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iPhone 7 e 7 Plus: ainda vale a pena?

Por| Editado por Léo Müller | 05 de Setembro de 2021 às 12h00

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Ellen Monike/Canaltech
Ellen Monike/Canaltech

É inegável que a Apple projeta seus celulares para o longo prazo, com hardwares que estão aptos a entregar bom desempenho mesmo após muito tempo. Prova disso é a quantidade de pessoas que ainda usam iPhone 6, iPhone 7 e iPhone 8, que foram lançados há mais de três anos.

Esses modelos fizeram sucesso em seus respectivos lançamentos e alguns ainda aparecem nos rankings de celulares mais populares. Mesmo com os bons números de vendas do iPhone 11 e com a popularidade do iPhone 12 crescendo a cada dia, são o iPhone 7 e iPhone 8 que continuam no topo dos iPhones mais usados!

De acordo com os dados do site DeviceAtlas, que coletou informações de mais de 100 mil sites ao redor do mundo, o iPhone 7 era o celular da Apple mais utilizado no mundo em 2020, ou seja, mesmo após vários anos de mercado, o iPhone 7 continua como o aparelho principal de muitos usuários.

Isto se deve principalmente ao fato de que o iPhone 7 foi um estrondo de vendas com quase 80 milhões de aparelhos vendidos, dominando os rankings até pouco tempo atrás e só ficando atrás do iPhone 6 e do iPhone 8. De qualquer forma, qualquer um fica surpreso com a popularidade do iPhone 7 e iPhone 7 Plus ainda em 2021.

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É claro que aparecer nos rankings de aparelhos utilizados atualmente não coloca o iPhone 7 entre os celulares mais vendidos, afinal há raros estoques do produto. No entanto, o preço dos poucos modelos restantes, sejam novos ou usados, chama a atenção de muita gente.

A questão que fica é: será que o iPhone 7 ainda vale a pena? Ou quem sabe ao menos o iPhone 7 Plus pode ser um celular adequado? Hoje, vamos falar sobre como o iPhone 7 pode se sair frente aos atuais apps e concorrentes de 2021, bem como se você pode considerá-lo como uma opção viável para o futuro próximo.

Por que o iPhone 7 e o iPhone 7 Plus fizeram tanto sucesso?

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Lançado em 2016, o iPhone 7 chegou como um sucessor do iPhone 6S. Com um novo design, ainda mais leve, porém com as mesmas medidas, o iPhone 7 e o iPhone 7 Plus (que substitua o iPhone 6S Plus) chegavam com a difícil missão de continuar o sucesso absurdo das gerações anteriores.

A tela não foi alterada naquela época e nem no ano seguinte, de modo que iPhone 6s, iPhone 7 e iPhone 8 têm o mesmo display: 4,7 polegadas com resolução de 750 x 1334 pixels. Aliás, esse tipo de tela fez tanto sucesso, que a Apple decidiu reincorporá-la no iPhone SE 2020, que tem mostrado bons números de vendas até em 2020 e 2021.

A Apple parecia ter encontrado os tamanhos ideias de display, algo comprovado pelo enorme sucesso dos produtos. Dessa forma, iPhone 6S Plus, iPhone 7 Plus e iPhone 8 Plus usam a mesma configuração: tela de 5,5 polegadas com resolução de 1080 x 1920 pixels. E detalhe: tais especificações vêm do iPhone 6 e do iPhone 6 Plus lá de 2014.

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Em partes, o posicionamento do iPhone 7 deu certo, já que ele vendeu bem e prospera até o momento atual. Todavia, é claro que a Apple não poderia manter as boas vendas apenas com novos quesitos visuais, já que a ideia era convencer não apenas os fãs da marca a migrarem para o novo modelo, mas também atrair novos consumidores.

Para tanto, a Apple precisava melhorar as qualidades físicas de seu produto, dessa forma o iPhone 7 surpreendeu ao trazer a proteção IP67. Assim, a Apple chacoalhou a poeira e garantiu que as concorrentes não pudessem “molhar” seus planos, afinal este era o primeiro iPhone capaz de mergulhar em até 1 metro d’água sem sofrer danos.

Agora, além do design que repercutiu até no iPhone SE 2020, o iPhone 7 atraiu olhares também por suas especificações, que prometiam desempenho revolucionário, graças à estreia de um novo processador: o Apple A10 Fusion. Agora, o celular da Apple largava mão da configuração dual-core e passava para uma arquitetura quad-core.

