Próximos celulares da Huawei também devem vir sem carregador; entenda o motivo
Por Diego Sousa | Editado por Wallace Moté | 16 de Abril de 2021 às 11h40
Muitas pessoas esperavam que o lançamento de smartphones sem carregador na caixa viraria tendência após a Apple dar o primeiro passo com o iPhone 12, em outubro do ano passado — de fato, tinha tudo para dar certo, dado que Samsung e Xiaomi fizeram o mesmo nos meses seguintes. No entanto, não só a chinesa desistiu de remover o acessório dos aparelhos, como outras grandes marcas nem mesmo cogitaram, caso das gigantes OPPO e OnePlus.
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A Huawei, por outro lado, outro nome de peso no mercado de celulares, deve começar a retirar o adaptador de energia dos seus próximos aparelhos, mas por um motivo que difere completamente dos planos da Apple de economizar dinheiro "salvar o ambiente". De acordo com fontes chinesas da indústria mobile, a escassez de chips que afeta a cadeia de produção atualmente teria chegado ao setor de carregadores.
As informações compartilhadas no microblog chinês Weibo no último dia 13 listaram apenas as linhas Nova 8 e Mate 40, além dos aparelhos equipados com chip Kirin 990 (Mate 30 e P40), como principais prejudicados pela falta de chips de carregamento no mercado, mas pode ser que a escassez também afete o vindouro P50, previsto para o próximo mês de março.
Apesar da possível remoção do carregador da caixa dos próximos lançamentos, ainda será possível adquirir os acessórios em uma das lojas da Huawei.
Escassez de chips da indústria
A indústria atualmente passa por uma escassez de componentes que tem preocupado algumas fabricantes, inclusive resultando em adiamento de lançamentos e falta de produtos em estoque. Naturalmente, o fechamento de fábricas durante a pandemia de COVID-19 ao longo de 2020 foi um dos principais motivos, embora também se considere a recente valorização das criptomoedas, que levaram os criptomineradores a adquirirem peças em massa.
A Qualcomm já confirmou que pode atrasar o envio de chips em mais de sete meses como consequência da falta de peças no mercado, prazo considerado alto no mundo da tecnologia. A Samsung também teria adiado a estreia do novo Galaxy Note por dificuldades de atender à grande demanda de processadores, já que ela também produz para outras fabricantes.
E não é apenas no segmento de smartphones que a escassez de chips está alta: o setor automotivo já vem sofrendo com a falta de componente há algum tempo. Situação semelhante ocorre no mercado de videogames, com a Sony penando para conseguir processadores para o seu PlayStation 5 e até a Nvidia estaria com estoque reduzido para suas placas gráficas.
Fonte: Weibo