Processador do Huawei Mate 60 Pro não poderia ser produzido em massa, afirma EUA
Por Vinícius Moschen • Editado por Wallace Moté |
Após a Huawei ter apresentado o processador Kirin 9000s como um possível ponto de virada da marca no Mate 60 Pro, os EUA começaram a investigar se o desenvolvimento do componente está de acordo com as sanções impostas ao longo dos últimos anos. Agora, autoridades apontam que a marca chinesa não teria a capacidade de fabricar o chip em grande escala.
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A declaração foi dada pela secretária de comércio Gina Raimondo, em entrevista coletiva concedida recentemente. De acordo com ela, “não há evidências de que eles [a Huawei] possam fabricar chips de sete nanômetros em escala”.
Anteriormente neste mês, o Departamento de Comércio apontou que estava realizando uma investigação relacionada ao Kirin 9000s. Além de oferecer uma performance semelhante ao Snapdragon 888, o componente vem com suporte nativo para conectividade 5G — algo que a Huawei não ofereceu ao longo dos últimos anos.
A empresa foi punida em 2019 por conta de supostas movimentações de espionagem, em um contexto que se torna ainda mais político por conta dos laços próximos da empresa com o governo chinês. Desde então, a Huawei é impedida de trabalhar em conjunto com empresas como a Qualcomm, Intel e Microsoft, além de não poder rodar o sistema operacional Android em seus smartphones.
O lançamento do novo chip por parte da Huawei também criou um conflito interno nos EUA, já que Raimondo estaria na China no momento da apresentação do Mate 60 Pro.
O fato foi apontado por representantes da oposição republicana, que também pediram o encerramento completo da concessão de licenças para a Huawei e para a Semiconductor Manufacturing International Corp (SMIC), responsável pela fabricação dos chips. Quando perguntada sobre essa possível extensão das sanções, Raimondo preferiu não fazer comentários adicionais.
Contudo, a secretária de comércio ainda adicionou que a suposta proibição imposta pela China para o uso de iPhone por parte de seus funcionários oficiais do governo é um fato “preocupante”. Tal proibição foi negada pelas autoridades chinesas alguns dias atrás, mas isso não foi suficiente para amenizar o conflito diplomático relacionado ao caso.
Fonte: Reuters