Vale a pena comprar um iPhone 8 em 2021?
Por Diego Sousa | •
Pode parecer estranho, mas, mesmo após o lançamento do novo iPhone SE como principal "baratinho" da Apple, o iPhone 8 permanece como um dos maiores sucessos da Maçã para quem busca entrar no ecossistema da empresa sem gastar muito — na Amazon norte-americana, por exemplo, o smartphone é um dos mais vendidos até hoje.
Mas, afinal, mesmo contando com visual, configurações e câmeras já consideradas ultrapassadas, será que ainda vale a pena optar pelo iPhone 8 ou é melhor investir um pouco mais e partir para o iPhone SE (2020) ou o iPhone 11? Destacamos seus pontos positivos e negativos abaixo, e, no final, é você quem decide.
Prós
- Construção em vidro Gorilla Glass e metal nas laterais;
- Certificação IP67 (resistência contra água e poeira);
- Desempenho decente com processador Apple A11 Bionic;
- Sistema operacional atualizado e otimizado;
- Câmera traseira de ótima qualidade.
Contras
- Visual datado;
- Bordas extremamente grandes;
- Conjunto fotográfico não oferece outros tipos de lentes — como ultrawide ou telefoto;
- Não possui modo retrato;
- Pouca autonomia de bateria.
iPhone 8: construção e design
O iPhone 8 foi o primeiro modelo da linha a trazer as partes frontal e traseira de vidro, mantendo as laterais em alumínio — construção mantida pela empresa até hoje. Além disso, a certificação IP67 garante a ele resistência contra água e poeira, o que ainda é muito bem-vindo atualmente.
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Apesar de muito bonito, o modelo traz uma tela HD de 4,7 polegadas no formato 16:9, enquanto smartphones mais recentes já possuem displays muito maiores e formatos mais vantajosos. As bordas grossas presentes no iPhone 8 também não são mais vistas em modelos mais atuais, o deixando com um aspecto extremamente antigo.
iPhone 8: configurações e desempenho
Números nunca foram tão relevantes para a Apple. Enquanto os smartphones da época já traziam 4 GB de memória RAM, o iPhone 8 foi lançado com modestos 2 GB. No entanto, é de conhecimento geral que o iOS, sistema operacional da Apple, é muito mais otimizado que o Android, ou seja, pode rodar com configurações numericamente inferiores.
Por falar em sistema operacional, a Apple continua disponibilizando atualizações de software ao iPhone 8, fornecendo as últimas novidades presentes nos iPhones mais recentes — inclusive, ele já está garantido para receber o recém iOS 15.
Outro grande destaque é o seu processador Apple A11 Bionic. Diferente dos utilizados no Android, que ficam “defasados” em torno de dois anos, o iPhone mais antigo, mesmo com três anos, ainda roda todos os aplicativos e jogos da App Store com a “mão nas costas”.
Assim como outros iPhones, o iPhone 8 também não traz suporte para cartão de memória, o que basicamente obriga o usuário a gastar mais para ter mais armazenamento interno. Outra coisa que fica de fora é o conector de 3.5 mm para fones de ouvido — mas também já estamos acostumados.
Até o lançamento do novo iPhone 11, a Apple era extremamente criticada pela pobre autonomia de bateria de seus smartphones — e o iPhone 8 não foi uma exceção. Com apenas 1.821 mAh de bateria, dificilmente o modelo chegará ao fim do dia com carga, necessitando andar sempre com o carregador.
Outro ponto negativo é a falta de um carregador com suporte para carregamento rápido na caixa, obrigando o usuário a comprar um dispositivo separado se quiser usufruir dos 15 W de potência.
iPhone 8: câmeras
Diferente da bateria, a Apple sempre foi bastante elogiada no que diz respeito às câmeras dos iPhones. O iPhone 8, por exemplo, conta com apenas um sensor de 12 MP, abertura de f/1.8 e estabilização óptica de imagem (OIS), que garantem ótimas fotos em ambientes noturnos e bem iluminados. Além disso, a câmera frontal traz 7 MP e suporte para HDR.
No entanto, o iPhone 8 não traz consigo funções e recursos que são muito utilizados atualmente, como o modo retrato, lente ultrawide, telefoto ou macro.
iPhone 8: ainda vale a pena comprar?
A resposta é: depende. iPhones nunca foram baratos, e atualmente é possível encontrar um iPhone 8 por valores abaixo dos R$ 2.500. De fato, ele traz uma excelente construção — apesar do visual datado —, desempenho acima da média para seu tempo de vida e atualização garantida para o iOS 15.
As câmeras também não deixam a desejar, embora não possuam recursos importantes que a maioria dos usuários preza hoje dia, como modo retrato e mais opções de câmeras. A bateria é talvez o calcanhar de Aquiles do iPhone 8, tendo uma das menores capacidades do mercado.
Se você está saindo de um iPhone mais antigo, como iPhone SE, iPhone 6 ou iPhone 7, e procura algo mais atual, o iPhone 8 não é o modelo ideal — nesse caso, talvez seja válido optar pelo iPhone XR ou, se puder investir um pouco mais, o iPhone 11.
Agora, caso você seja um usuário Android e esteja pensando em migrar para Apple sem gastar muito, o iPhone 8 é uma ótima opção se custar na faixa dos R$ 2.000. Acima desse valor, já temos o iPhone SE (2020) que entrega mesmo visual, mas se sobressai em todo o resto.
Vale lembrar que existe o iPhone 8 Plus. Como o nome sugere, ele conta com uma tela e bateria maiores, uma câmera a mais na traseira e um visual mais interessante.
iPhone 8: especificações técnicas
- Construção: Vidro Gorilla Glass e metal nas laterias;
- Dimensões e peso: 138.4 x 67.3 x 7.3 mm, 148 gramas;
- Resistência: Certificação IP67 (1 m por 30 min);
- Tela: Retina IPS LCD de 4,7 polegadas, resolução HD, formato 16:9;
- Sistema operacional: iOS 13;
- Processador: Apple A11 Bionic (10 nm), six-core;
- Cartão de memória: Sem suporte;
- Memória RAM: 2 GB;
- Armazenamento interno: 64 GB ou 256 GB;
- Câmera traseira: 12 MP, f/1.8, OIS, HDR, PDAF, gravação em 4K
Câmera frontal: 7 MP, f/2.2, HDR, detecção de face; - Som: Estéreo, mas sem entrada de 3.5 mm para fones;
- Conectividade: Wi-Fi, Bluetooth 5.0, NFC, USB 2.0;
- Bateria: 1.821 mAh com carregamento rápido de 15 W (sem carregador incluso);
- Carregamento sem fio: Sim.