desigualdade racial do país.

Quando se fala de diretoras mulheres hoje, Ava DuVernay é um dos primeiros nomes que vem à mente e não é à toa. Não só A 13ª Emenda é um filme essencial e poderoso, como também é uma obra responsável por ecos cujos efeitos são as revoluções sociais que estamos vendo hoje. É história viva diante dos nossos olhos.

A 13ª Emenda pode ser assistido na Netflix.

5. Paris is Burning

Diretora: Jennie Livingston

Vamos falar de Rupaul’s Drag Race de novo sim! “Because reading is what?! Fundamental” (Porque ler é o quê? Fundamental!).

Paris Is Burning é um dos materiais cinematográficos mais importantes da comunidade drag e isso se deve ao registro histórico inigualável feito por Jennie Livingston, que fez um documentário sobre o cenário voguing da Nova York dos anos 1980. Rupaul’s Drag Race popularizou bastante o filme ao transformá-lo em referência de um dos mais aguardados minidesafios do reality show.

Quer mais? Muitas vezes premiado em categorias de Melhor Documentário em diversos festivais, incluindo o importantíssimo Festival de Berlim, Paris is Burning está em muitas listas de melhores documentários de todos os tempos e isso se deve não somente ao tema, mas ao trabalho de Jennie Livingston ao contar essa história de uma cultura que hoje está popularizada, mas que, na época, era uma cultura underground e erroneamente considerada como subversiva.

O filme está disponível de forma online.

4. Matrix

Diretoras: Lana Wachowski e Lilly Wachowski

Sim! Um dos melhores e mais rentáveis filmes de ficção científica da história foi dirigido não por uma, mas por duas mulheres. Lana Wachowski e Lilly Wachowski conquistaram uma legião de fãs com a trilogia Matrix, que continua sendo objeto de pesquisas e análises, inclusive academicamente, até hoje. Na época do lançamento, Matrixbateu diversos recordes de público e só foi superado em números por produções mais recentes.

Matrix dispensa apresentações por estar no imaginário cultural até de quem provavelmente nunca assistiu ao filme. Matrix atinge os espectadores por diversos meios: é um blockbuster, tem Keanu Reeves como protagonista, é grandioso, repleto de efeitos digitais revolucionários e ainda traz uma reflexão filosófica complexa de uma forma bastante acessível. A revelação recente de que Matrix realmente é uma metáfora sobre transexualidade fez diversos fãs revisitarem o filme e esse ainda é um bom momento para maratonar, já que um quarto filme está a caminho.

Todos os filmes da franquia Matrix, incluindo Matrix Resurrections, está na HBO Max.

3. Bicho de Sete Cabeças

Diretora: Laís Bodanzky

O cinema brasileiro está repleto de excelentes diretoras e Laís Bodanzky é um desses grandes nomes, enquanto seu longa de estreia, Bicho de Sete Cabeças, é um dos melhores filmes do nosso cinema até hoje. Estrelado por Rodrigo Santoro, o filme integra duas discussões delicadas ao falar sobre drogas e desenvolver um drama impactante sobre as consequências sérias da internação psiquiátrica.

Bicho de Sete Cabeças foi imensamente premiado por aqui e até hoje é um dos melhores trabalhos da carreira de Santoro. A direção de Laís Bodanzky é essencial para esse sucesso: embora o roteiro traga todas essas discussões sobre saúde mental, é a direção que torna o filme visceral e impactante.

Bicho de Sete Cabeças está no catálogo da Netflix.

2. Persépolis

Diretores: Vincent Paronnaud, Marjane Satrapi

Embora seja codirigido por um Vincent Paronnaud, Persépolis não poderia estar de fora dessa lista, já que o trabalho de Marjane Satrapi com ele vai muito além do cinema. Persépolis é uma animação adaptada do quadrinho homônimo de Satrapi e Paronnaud, e que usa a autobiografia para refletir sobre o lugar da mulher iraniana no contexto da revolução islâmica.

Não se deixe enganar pelo formato e pelo desenho bonitinho, porque Persépolis é um filme adulto e com muitas reflexões geradas pela própria personagem, que se questiona sobre a trajetória que foi obrigada a seguir como consequência da situação política do seu país, o que envolve choques culturais e perda de identidade, tudo isso no corpo de uma mulher iraniana.

Persépolis pode ser encontrado de forma online.

1. Os Catadores e Eu

Diretora: Agnès Varda

Agnès Varda não só é uma das maiores mulheres diretoras de todos os tempos como também entrou para o hall dos melhores documentaristas de todos os tempos, o que se deve sobretudo ao seu modo de contar histórias, inserindo-se no filme de uma forma artística nunca vista.

Todos os filmes de Varda poderiam estar nessa lista, mas optamos por um dos seus mais famosos títulos. Os Catadores e Eu é daqueles documentários que nos fazem notar que, nesse gênero, a direção é tão ou mais importante que o tema. O que parece ser um assunto trivial e minimamente político, o de pessoas que vivem da coleta, se torna um profundo trabalho de reflexão sobre nosso modo de viver e evoluir com o que nos cerca.

Com um assunto que poderia apenas nos dar algumas informações, Varda cria um filme que nos faz refletir sobre a vida, o universo e tudo mais.

Os Catadores e Eu pode ser assistido pelos assinantes do Mubi.