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Apple M2 Pro e M2 Max chegam com promessa de até 40% mais desempenho

Por| Editado por Wallace Moté | 18 de Janeiro de 2023 às 07h21

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Com a estreia de uma nova geração de MacBook Pro e do Mac Mini, a Apple apresentou nesta terça (17) os novos Apple M2 Pro e M2 Max, chipsets que assumem o posto de soluções mais poderosas da marca dentro da família M2. As plataformas chegam com ganhos respeitáveis de performance, ainda que bem mais modestos em relação a quando a transição para o Apple Silicon foi iniciada, e seguem a fórmula dos antecessores ao escalonar os recursos e o poder de processamento trazidos pelo M2 padrão.

Teendo como base as melhorias de arquitetura que a Apple implementou no M2 tradicional, os novos M2 Pro e M2 Max trazem mudanças pontuais, começando pela CPU, que saltou do máximo de 10 núcleos da geração anterior para chegar a até 12 núcleos nos lançamentos. A solução é compartilhada pelas duas plataformas e pode ser configurada com menos núcleos, visando tornar os dispositivos "mais acessíveis".

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A gigante deu mais atenção às GPUs das novidades, que trazem uma arquitetura aprimorada, munida de mais cache L2 (para manter dados importantes mais próximos do chip e assim proporcionar mais performance) e maior quantidade de núcleos. São até 19 núcleos para gráficos no M2 Pro, e o dobro no M2 Max, com 38 núcleos — 3 e 6 núcleos a mais que os antecessores, respectivamente.

Para a memória unificada, a empresa manteve até 32 GB no M2 Pro, mas agora oferece até impressionantes 96 GB no M2 Max, 32 GB a mais que o M1 Max. A largura de banda, quantidade de dados que trafega do chip para a RAM e vice-versa, foi mantida em configuração similar à geração passada, com picos de 200 GB/s para o Pro e 400 GB/s para o Max. Fecha o pacote a nova Neural Engine para processamento de Inteligência Artificial, que também conta com 16 núcleos como nos chips antigos.

O último ponto destacado pela Apple é a quantidade de transistores implementados em cada um deles. São 40 bilhões no M2 Pro, contra 33,7 bilhões do M1 Pro (aumento de cerca de 20%), e 67 bilhões no M2 Max, em comparação aos 57 bilhões presentes no M1 Max (crescimento em torno de 18%). O maior número de transistores foi obtido através do uso da segunda geração da litografia de 5 nm da TSMC, tida hoje como uma das mais avançadas do mercado e presente em concorrentes como os Ryzen 7000 da AMD para desktops.

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Com essa combinação de recursos, em sua configuração máxima, a Apple promete ganhos de 20% de performance em CPU — o que parece ser resultado da adição dos 2 núcleos —, além de 30% em processamento gráfico e 40% em IA com a Neural Engine atualizada. A eficiência energética também teria atingido novos patamares, garantindo que os MacBook Pro 2023 possam oferecer até 22 horas de uso, valor alto para a indústria, mas que simboliza um avanço tímido de apenas 1 hora frente ao M1 Pro e M1 Max, capazes de chegar às 21 horas.

Há mais alguns alertas importantes em cima dos dados publicados pela Apple: como de costume, todos os resultados são selecionados pela empresa para fazer com que os novos chips mostrem o que têm de melhor — algo que raramente representa usos reais. Outra questão de extrema importância é que o Core i7 e o Core i9 equipados no Macbook Pro 16 usado para as comparações são bastante antigos, pertencendo à 8ª e 9ª gerações Coffee Lake da Intel.

A empresa está atualmente em sua 13ª geração, apresentando ganhos extremos de eficiência e performance frente aos processadores citados pela Apple, a ponto de serem capazes de rivalizar com os novos M2 Pro e M2 Max. Não é possível compará-los diretamente, especialmente por não haver resultados completos de benchmark entre os materiais publicados pela Maçã, mas os próprios ganhos prometidos sobre a geração anterior e resultados vazados nos dão uma ideia do que esperar.

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Encontrado no banco de dados do Geekbench 5, que avalia exclusivamente a CPU, o M2 Max de 12 núcleos foi capaz de atingir 1.889 pontos em single-core e 14.586 pontos em multi-core — valores que confirmam os 20% de ganho prometidos pela companhia. Assim sendo, comparados a resultados vazados do Intel Core i5 1340P, um de seus rivais diretos, ainda temos vantagens significativas, mas que passam bem longe dos "ganhos de 6 vezes sobre o Core i9" que a Apple fez questão de apontar.

O melhor resultado registrado pelo processador da Intel no momento é de 1.665 pontos em single-core e 10.595 pontos em multi-core, o que faz do M2 Max 14% e 38% mais poderoso. Mesmo assim, é preciso ter em mente que o novo componente da Apple possui 4 núcleos de alto desempenho a mais que o Core i5 1340P.

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O último ponto é que a AMD anunciou recentemente a família Ryzen 7040 Phoenix Point para laptops premium, assegurando aos usuários que suas soluções inéditas baseadas em núcleos Zen 4 seriam "mais poderosas e eficientes que o Apple M1 Pro". Como esses processadores ainda não chegaram às lojas, é cedo para bater o martelo e afirmar que esses Ryzen poderiam competir com os novos M2 Pro e M2 Max, mas há alguns indicadores que sugerem que a Apple precisa ficar de olho.

Além de melhorias na arquitetura preparadas especialmente para turbinar a eficiência energética, a linha Ryzen 7040 é fabricada em uma litografia mais avançada que os lançamentos da Maçã, da classe de 4 nm. Esse processo de fabricação é ainda mais denso que os 5 nm de segunda geração implementados no M2 Pro e M2 Max, e associado a otimizações podem de fato fornecer mais desempenho com um consumo menor.

Seja como for, fica a recomendação de sempre: para sabermos de fato como as novas soluções da Apple se comparam à concorrência, e até mesmo aos seus antecessores em cenários mais realistas, é preciso esperar pelo review de aparelhos equipados com as plataformas estreantes. Os primeiros dispositivos munidos das novidades serão o MacBook Pro de 14 e 16 polegadas, cuja disponibilidade está prevista para a próxima terça-feira (24). Até lá, veículos especializados devem publicar suas análises, mostrando do que esses chips são realmente capazes.

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Fonte: Apple, Geekbench