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Executivo da Acer vê escassez de chips diminuindo nos próximos meses

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A escassez global de chips para eletroeletrônicos está começando a diminuir, com o cenário melhorando consideravelmente já no segundo semestre deste ano. A previsão foi feita por Andrew Hou, presidente da Acer para as Operações Pan-Ásia-Pacífico.

Hou disse que as vendas em sua região, que exclui a China, estão crescendo, à medida que empresas e governos procuram laptops para ajudar as pessoas a estudar e trabalhar em casa. Segundo o executivo, “o que está faltando não são os chips de ponta - são aqueles com os quais as pessoas há muito tempo não se importavam.”. Com sede em Taiwan, a Acer é a a quinta maior fornecedora de PCs do mundo em remessas.

Hou afirmou ainda, durante conversa com repórteres em Taipei que desde que o problema se tornou mais visível, a partir do quarto trimestre do ano passado, a cadeia de suprimentos “entrou em ação”, enquanto os fornecedores trabalhavam para resolver a situação. Ele afirmou esperar por uma maior quantidade remessas de chips no segundo trimestre em comparação com o primeiro trimestre deste ano. Além disso, a situação no segundo semestre será melhor do que no trimestre anterior.

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Escassez começou na indústria automotiva e se alastrou

De atrasos nas entregas de carros a uma escassez no fornecimento de eletrodomésticos e smartphones mais caros, empresas e consumidores em todo o mundo estão enfrentando o impacto de uma falta sem precedentes de microchips e semicondutores.

Essa escassez decorre de uma confluência de fatores, já que as montadoras, que fecharam fábricas durante a pandemia COVID-19 no ano passado. Além disso, elas competem com a crescente indústria de eletrônicos de consumo pelos suprimentos desses chips.

Obrigados a ficar em casa para manter o distanciamento social durante a pandemia, os consumidores passaram a demandar mais laptops, videogames e outros produtos eletrônicos nesse período - e que pegou diversas indústrias de surpresa, resultando em estoques mais restritos. Além dos eletroeletrônicos, também foram comprados mais carros do que o setor automotivo esperava, exigindo ainda mais os suprimentos.

Depois de anos em queda, as remessas de PCs cresceram em 2019 e dispararam a partir do segundo trimestre do ano passado. De forma geral, elas chegaram a 302,6 milhões de unidades em 2020, segundo o IDC, um crescimento de 13,1% sobre o ano passado - e que superou a expectativa dos analistas, que esperavam algo em torno de 300 milhões de equipamentos.

Segundo Ryan Reith, vice-presidente de programa do Worldwide Mobile Device Trackers do IDC, a demanda está empurrando o mercado de PCs para a frente e todos os sinais indicam que esse aumento ainda tem um longo caminho a percorrer". Ainda segundo o executivo os motivadores óbvios para o crescimento do ano passado centraram-se no trabalho em casa e nas necessidades de aprendizagem remota, mas a força do mercado de consumo não deve ser esquecida. "Continuamos a ver PCs para jogos e monitoramos as vendas em máximos históricos. Em retrospecto, a pandemia não apenas alimentou a demanda do mercado de PCs, mas também criou oportunidades que resultaram em uma expansão do mercado".

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Fonte: Reuters