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Review Xiaomi 13 Lite | Um intermediário na série flagship

Por| Editado por Léo Müller | 08 de Junho de 2023 às 14h00

Review Xiaomi 13 Lite | Um intermediário na série flagship
Review Xiaomi 13 Lite | Um intermediário na série flagship
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Xiaomi 13 Lite foi apresentado oficialmente no mercado brasileiro em maio de 2023, alguns meses após o lançamento global do aparelho. Ele chegou como uma aposta da marca com foco no público que quer um celular da linha flagship, mas não quer pagar o preço alto dos modelos topos de linha.

Dessa forma, ele possui alguns cortes no hardware, mas ainda tenta entregar um bom desempenho. Isso inclui um chipset intermediário e um conjunto mais modesto de especificações, ao passo que traz uma câmera frontal dupla e um conjunto triplo na traseira.

Mas será que ele vale a pena no dia-a-dia ou é melhor já optar por algum dos modelos intermediários da marca — como os da linha Redmi Note 12 — ou até mesmo concorrentes? Eu testei o Xiaomi 13 Lite nos últimos dias e agora trago a minha opinião sobre o aparelho.

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Prós

  • Bom desempenho
  • Tela com bastante brilho e intensidade
  • Infravermelho para uso como controle remoto

Contras

  • Bateria deixa a desejar
  • Áudio mono

Design, construção, tela e som

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  • Dimensões: 159,2 x 72,7 x 7,23 mm;
  • Peso: 171 gramas;
  • Tela: AMOLED, 6,55 polegadas, 120 Hz, 1080 x 2400 pixel, Gorilla Glass 5.

Apesar de ter poupado gastos no hardware do Xiaomi 13 Lite, a Xiaomi não foi tão modesta quanto à sua construção e o modelo tem uma construção razoável. Nele, tanto a tela quanto a traseira são feitas em vidro, apesar de as laterais serem feitas de plástico em vez de metal.

De qualquer forma, é um celular um tanto quanto elegante. Ele tem as bordas traseiras e frontais levemente curvas, o que confere ao smartphone uma pegada mais confortável. O fato de ele ser consideravelmente leve também ajuda bastante neste aspecto.

O quadro que agrupa o conjunto trio de câmeras traseiras — além do flash — é saltado, como de costume, mas é mais discreto do que outros modelos e não chega a incomodar.

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Xiaomi 13 Lite tem o acabamento premium da linha flagship da marca (Imagem: Ivo Meneghel Jr/Canaltech)
Xiaomi 13 Lite tem o acabamento premium da linha flagship da marca (Imagem: Ivo Meneghel Jr/Canaltech)

Já a tela é um painel AMOLED com boa qualidade de exibição. Ela tem um nível de brilho bem alto e permite enxergar as coisas com bastante conforto, mesmo sob uma luz solar bem intensa. A taxa de atualização é de 120 Hz, o que permite aproveitar conteúdos com frequência alta de quadros, como jogos fps, e ela ainda tem suporte para reprodução de vídeos em Dolby Vision e HDR10+.

Ela é recortada por um furo em formato de “pílula”, que abriga a dupla de câmeras frontais e tem proteção Gorilla Glass 5. Sé é uma pena a ausência de proteção contra água, algo que é comum em celulares da Xiaomi, mas seria bem vindo em um aparelho dessa categoria.

O sistema de áudio é outro aspecto decepcionante no Xiaomi 13 Lite. Apesar de ter suporte para Dolby ATMOS, ele só tem uma saída de áudio. Ela é até potente, mas não chega ao nível de modelos com pelo menos duas saídas. Dá para assistir séries com bastante qualidade de áudio e ele quebra o galho para músicas, mas é só isso.

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O desempenho do Snapdragon 7 Gen 1 no Xiaomi 13 Lite é muito bom e ele consegue executar as tarefas do dia-a-dia com bastante agilidade e sem qualquer dificuldade, então é uma boa opção para quem busca bom um intermediário com bom desempenho.

