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Review Moto G73 | Bom desempenho e câmera traseira competente

Por  • Editado por Léo Müller | 

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Review Moto G73 | Bom desempenho e câmera traseira competente
Review Moto G73 | Bom desempenho e câmera traseira competente

Com um pulo geracional, o Moto G73 5G chegou ao Brasil em março de 2023 para garantir ao público uma alternativa mais avançada da família Motorola Moto G com conectividade 5G. O aparelho traz poucas mudanças no visual e o frescor da nova tecnologia de conectividade, que está ainda mais consolidada nessa geração do aparelho.

Com mais potência, tela de 120 Hz, câmera de 50 MP, melhorias no carregamento rápido e novos recursos se segurança, o dispositivo foca em ajustar o que já era atrativo em seus antecessores. Porém, nem tudo melhorou com o passar dos anos.

Por isso, vamos, pontuar tudo que melhorou, as características positivas que se mantiveram, e também o que gerou muita expectativa, mas ficou abaixo na realidade. Confira detalhes na análise completa.

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Mas, será que as melhorias fazem sentido, principalmente após um downgrade na quantidade de sensores e no tipo de painel da tela? Confira a minha opinião na análise completa.

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Design e construção

O design do Motorola Moto G73 não mudou muito em relação ao que a empresa utilizou nos antecessores. A traseira é toda em plástico fosco, e isso não é o que me incomoda no celular, mas a maneira como o material foi trabalhado pela fabricante.

Isso se deve ao fato de o verso desse smartphone manchar facilmente com a gordura dos dedos, algo que não aconteceu no Moto G53 5G, por exemplo. No geral, a construção está condizente com a proposta do aparelho, que é entregar o básico de maneira positiva, apesar de alguns leves incômodos pessoais já citados no parágrafo anterior.

Por outro lado, a empresa mantém a entrada 3,5 mm para fones de ouvido, entrada USB-C e dois alto-falantes. A gaveta de chips é híbrida, e isso faz o usuário ter que escolher entre utilizar dois chips físicos de operadora ou expandir o espaço interno com cartão microSD.

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Tela

Assim como no Moto G53, o painel G73 também é LCD. Sei que a intenção da Motorola é manter o smartphone por um preço coerente com a sua categoria, mas é importante criar diferenciais físicos que vão além do chipset para garantir a escolha mais coerente possível para cada usuário.

Como consequência, esse display tem um brilho baixo. Mesmo em ambientes com luz controlada, é necessário manter a luminosidade em seu nível máximo para visualizar as informações exibidas no display corretamente. Sob a forte luz do sol, foi difícil ter uma boa visibilidade, pois parecia que a iluminação estava em 50%.

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Porém, não existem só defeitos na tela desse celular. Afinal, a fabricante adicionou a taxa de atualização de 120 Hz, algo que também foi implementado no painel P-OLED do G72. Porém, o aparelho não chegou ao Brasil, e isso limitou a nossa linha de comparação.

No geral, a tela de 6,5 polegadas com resolução Full HD+ (1080 x 2400 pixels) não traz grandes diferenciais. O nível de cores é equilibrado, mas nada que surpreenda na usabilidade, se enquadrando no padrão médio.

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Configuração e desempenho

O Moto G73 vem equipado com o processado MediaTek Dimensity 930. E esse chipset trabalha em conjunto com 8 GB de memória RAM e 128 GB de espaço interno para garantir que o usuário terá em mãos um aparelho equilibrado.

E é isso que eu senti ao utilizar esse smartphone. Os aplicativos respondem da maneira esperada, os jogos são fluidos e o modo multitarefas não apresenta travamentos. Na minha opinião, a Motorola acertou muito na performance desse intermediário.

Focando em analisar o que esperar desse celular frente aos concorrentes, fiz o teste padrão de desempenho com o Moto G73. No Geekbench 6, os resultados foram de 902 pontos no modo single core e 2.265 pontos no Compute. Na prática, esse benchmark quer dizer que o celular está melhor do que o Realme 10 Pro Plus, mas ainda ficou abaixo do Samsung Galaxy A54 5G, como você pode ver no gráfico abaixo.

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Interface e segurança

No Moto G73, a empresa mantém a interface MyUX baseada no Android 13, e há a promessa de atualização para o Android 14. Apesar de não ser algo que eu costumo citar nas análises, me preocupou muito ver que o Moto G73 ainda está com o pacote de segurança de dezembro de 2022.

No momento de publicação desse review, já são quatro meses de atraso nos updates. Espero que a Motorola resolva isso o mais rápido possível, porque é muito ruim ver um lançamento com o sistema defasado.

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Outro sinal de alerta sobre esse celular é o aplicativo de câmera. O software parece que não está bem otimizado para a plataforma da MediaTek, e o tempo de resposta nas ações é lento. Por exemplo, diversas vezes precisei tirar a foto do mesmo objeto para garantir que o meu tempo de clique seria processado corretamente para obter o melhor resultado possível nas fotos.

Câmera

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Assim como o G53, o Moto G73 5G tem câmera principal de 50 MP. Esse sensor com abertura f/1.8 é bom, e faz sentido para a sua categoria. Com ele, as imagens têm um bom nível de cores, no modo retrato ele consegue contornar bem o elemento em primeiro plano, mas sinto que ele poderia ser melhor em fotos noturnas, pois não há uma compensação eficaz da falta de luz.

