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Proconve L7: O que é e como ela mexe com os carros no Brasil?

Por| Editado por Jones Oliveira | 08 de Janeiro de 2022 às 09h30

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Matt Boitor/Unsplash/CC
Matt Boitor/Unsplash/CC

O mercado de carros no Brasil está em polvorosa, e quem não se mexer vai ficar para trás. E a razão não é o aumento da procura por carros elétricos, e sim a fase L7 do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores), que entrou em vigor no dia 1º de janeiro de 2022.

A principal missão do Proconve é reduzir a emissão de gases tóxicos e poluentes de origem veicular no país e, por conta disso, algumas montadoras já tiveram que “aposentar” alguns carros em suas linhas de montagem.

Entre as afetadas estão a Fiat, que anunciou o fim da linha para quatro modelos de uma só vez, e a Chevrolet, que também não produzirá mais dois carros em 2022, o Joy (antigo Onix) e o Joy Plus (antigo Prisma).

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A fase L7 do Proconve

As atitudes das montadoras foram tomadas porque, na ponta do lápis, os investimentos que precisam ser realizados para adequar os modelos, agora aposentados, às exigências da fase L7 do Proconve não compensam.

A fase atual determina que os níveis de gases dos escapamentos, como monóxido de carbono, aldeídos e etanol, adicionados aos valores do NOx (óxido de nitrogênio) sejam menores. Além disso, a fase L7 do Proconve terá novos parâmetros para medir hidrocarbonetos e emissões evaporativas.

No caso das emissões, a régua vai, literalmente, baixar. Atualmente, o limite do vapor tóxico liberado pelo tanque de combustível é de 1,5 grama, mas, com a nova fase, será de 0,5 grama por dia. Isso significa que o cânister (já falamos dele aqui, lembra?) terá que ter uma capacidade maior.

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As montadoras terão que se virar para que o cânister seja melhorado e até mesmo dutos e mangueiras tenham uma permeabilidade menor para evitar uma maior dissipação de gases para a atmosfera.

Uma outra mudança prevista na fase L7 diz respeito aos catalisadores. O equipamento, que deveria ser projetado para ter uma vida útil mínima de 80 mil quilômetros, agora terá de “segurar a onda” pelo dobro do tempo, ou seja, 160 mil quilômetros.

A história do Proconve até a fase L7

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A criação do Proconve foi ideia do Conselho Nacional do Meio Ambiente e surgiu em 1986, ano em que a demanda por veículos automotores no Brasil aumentou de maneira preocupante, principalmente nos grandes centros urbanos.

Desde então, os limites máximos de emissões de gases poluentes foram sendo alterados de tempos em tempos, em resoluções batizadas como Proconve L1, L2... Até chegar à temida L7, que já começou a mexer com os carros no Brasil.

Confira abaixo as datas em que cada uma delas entrou em vigor, e quando a fase Proconve L8 terá início.

  1. PROCONVE L1 – 1990;
  2. PROCONVE L2 – 1992;
  3. PROCONVE L3- 1997;
  4. PROCONVE L4 – 2007;
  5. PROCONVE L5 – 2009;
  6. PROCONVE L6 – 2014;
  7. PROCONVE L7 – 2022;
  8. PROCONVE L8 – 2025.
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Fase L8 do Proconve: paraíso da eletrificação

Vale citar que a fase L8 do Proconve, prevista para vigorar em 2025, terá limites que não permitirão aos motores atuais seguirem as regras.

Isso abrirá caminho para um crescimento ainda maior dos carros elétricos, híbridos e, principalmente, híbridos flex, ou seja, que usam etanol e eletrificação, combustíveis comprovadamente mais limpos que os derivados do petróleo.

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Com informações: Carro Bonito, Auto Papo