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O chip A10 Fusion foi importantíssimo, sendo que ele equipou a Apple TV 4K (que era o modelo mais poderoso até o começo de 2021) e foi usado também no iPad de 7ª geração (lançado em 2019). Assim, considerando a adoção deste processador em outros aparelhos, fica claro que a marca sabe do potencial deste hardware.

Para acompanhar o Apple A10, o iPhone 7 foi equipado com 2 GB de memória RAM, portanto a mesma configuração do iPhone 6S. Já o iPhone 7 Plus recebeu 3 GB de memória RAM, um salto em relação ao iPhone 6S Plus que tinha 2 GB, de modo que o iPhone 7 Plus surpreendeu pela performance com folga para rodar vários apps.

Em questão de armazenamento, o iPhone 7 e o iPhone 7 Plus abandonavam a configuração de 16 GB. A versão mais básica passou a contar com 32 GB, enquanto a intermediária ficou em 128 GB e a mais premium pulou para 256 GB (algo inédito naquela época na linha de celulares da Apple).

O iPhone 7 também tinha novidades para fotografias, sendo que a câmera principal ganhou uma lente mais brilhosa (com abertura f/.1.8) e a câmera frontal pulou de 5 MP para 7 MP, o que permitia a gravação de vídeos em Full HD com a lente de selfies. Já o iPhone 7 Plus recebeu uma segunda câmera traseira com lente teleobjetiva, este era um zoom no futuro dos celulares da Apple.

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Apesar de muitos pontos positivos, o iPhone 7 foi o começo de alguns retrocessos, como a remoção do conector de fones de ouvido (que na época foi um quesito muito polêmico) e a bateria de menor autonomia — e isso num comparativo direto com seu antecessor, o iPhone 6S.

Com tal configuração, o iPhone 7 representou um salto significativo em vários aspectos, o que garantiu seu sucesso por muitos anos. Ainda que o iPhone 8 tenha trazido algumas melhorias, o iPhone 7 passou a ser o patamar ideal de desempenho e recursos para o iOS por muitos anos, o que se provou pela boa aceitação do produto.

O que esperar do iPhone 7 e do iPhone 7 Plus em 2021?

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Ao longo desses últimos cinco anos, o mundo dos smartphones mudou um bocado, mas isso não significa uma grande mudança no mundo dos iPhones. Prova disso é o lançamento recente do iPhone SE de 2ª geração que tem muitas semelhanças com o iPhone 7, portanto não se deixe enganar pelas “limitações” do produto.

Aliás, enquanto alguns podem considerar as especificações do iPhone 7 ultrapassadas, elas não são necessariamente falhas do produto. É claro que diante de aparelhos com telas maiores, processadores de oito núcleos e sistemas de múltiplas câmeras, o iPhone 7 pode parecer defasado, mas temos que considerar alguns pontos.

Primeiro que o tamanho é justamente o destaque do iPhone 7, pois muitas pessoas realmente estão habituas e preferem aparelhos menores. As dimensões reduzidas obviamente impactam no espaço disponível para a tela, portanto não há como instalar display maior num celular que ainda tem botão físico na parte frontal.

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A questão do tamanho de tela depende da preferência de cada pessoa, pois muitas gostam de versões compactas. Os displays retangulares já caíram em desuso e há painéis de melhor tecnologia (os novos iPhones já usam OLED, por exemplo, enquanto o iPhone 7 usa IPS LCD), bem como resoluções melhores estão disponíveis. Contudo, nenhum desses fatores afeta de forma significativa a experiência de uso no iPhone 7.

Já a parte de hardware está longe de ser um limitador no iPhone 7. Apesar da ilusão de que é preciso CPUs octa-core e 4 GB de memória RAM para rodar games modernos, a verdade é que o iOS é um sistema otimizado para os hardwares da Apple e mesmo o iPhone 7 (com apenas 2 GB) continua rodando os jogos mais modernos da App Store. O iPhone 7 Plus tem ainda mais poder de fogo e encara tudo com tranquilidade.

Para fotografias, o iPhone 7 ainda entrega ótimos resultados, porém ele peca por não ter modos especiais para retratos e só faz vídeos em 4K com 30 frames por segundo (e sem o alcance dinâmico estendido). O iPhone 7 Plus se sai melhor nesse quesito, já que tem a lente teleobjetiva, que tem modo retrato e zoom sem distorção.

