Publicidade

Fiat se despede do motor Fire após quase 40 anos no Brasil

Por  • Editado por Jones Oliveira |  • 

Compartilhe:
Divulgação/Fiat
Divulgação/Fiat

A família de motores Fire foi introduzida pela Fiat em seus carros há quase 40 anos, no Autobianchi Y10, mas, no Brasil, chegou mais tarde, no início dos anos 2000. Desde então, virou o “sobrenome” de modelos como o Palio, o Uno Mille e até da Strada, caminhonete mais vendida do país.

Agora, depois de uma longa caminhada, o motor mais antigo do Brasil está perto da aposentadoria. A “culpa” pelo fim da linha dos motores Fire é da legislação, mais precisamente das novas regras do Proconve L8, que entrarão em vigor em 2025.

Canaltech
O Canaltech está no WhatsApp!Entre no canal e acompanhe notícias e dicas de tecnologia
Continua após a publicidade

As leis sobre o controle de poluentes ficarão mais rígidas no Brasil e, como já aconteceu às vésperas da aplicação do Proconve L7 no Brasil, obrigarão as montadoras a adaptarem suas linhas para se adequar aos novos padrões.

Como a adaptação do motor Fire exigiria um investimento muito alto, o propulsor, criado para ser o primeiro utilizado em uma linha de montagem robotizada, vai ser aposentado pela Fiat. O Fire foi desenvolvido para aumentar a escala produtiva e, ao mesmo tempo, reduzir custos. E foi um sucesso.

Para quem não sabe, aliás, é daí que vem o nome Fire, e não da tradução da palavra que, em inglês, significa “fogo”. Fire, na verdade, é a sigla criada para simplificar o termo Fully Integrated Robotised Engine (Motor de Integração Totalmente Robotizada, na tradução para o português).

Quando o motor Fire estreou no Brasil?

O motor Fire foi lançado na Europa em 1985, mas, no Brasil, estreou apenas no comecinho do ano 2000, na família Palio, tanto no hatch quanto no sedan (Siena) e na station wagon (Weekend).

O propulsor que está em vias de extinção passou por várias mudanças ao longo dos anos, tornando-se flex em 2023, trocando o cabeçote de 16V pelo de 8V e até ganhando um outro sobrenome — Evo —, para ilustrar uma nova evolução.

O motor mais antigo do Brasil chegou a passar por adequações para atender às exigências do Proconve L7 em 2022, mas começou a perder espaço para a nova família da Stellantis, a Firefly, hoje usada no Argo, no Cronos e no Pulse.

Continua após a publicidade

O Fire, atualmente, equipa a versão 1.0 do Mobi e a 1.4 da Fiorino, mas, quando se aposentar, também será substituído pelo Firefly. Será que vai deixar saudades? Comente conosco em nossas redes sociais.