Em fotos diurnas, faltam otimizações no pós-processamento para entregar uma nitidez próxima à vista em celulares intermediário premium da Samsung, por exemplo. Comparando com o Galaxy A53 5G, lançado em 2022, o modelo da sul-coreana tem resultados fotográficos muito melhores.

Mesmo que muitas pessoas reclamem da saturação dos modelos da linha Galaxy A, para quem é usuário básico, esse tipo de ajuste via software faz sentido. Afinal, grande parte desse público deseja fazer a foto e postar. No caso do Moto G73, essa saturação é menor, mas a dinâmica “clica e posta” também pode ser aproveitada com ele.

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Selfie

Com 16 MP, a câmera frontal do Moto G73 não segue o mesmo nível de qualidade esperado, baseado no que vemos no sensor principal do smartphone. Com isso, mesmo em ambientes favoráveis, fica difícil recomendar esse aparelho para quem deseja fazer selfies com foco em redes sociais, por exemplo.

E quando exploramos esse celular de noite, mesmo com a ajuda de iluminações adicionais, os resultados não são bons. O rosto fica extremamente sem nitidez, o processamento de imagem tenta compensar a falta de luz, mas o sensor não consegue acompanhar o trabalho do software de maneira positiva.

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Gravação de vídeos

Para vídeos, tanto a câmera traseira quanto a frontal gravam em 1080p — Full HD —, mas, na traseira, é possível alcançar até 60 fps. No entanto, para fazer filmagens com o “sensor para stories”, a fluidez é disponibilizada apenas a 30 fps.

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A respeito da estabilização, não senti tanto os movimentos de caminhada na gravação com a câmera traseira. Já a respeito da qualidade de imagem, está dentro do esperado para essa resolução, mas o nível de cores é muito bom. No entanto, as gravações com a câmera frontal não conseguem compensar tanto quando você está no contraluz, e a nitidez é baixa.

Sistema de som

O G73 tem alto-falantes que funcionam no formato de reprodução estéreo, com compatibilidade com a tecnologia Dolby Atmos. No geral, o som é mediano, mas agrada para quem deseja dispensar o uso dos fones de ouvido.

As frequências não são muito bem distribuídas, pois os tons médios possuem um destaque maior do que os graves e agudos. Com isso, é importante não criar expectativas de graves absurdos na hora de usar esse smartphone com foco em áudio. Afinal, trata-se de um celular intermediário.

Bateria mal otimizada é uma dor de cabeça

Assim como os seus antecessores, o G73 5G tem bateria de 5.000 mAh. Para analisar como seria uma experiência de uso, realizamos o teste prático ao longo de 6 horas. Dessa maneira, o acesso às redes sociais, alternado com plataformas de vídeo e jogos, os resultados foram abaixo do esperado.

A cada hora, o aparelho da Motorola consumiu menos de 7 pontos percentuais de bateria. Considerando nosso teste, é possível ter até 15 horas de autonomia, e esse número é um pouco abaixo do Samsung Galaxy S23. É importante destacar que os top de linha, como o aparelho da Samsung, costumam ter a pior autonomia de bateria de toda a linha da fabricante.

Na prática, isso significa que o Dimensity 930 está pouco otimizado para economia de energia, drenando a carga em velocidade equivalente a um chipset super avançado da Qualcomm. É complicado ver um modelo focado em entregar custo-benefício que não proporciona um gasto energético equivalente à sua categoria. Comparado com outros modelos intermediários no gráfico abaixo, fica nítido que o Moto G73 precisa de ajustes — talvez via software — para entregar uma autonomia melhor.

Concorrentes diretos

O Moto G73 5G foi lançado um pouco antes do Samsung Galaxy A54 5G, que é um grande concorrente desse smartphone da Motorola. O modelo da sul-coreana tem uma construção mais premium, pois o seu corpo é em metal e vidro.

No processamento, o Exynos 1380 garante uma performance mais avançada, e os seus núcleos são mais alinhados com o software. Consequentemente, as fotos e vídeos possuem maior qualidade e melhores níveis de nitidez, mesmo que o sensor do A54 também seja de 50 MP.

A bateria é outro destaque do modelo da Samsung, pois, segundo os nossos testes, pode ter mais de 21 horas de autonomia, o que representa um ganho considerável em relação ao G73. O preço nas varejistas, no entanto, está mais alto, pois são R$ 700 de diferença dos R$ 2.700 do A54 para os R$ 2 mil do G73.

O Moto G73 realmente evoluiu?

O Moto G73 se mostra um aparelho com potencial, mas que já chega com alguns problemas que poderiam ter sido resolvidos antes do lançamento.. O software está desatualizado em termos de pacotes de segurança, e também temos problemas com câmera e autonomia de bateria.

A tela poderia ter uma qualidade melhor, pois a marca fez um downgrade no display para entregar mais frequência. Mas me diga você: é melhor ter qualidade de imagem ou fluidez, que é dispensável para quem não joga?

Bom, a Samsung entrega as duas alternativas de uma vez com a tela Super AMOLED de 120 Hz. Porém, também reflete as melhorias no preço acima das expectativas de quem busca custo-benefício. Por isso, se o seu intuito é se manter na linha Moto G e garantir um preço melhor, recomendo mais a compra do Moto G53.

Afinal, o produto também tem seus pontos positivos e negativos, mas faz mais sentido em seu conjunto geral, já que o G73 só ganha no despenho e qualidade de imagem da câmera traseira. Entretanto, caso ele abaixe de preço, alcançando a faixa abaixo dos R$ 1.600, este celular pode ser uma boa opção de compra.

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