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Como é a fábrica da GWM na China? Canaltech conheceu

Por| Editado por Jones Oliveira | 18 de Maio de 2024 às 09h00

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Paulo Amaral/Canaltech
Paulo Amaral/Canaltech

A GWM abrirá sua fábrica no Brasil ainda no 2º semestre de 2024, mas enquanto a planta localizada em Iracemápolis, interior de São Paulo, não inicia seus trabalhos, a produção de modelos que já conquistaram espaço por aqui segue a todo vapor na China.

A reportagem do Canaltech foi convidado pela GWM para conhecer de perto as instalações de onde saem o Haval H6, o Ora 03 e outros modelos que, em breve, também darão as caras por aqui, como o Wey 05 e a picape Poher.

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A gigantesca planta, que por lá é conhecida como GWM Xushui Manufacturing Base, fica localizada próxima a Baoding. Ela conta com uma área total de 13 milhões de metros quadrados e precisou de um investimento de 30 bilhões de yuans para ser totalmente construída — cerca de R$ 21,3 bilhões.

Além das linhas de montagem, o complexo conta com uma enorme pista de teste (que também conhecemos ao acelerar os SUVs da Tank) e outras divisões, como os laboratórios de bateria e hidrogênio. Confira a seguir como é a fábrica da GWM na China.

Como foi a visita à fábrica da GWM?

A visita monitorada foi bem diferente das que tivemos oportunidade de fazer no Brasil anteriormente, tanto na fábrica da Toyota quanto no Metaverso Renault, além da unidade de produção de pneus da Pirelli.

Antes de entrar nas dependências da fábrica, a reportagem do Canaltech teve de passar por uma câmera de descontaminação. A pequena sala, do tamanho de um elevador, fica selada por aproximadamente 30 segundos, tempo em que jatos de ar atingem a todos em todas as direções. A sensação é estranha, mas divertida.

Após a devida “descontaminação”, o Canaltech foi colocado em um carrinho, como os que existem em parques de diversões, para, enfim, iniciar o “passeio” em meio às linhas de montagem da fábrica da GWM.

A primeira — e mais nítida impressão — é a de que praticamente não há pessoas trabalhando no complexo, e a “revolução das máquinas”, ao menos lá dentro, deixou de ser obra de ficção científica e se tornou realidade.

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No material oficial distribuído pela GWM, a montadora confirmou a percepção da reportagem. Segundo a marca, a operação atingiu “100% de sua capacidade” automatizada, com cerca de 600 robôs participando de todos os processos da construção de um carro.

A GWM informou que o tempo médio para um carro ser montado por completo e sair da linha é de 52 segundos, e que são produzidos cerca de 1 milhão de veículos por ano no local.

A planta que será inaugurada em Iracemápolis, no interior de São Paulo, deverá herdar boa parte da tecnologia que vimos na China, mas a capacidade produtiva, ao menos a princípio, deve ser bem menor, na casa de 100 mil carros anuais.

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Fábrica de baterias e motores a hidrogênio

O complexo fabril da GWM na China não conta apenas com as linhas de produção, pistas de teste e laboratórios para testes com temperaturas extremas (frio e calor). Há também espaços dedicados às parceiras responsáveis pelas baterias e pelo desenvolvimento de hidrogênio como combustível.

A reportagem do Canaltech teve a oportunidade de ver de perto as estruturas da SVolt e da FTXT e, apesar de não poder registrar muita coisa em imagens, a pedido da montadora, obteve informações importantes na visita, como a confirmação da data em que o 1º carro a hidrogênio da GWM será lançado no mercado.

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O final da visita às instalações acabou coincidindo com um lindo pôr do sol, que casou perfeitamente com a fila de carros recém-produzidos enfileirados no pátio, a maioria deles do modelo Haval H6, que em breve estará no Brasil em sua nova geração, junto a outros lançamentos prometidos pela GWM para o mercado brasileiro.