— Bruno Bertonzin

Configuração, desempenho e usabilidade

  • Chipset: Qualcomm Snapdragon 7 Gen 1
  • Memória: 8 GB
  • Armazenamento: 128 GB / 256 GB

O desempenho do Xiaomi 13 Lite é digno de um celular intermediário e, dentro desse segmento, ele não deixa a desejar. Não chega ao nível dos modelos topos de linha, mas aguenta bastante no dia-a-dia.

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Para apps cotidianos, como redes sociais, mensageiros ou serviços de streaming — tanto de séries quanto de músicas — ele tem um ótimo desempenho, executando tudo com bastante agilidade.

Em jogos ele também oferece uma boa performance e consegue executar praticamente qualquer título disponível na Play Store sem muita dificuldade. Em alguns cenários, talvez seja preciso reduzir um pouco a qualidade gráfica para ter um desempenho melhor, mas ainda assim ele se sai bem.

Eu testei ele com CoD Mobile e não tive problemas para jogar. Só notei um engasgo quando iniciei uma partida no modo multiplayer, mas foi um caso isolado e, no geral, ele não teve nenhum problema durante o game.

Xiaomi 13 Lite tem o desempenho esperado de um celular intermediário (Imagem: Ivo Meneghel Jr/Canaltech)
Xiaomi 13 Lite tem o desempenho esperado de um celular intermediário (Imagem: Ivo Meneghel Jr/Canaltech)
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No teste de desempenho padrão, ele marcou mais de 632 mil pontos gerais no AnTuTu Benchmark. A pontuação da CPU foi de 252 mil, da placa gráfica foi de 84 mil, da memória foi 149 mil e da interface, 147 mil.

Como efeito de comparação, essa marca fica entre o Pixel 6a e Pixel 6 Pro, que possuem um chip topo de linha do Google e marcaram, respectivamente, cerca de 623 mil e 653 mil pontos. No entanto, fica bem abaixo do Motorola Edge 40, por exemplo, que atingiu 737 mil pontos.

Testes de benchmark do Xiaomi 13 Lite revelam desempenho próximo de topos de linha (Imagem: Bruno Bertonzin/Canaltech)
Testes de benchmark do Xiaomi 13 Lite revelam desempenho próximo de topos de linha (Imagem: Bruno Bertonzin/Canaltech)

Quanto à interface, o Xiaomi 13 Lite chegou para mim com a MIUI 14 instalada sob o Android 12, mas logo na sequência recebeu dois updates e foi atualizado para o Android 13.

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A MIUI é uma interface bem customizada e isso pode agradar ou desagradar os usuários — depende bastante do gosto. Eu, particularmente, gosto de alguns recursos do software, como o Centro de Controle separado da área de notificações, mas me incomodo com alguns detalhes, como a quantidade de apps pré-instalados e as configurações gerais da UI.

Câmera

O Xiaomi 13 Lite conta com um conjunto triplo de câmeras traseiras, com um sensor principal de 50 MP, um ultrawide de 8 MP e um macro de 2 MP. Na frente, há uma dupla de sensores: um principal de 32 MP e um de profundidade de 8 MP.

Câmeras traseiras

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No conjunto traseiro, tanto a câmera ultrawide quanto a principal tiram fotos igualmente boas, com bastante qualidade — mas de acordo com um modelo intermediário, pode deixar a desejar se você comparar com modelos topo de linha, como o próprio Mi 13 ou Xiaomi 13 Pro.

Conjunto de câmeras traseiras do Xiaomi 13 Lite faz fotos razoáveis (Imagem: Ivo Meneghel Jr/Canaltech)
Conjunto de câmeras traseiras do Xiaomi 13 Lite faz fotos razoáveis (Imagem: Ivo Meneghel Jr/Canaltech)

As imagens, tanto da câmera principal quanto da auxiliar com ângulo de visão maior, têm uma riqueza em detalhes e consegue balancear bem o nível de branco em locais bem iluminados, com bastante interferência solar.

A intensidade das cores é muito boa e, na maioria dos casos, consegue representar com fidelidade o cenário real. Em outros, porém, achei que o software trabalhou demais para deixar a coloração mais intensa, principalmente no céu. Nas imagens abaixo, mostro dois exemplos de fotos feitas na mesma hora com bastante diferença nas cores.

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A primeira é mais fiel à realidade: um céu aberto, poucas nuvens e uma coloração real. Já a segunda tem um tom de azul bem mais forte — é uma imagem bonita, mas que não representou bem o cenário no momento.

Em determinados momentos, o Xiaomi 13 Lite consegue captar bem a coloração no ambiente (Imagem: Bruno Bertonzin/Canaltech)
Em determinados momentos, o Xiaomi 13 Lite consegue captar bem a coloração no ambiente (Imagem: Bruno Bertonzin/Canaltech)
Mas em outras situações, O Xiaomi 13 Lite apela demais para o software no pós-processamento (Imagem: Bruno Bertonzin/Canaltech)
Mas em outras situações, O Xiaomi 13 Lite apela demais para o software no pós-processamento (Imagem: Bruno Bertonzin/Canaltech)

Já sobre a câmera macro, eu repito o que sempre falo em reviews com um sensor desse tipo: é desnecessária. A macro do Xiaomi 13 Lite, assim como de outros modelos, tem uma resolução muito baixa e, com isso, entrega fotos de uma qualidade bem inferior. Além disso, em alguns casos é até difícil tirar uma fotografia que não saia tremida ou borrada.

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É preciso muita paciência — ou usar um tripé — para conseguir uma boa estabilização. Com muito esforço, eu consegui tirar fotos razoáveis, as quais você pode ver na galeria mais abaixo, mas ainda mantenho a opinião de que essas câmeras poderiam ser extintas dos celulares para dar lugar para outros sensores. Para imagens bem aproximadas — como é a proposta da macro — os sensores híbridos de ultrawide+macro já se provaram muito mais eficientes para este propósito.

Câmera frontal

O conjunto frontal é outro exagero que, para mim, é desnecessário. Ele tem uma câmera principal de 32 MP, que é muito boa, e uma de profundidade com 8 MP, para auxiliar no modo retrato.

A câmera, no modo normal, consegue captar selfies muito bem definidas e com qualidade razoável, dentro do padrão que é esperado. O controle do branco é ótimo e o celular consegue compensar bem a iluminação. Quando ativado o modo retrato, isso é perdido um pouco. O céu fica um pouco estourado e a qualidade da imagem cai um pouco.

Eu critiquei aqui o uso de uma câmera de profundidade auxiliar na frontal porque qualquer smartphone minimamente decente faz fotos iguais no modo retrato. O recorte feito pelo software é igualmente competente sem precisar de uma lente para isso.

Gravação de vídeo

A gravação de vídeo do Xiaomi 13 Lite é bem razoável. O celular filma com resolução máxima de 4K a 30 fps no conjunto traseiro, sendo possível reduzir a definição para aumentar a frequência de quadros para até 60 fps. Já a frontal filma em até 1080p a 60 fps.

Em ambos os casos, o nível de estabilidade é bom e o balanço das cores também. Em alguns momentos o céu estoura um pouco quando está muito ensolarado, mas nada que atrapalhe muito a qualidade da imagem.

O conjunto de câmeras do Xiaomi 13 Lite é razoável, dentro do que é esperado de um celular intermediário. Ele consegue boas imagens, mas tem alguns pequenos defeitos que não chegam a prejudicar tanto a fotografia.

— Bruno Bertonzin

Bateria e carregamento

A bateria do Xiaomi 13 Lite me decepcionou um pouco durante o uso. Não por ser ruim — ao contrário, ela até aguenta um dia de uso tranquilamente — mas por ficar abaixo do que eu esperava.