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Mesmo com uma configuração de cinco anos atrás, o iPhone 7 ainda tem um hardware competente para 2021. No entanto, a autonomia da bateria é um bocado limitada, sendo que ela não entrega energia para um dia completo de uso intenso, portanto é preciso ter uma tomada por perto ou levar um powerbank na bolsa. Vale notar que este não deve ser um quesito tão complicado no iPhone 7 Plus.

Mas o iPhone 7 e o iPhone 7 Plus ainda valem a pena em 2021?

Apesar de serem celulares que funcionam muito bem em 2021, o iPhone 7 e o iPhone 7 Plus já não são mais opções recomendadas, isso porque eles tiveram vários substitutos oficiais na linha oficial da Apple, incluindo os iPhone 8 e 8 Plus e o mais recente iPhone SE 2020, todos com o mesmo design, porém com mais recursos.

Assim, nossa principal dica é: se você quer muito um iPhone “barato”, o novo iPhone SE é a melhor opção atualmente, já que ele traz um processador melhor, que integra recursos de inteligência artificial e, mesmo com uma única câmera, consegue fazer fotos em modo retrato. Além disso, este é um modelo que vai durar muito mais, já que tem mais memória RAM e deve receber mais atualizações do iOS. Pensar em longevidade do aparelho é a chave aqui.

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A segunda recomendação é o iPhone 8, que já tem melhorias para gravação de vídeos e adaptador Bluetooth 5.0. Em desempenho, o iPhone 8 pode ser um pouco melhor, mas com 2 GB ele pode perder o suporte para futuros updates em breve, mas a Apple garante 5 anos de novas versões do sistema, por isso o iPhone 8 ainda tem fôlego.

Calma, isso não quer dizer que o iPhone 7 é um celular totalmente descartado de sua lista de opções. Se você quer muito ter um smartphone da Apple e a grana está curta para comprar o iPhone SE de 2ª geração (que pode facilmente custar mais de R$ 2.500 na versão de 64 GB), o iPhone 7 talvez seja um modelo a ser considerado.

Entretanto, é preciso ter em mente que o iPhone 7 deve parar de receber novas versões do iOS em breve, afinal já é impressionante que um modelo com 6 anos de mercado ainda possa ter mais um pouco de suporte com o iOS 15, mas a próxima versão do sistema da Apple talvez não seja lançada para o iPhone 7.

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Em nossas pesquisas, encontramos o iPhone 7 de 32 GB por R$ 1.300, o iPhone 7 de 128 GB por R$ 1.800 e o iPhone 7 de 256 GB por R$ 2.250 — detalhe: todos esses produtos anunciados como novos e lacrados. Com certeza, todos esses valores assustam, ainda mais para um celular de 5 anos atrás.

Além do preço, é preciso observar a questão do espaço de armazenamento. O iPhone não aceita expansão com cartão de memória, logo não é possível fazer upgrade, então definitivamente não recomendamos o iPhone 7 de 32 GB, já que boa parte do armazenamento é ocupado pelo sistema e sobra pouco para apps, games e fotos.

Assim, se a ideia é comprar o iPhone 7 de 128 GB, definitivamente não recomendamos gastar R$ 1.800 em um produto já defasado. Há opções melhores e mais convenientes da Apple (como o iPhone 8 de 64 GB que encontra por menos de R$ 1.700) e dezenas de alternativas Android, que são maiores, porém melhores em outros aspectos.

É possível encontrar o iPhone 7 com preços melhores, mas somente usado, o que significa que a tela pode estar desgastada e a bateria (que já é fraca) pode durar pouquíssimas horas. Assim, se você achar um iPhone 7 num bom preço (na faixa dos R$ 1.000), talvez a compra vale a pena, porém a troca de bateria será iminente, o que significa que o valor total será maior.

Dito tudo isso, fica a dica: não compre o iPhone 7, nem mesmo o iPhone 7 Plus. Estes são aparelhos que foram ótimos em seus lançamentos e quem ainda tem pode estar feliz até hoje, afinal é um produto com bom desempenho e boas câmeras. No entanto, a compra de um iPhone 7 em 2021 não faz sentido, exceto se for numa boa promoção e se você não se importar com atualizações do iOS!

Gostou das dicas e quer comprar um iPhone 8 ou talvez um iPhone SE 2020? Então, aproveite que separamos ofertas especiais destes aparelhos: