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Crítica M3GAN | Com trama divertida, filme prova que o absurdo agrada

Por| Editado por Jones Oliveira | 20 de Janeiro de 2023 às 15h40

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Blumhouse
Blumhouse

Lançado nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (1), M3GAN já chegou aclamado. Isso porque o longa estreou nos Estados Unidos poucos dias antes, e, além de conquistar a audiência, garantiu boas notas da crítica especializada. Esse sucesso tem razão de ser, e é mérito da roteirista Akela Cooper que assina títulos como Maligno e A Freira 2, e de James Wan, o criador de Invocação do Mal e Jogos Mortais que também participa do projeto..

O êxito do filme se dá pela maneira inteligente de mesclar humor, drama e terror, sem cair no besteirol ou forçar um sarcasmo. Nada em M3GAN é forçado, desde a trama até a trilha sonora, tudo se encaixa bem.

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Atenção! Essa crítica tem spoiler de M3GAN!

O longa começa mostrando Gemma (Allison Williams), uma robocista que trabalha em um importante laboratório e que está desenvolvendo um protótipo de boneca, criada por inteligência artificial, para interagir da maneira mais natural possível com as crianças. Apesar de seus chefes não acreditarem no projeto, ela continua crendo que ele pode dar certo.

Um dia, atordoada de demandas, ela recebe uma ligação e descobre que sua irmã e seu cunhado morreram em um acidente de carro e que agora ela terá a guarda da sua sobrinha Cady (Violet McGraw). Sem ter a mínima intimidade com a garota, Gemma vai ao encontro dela.

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As duas passam, então, a morar juntas, mas a roboticista não sabe se foca no trabalho ou se cuida da pequena órfã. É nesse momento que ela decide finalizar o protótipo de M3GAN para que a boneca possa brincar com Cady, e para que a menina a deixe em paz.

A tecnologia substitui o humano?

Um dos principais pontos do filme é a crítica que ele faz à sociedade em relação ao consumo da tecnologia. Se em Morte, Morte, Morte, da diretora Halina Reijn, há uma crítica voltada para a geração Z, em M3GAN esse julgamento é mais ampliado.

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No longa, a problemática trabalhada é justamente o fato de delegarmos funções humanas às inovações tecnológicas, como o cuidado das crianças, por exemplo. Gemma está tão focada no trabalho que não se preocupa em criar uma conexão com Cady, saber como ela se sente após perder os pais, ou tornar sua casa um lugar aconchegante e acolhedor.

Em determinado momento da história,Tess (Jen Brown) amiga de Gemma, a questiona se ela não está muito distante da menina.

A comédia como ponto principal

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Quem vai às salas de cinema esperando assistir a um terror horripilante, certamente irá se decepcionar com M3GAN, afinal o filme tem a comédia como eixo central, mas ainda assim entrega bons sustos.

A partir do momento que a boneca ‘ganha vida’, começam as matanças. Sua primeira vítima é o cachorro da vizinha, que mordeu o braço de Cady. A cena deixa o espectador tenso imaginando se verá alguma crueldade com o animal, mas o diretor Gerard Johnstone acerta em não deixar nada explícito na tela. Afinal, todo mundo sabe que não há sofrimento maior do que ver o cachorro morrendo no filme.

Depois desse momento tenso, M3GAN faz outras vítimas, como o garoto pentelho que perturbou Cady e até mesmo a vizinha mal-educada da casa ao lado. A perspicácia do filme, foi justamente fazer com que essas mortes tivessem um ‘quê’ de cômicas.

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É divertido ver a boneca correndo atrás do menino como um cão raivoso, e também vê-la fazendo a dancinha—que inclusive viralizou nas redes sociais—antes de assassinar um executivo da empresa que Gemma trabalha.

Não dá para negar que são poucas as mortes do filme, e fica difícil categorizá-lo como slasher, mas as que acontecem são bem executadas. E, por falar no assunto, é importante ressaltar que os efeitos especiais e a maquiagem também agradam muito. O rosto da boneca é bem feito e a torna quase real.

Trilha sonora e atuações surpreendem positivamente

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Já que estamos falando de acertos, a trilha sonora de M3GAN realmente surpreendeu com canções como Titanium, de Sia e David Guetta. O destaque, no entanto, fica para a cena em que a boneca canta docemente Wrecking Ball de Miley Cyrus para Cady dormir. O contraste da doçura entoada com a letra da música arranca algumas boas risadas.

Outro ponto positivo são as atuações do filme. A atriz mirim Violet McGraw constrói uma Cady melancólica na medida, e dá a ela o tom certo; nem drama demais, nem reações exageradas.

Já Allison Williams, que vive a robocista Gemma, também acerta o tom. Dá para ver sua evolução desde a jovem chata Marnie em Girls até agora, como a protagonista. Os personagens secundários ganham pouco destaque, mas quando aparecem em cena não incomodam.

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Afinal, vale a pena assistir à M3GAN?

Com uma trama inteligente e divertida, M3GAN soube trazer para a tela um bom enredo de suspense que mesclasse crítica social e comédia. Além disso, agradou também por conseguir entregar uma história com boneco assassino que se diferenciasse das outras já vistas como Annabelle, Chucky e O Boneco do Mal.

Sendo assim, é justo dizer que vale a pena assistir à M3GAN e que o filme tem potencial para conquistar os brasileiros—desde que seja encarado mais como comédia do que como terror.

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