O aparelho possui bateria de 4.500 mAh — 500 mAh a menos do que a maioria dos aparelhos apresenta — e gastou cerca de 34% da sua carga no nosso teste de desempenho padrão. Com isso, é estimado que ele dure cerca de 17 horas no total. Neste mesmo cenário, muitos celulares ficam abaixo dos 30%. O Redmi Note 12 Pro Plus, por exemplo, tem 5.000 mAh, mas gastou 25% da carga.

Consumo de bateria do Redmi Note 12 4G fica um pouco acima do esperado (Imagem: Bruno Bertonzin/Canaltech)
Consumo de bateria do Redmi Note 12 4G fica um pouco acima do esperado (Imagem: Bruno Bertonzin/Canaltech)

De qualquer forma, como dito, o Xiaomi 13 Lite ainda consegue passar um dia longe das tomadas com um uso mediano, então se esse for o seu padrão de uso do celular, você não precisará carregá-lo mais de uma vez ao dia.

Quanto ao carregamento, ele tem suporte para carga de 67 W — com carregador incluso no kit — e leva cerca de 45 minutos para ter a bateria totalmente enchida, isto é, de 0 a 100%.

Concorrentes diretos

O Galaxy A54 e o Moto G73 são os principais concorrentes do Xiaomi 13 Lite. Os três são equipados com um chipset bem equivalente: enquanto o Xiaomi tem o Snapdragon 7 Gen 1, o Samsung conta com o Exynos 1380 e o Motorola, o MediaTek Dimensity 930.

Em termos de desempenho, os três componentes são bem equivalentes e se saem igualmente bem em várias tarefas. As semelhanças continuam com a quantidade de memória: os três contam com RAM de 8 GB.

A bateria do A54 se mostra mais competente, tanto nas especificações — já que possui 5.000 mAh — quanto na prática. No nosso teste padrão, ele gastou apenas 28% da carga, contra 34% do Xiaomi e 40% do Motorola.

Já a faixa de preço é bem diferente e, mais uma vez, o Samsung se mostra mais vantajoso. Ele é encontrado em uma faixa de preço entre R$ 1.600 e R$ 1.700 para a versão de 128 GB. Essa é a mesma variação do Moto G73, na versão única de 128 GB. Mas, se quiser o A54 de 256 GB, é possível encontrar por menos de R$ 2 mil.

Galaxy A54 é uma ótima alternativa ao Xiaomi 13 Lite (Imagem: Ivo Meneghel Jr/Canaltech)
Galaxy A54 é uma ótima alternativa ao Xiaomi 13 Lite (Imagem: Ivo Meneghel Jr/Canaltech)

O Xiaomi 13 Lite, por sua vez, custa entre R$ 2.900 e R$ 3.200 na versão de 256 GB. É possível encontrar ofertas melhores se for importar, mas aí corre o risco de ter taxas e impostos ao trazer para o Brasil — além da tradicional espera para chegar.

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Xiaomi 13 Lite: é bom, mas não o bastante

O Xiaomi 13 Lite é um ótimo aparelho intermediário, com especificações bem atraentes e um funcionamento igualmente bom. O conjunto de câmeras é bom, apesar das falhas, e o celular oferece um ótimo desempenho com o chip Snapdragon 7.

A bateria deixa um pouco a desejar, mas isso é esperado de um modelo com apenas 4.500 mAh. Em resumo, ele é um ótimo celular, mas não o bastante para bater de frente com a concorrência — principalmente o Galaxy A54.

Com um preço bem mais acessível, o modelo da Samsung se mostra muito mais atraente, com um conjunto de especificações bem parecido. Mas, na prática, o modelo sul-coreano ganha por oferecer um conjunto de câmeras ainda mais eficiente e uma bateria bem mais duradoura.

Não que o Xiaomi seja ruim, mas talvez só não seja o seu momento. Quando o preço cair e ficar por volta de R$ 2.000, ele se tornará uma opção bem atraente, em nível de igualdade com o rival.

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