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Preço alto do Snapdragon 8 Gen 2 pode explicar insistência da Samsung no Exynos

Por  • Editado por  Wallace Moté  |  • 

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Reprodução/Qualcomm
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Uma descoberta revelada por Derrick (@lasterd80) no Twitter aponta que a Qualcomm estaria cobrando aproximadamente US$ 160 (cerca de R$ 790) por unidade do Snapdragon 8 Gen 2 para empresas parceiras que buscam usar o chipset avançado em seus smartphones mais poderosos. E esse é um preço tão alto que explicaria o objetivo da Samsung em levar de volta os processadores Exynos para as linhas Galaxy S e mesmo Galaxy Z.

Em outubro do ano passado foi revelado que o chip A16 Bionic do iPhone 14 Pro é duas vezes mais caro para a Apple produzir do que o A15 Bionic. Agora vemos que o chip mais potente da Qualcomm também custa alto. E, olhando para ambos os processadores, vemos algo em comum: seu processo fabricação.

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Tanto o chip da Qualcomm como o da Apple são fabricados em litografia de 4 nanômetros, um processo mais desafiador e trabalhoso que a litografia de 5 nanômetros utilizada nos últimos anos.

Isso se deve pela área menor para se trabalhar e pela alta densidade de transistores, chegando próximo a uma barreira física difícil de se trabalhar e com alta margem para complicações — o que inclusive foi o motivo de vermos tantos problemas no Exynos 2200 fabricado pela Samsung.

Este será um caso complicado para futuros chips fabricados em 3 nanômetros, e mesmo os novos A17 Bionic e Snapdragon 8 Gen 3 já se mostram ainda mais desafiadores com desempenho abaixo do esperado, ainda que devam seguir sendo feitos em um processo atualizado de 4 nm.

Tamanho salto em preço resulta em um aumento de custo para as fabricantes de dispositivos eletrônicos e, como consequência, um preço de lançamento mais elevado para buscar manter uma alta margem de lucro por aparelho.

Talvez por isso algumas empresas estão apostando em soluções de 2022 para flagships lançados este ano, como o novo Razr 40 Ultra da Motorola e o futuro Nothing Phone (2), ambos com Snapdragon 8 Plus Gen 1 em vez do mais atual — e caro — Snapdragon 8 Gen 2.

E é por isso também que a Samsung, que deixou de implementar processadores desenhados e fabricados pela marca em seus flagships deste ano, pode utilizar seus chipsets proprietários na linha Galaxy S24 em mercados selecionados no próximo ano.