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Apple lança novo Mac Pro e completa transição com inédito M2 Ultra

Por| Editado por Wallace Moté | 05 de Junho de 2023 às 17h40

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Divulgação/Apple
Divulgação/Apple
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Durante a abertura da WWDC 2023 nesta segunda-feira (5), a Apple finalmente concluiu sua transição para o Apple Silicon com a estreia do novo Mac Pro. A máquina para trabalhos pesados surpreendeu ao manter a capacidade de ser atualizada com peças diferentes de expansão, essencial para o segmento profissional, ao mesmo tempo em que traz os benefícios dos chips da gigante de Cupertino. A novidade chega junto ao poderoso M2 Ultra e a uma versão atualizada do Mac Studio.

Mac Pro ganha versão com Apple Silicon

Apesar dos ganhos de desempenho e eficiência significativos que o Apple Silicon trouxe aos MacBook e até ao Mac Studio, muitos profissionais que lidavam com trabalhos mais pesados, incluindo grandes estúdios de cinema, evitavam migrar para as máquinas mais recentes da Apple pela falta de possibilidade de implementar upgrades — algo presente no último Mac Pro, ainda equipado com chips Intel.

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A nova geração do Mac Pro tem como ponto mais importante justamente manter essa capacidade, o que pode justificar a demora para vermos a transição da gigante ocorrer. São sete slots PCIe 4.0 no total, dos quais seis estão disponíveis para a instalação de placas de expansão. Ainda assim, não espere por GPUs mais poderosas: são citadas placas de processamento de sinal de áudio, de rede e de armazenamento, e o mais provável é que as únicas soluções compatíveis sejam disponibilizadas diretamente pela Maçã.

É difícil dizer se isso será suficiente para atrair profissionais que estavam receosos com os chips proprietários da companhia, mas é ao menos uma abordagem mais interessante e aberta que o esperado, e com sorte, caso ouça os usuários em futuras gerações, poderemos ver maior liberdade. O fato é que a máquina é potente graças à estreia de um novo membro da família Apple Silicon: o Apple M2 Ultra.

Seguindo o que vimos na geração M1, o M2 Ultra é basicamente a junção de dois M2 Max usando a conexão de altíssima velocidade da empresa desenvolvida em parceria com a TSMC. O resultado é um processador de até 24 núcleos de CPU, 76 núcleos de GPU e 192 GB de memória unificada com velocidade de comunicação de 800 GB/s, bem como uma Neural Engine de 32 núcleos para tarefas de Inteligência Artificial.

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A Apple promete até duas vezes mais desempenho em comparação ao M2 Max, com números ainda mais impressionantes frente ao antigo Mac Pro com Intel — que, vale destacar, usa uma CPU extremamente antiga e uma GPU já defasada —, que chegariam a até 3 vezes mais potência em cargas de trabalho que envolvam conteúdo em 3D.

O M2 Ultra realmente brilharia em tarefas que tiram proveito de seus aceleradores, como a renderização de vídeos: seria possível reproduzir em tempo real até 22 streams de vídeo em 8K no formato ProRes, por exemplo. As melhorias seriam suficientes para equivaler a sete placas Afterburner (a usada para acelerar o processamento de vídeo em ProRes) em um único chip, segundo a marca.

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O novo Mac Pro também tenta chamar atenção pela conectividade, embarcando Wi-Fi 6E, Bluetooth 5.3, três portas USB-A, duas HDMI 2.1, oito portas Thunderbolt 4 (com velocidades de até 40 Gbps), conector P2 para fones de ouvido com suporte a acessórios de alta impedância e duas portas Ethernet de 10 Gb para redes com fio. O combo permite o uso de até seis Pro Display XDR simultaneamente, o que deve agradar os profissionais que gostam de usar múltiplas telas.

Talvez o aspecto menos empolgante seja o design, que mantém a aparência de "ralador de queijo" da geração anterior. As mudanças, nesse caso, estão relacionadas com o retorno da opção de formato para instalação em racks — abrindo margem para uso do computador como uma espécie de servidor, assim como feito com o desktop de 2019 — e os materiais de construção que seguiriam os princípios mais amigáveis ao meio ambiente que a Apple tem tentado adotar em seus produtos mais recentes.

100% dos metais usados nos ímãs e na placa de circuitos (PCB) são reciclados, enquanto 95% da embalagem é feita de fibras recicláveis. Além disso, o computador seria 40% mais eficiente que o exigido para um dispositivo obter o selo Energy Star, responsável por atestar a altíssima eficiência de um aparelho.

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Mac Studio é atualizado para linha M2

Completando os anúncios para profissionais, a Apple apresentou a segunda geração do Mac Studio, cujas principais novidades são o processamento e a conectividade. Assim como o Mac Pro, o mini PC profissional da Maçã chega em versões com o M2 Ultra e o M2 Max, para quem não precisa de especificações tão absurdas. Não é possível confirmar no momento se o espaço mais restrito vai afetar o desempenho dos chips, algo pouco provável considerando sua eficiência, mas obviamente não há PCIe para expansão.

O dispositivo se destaca mais pela conectividade, também muito próxima à do desktop mais avançado, ainda que levemente simplificada. Temos por aqui Wi-Fi 6E, Bluetooth 5.3, quatro portas Thunderbolt 4, duas portas USB-A, duas portas USB-C, leitor de cartões SD, HDMI 2.1 e porta Ethernet de 10 Gb. Usuários entusiastas de múltiplas telas ficarão felizes de saber que, mesmo com as simplificações, o novo Mac Studio mantém o suporte a até seis Display Pro XDR.

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Preço e disponibilidade

Os novos Mac Pro e Mac Studio entram em pré-venda no exterior na próxima segunda-feira, 12 de junho, com previsão de disponibilidade a partir do dia seguinte (13). Os preços sugeridos começam em US$ 6.999 (~R$ 35 mil) para o Mac Pro tradicional e US$ 7.499 (~R$ 37 mil) para o modelo de rack, com o Mac Studio partindo de US$ 1.999 (~R$ 10 mil).

O Brasil ainda não possui previsão de disponibilidade para as máquinas, mas preços foram confirmados: a partir de R$ 75 mil para o Mac Pro tradicional e R$ 80 mil para o modelo rack, e a partir de R$ 23 mil para o Mac Studio. Os valores das configurações máximas assustam, chegando a impressionantes R$ 132 mil e R$ 46 mil, respectivamente.