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MediaTek não garante aumento de entregas à Huawei após sanção dos EUA

Por| 26 de Maio de 2020 às 12h35

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Após o endurecimento das sanções econômicas dos Estados Unidos contra a Huawei, o suprimento de chips da empresa chinesa fabricados pela taiwanesa TSMC deve zerar nos próximos meses. Vista como única alternativa viável de fornecimento de chips, a MediaTek teria recebido um aumento no volume de pedidos da empresa chinesa, mas, segundo a imprensa local, a MediaTek não confirmou encomendas feitas pela cliente.

A notícia foi publicada pelo site taiwanês UDN, que consultou a conterrânea MediaTek após notícias publicadas na imprensa chinesa de que a Huawei teria ampliado em 300% o volume de chips encomendados à empresa.

"MediaTek inside"

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A Huawei já é cliente da MediaTek, mas costuma utilizar os chips taiwaneses principalmente em modelos mais básicos, deixando para os aparelhos mais avançados os processadores da HiSilicon.

Um lançamento recente da Huawei já inclui o processador Dimensity 800 da MediaTek, com modem 5G integrado — o intermediário Enjoy Z. Há ainda a perspectiva de pedidos também para celulares topo de linha, para os quais a MediaTek oferece os chips da família Dimensity 1000.

Consultada, a MediaTek respondeu apenas que mantém uma relação de cooperação com muitos fabricantes, sem comentar sobre pedidos específicos da Huawei.

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Entenda o caso

Apesar de utilizar seus próprios chips (desenvolvidos por sua subsidiária HiSilicon) em aproximadamente 80% de seus smartphones, a Huawei contrata a fabricação dos componentes com terceiros, em especial a taiwanesa TSMC, maior fabricante terceirizada de chips do mundo, de quem é a segunda maior cliente em termos de faturamento.

Os novos bloqueios impostos pelo governo Trump impedem que tecnologias norte-americanas sejam usadas na cadeia produtiva de produtos e componentes para a Huawei, com o nítido propósito de impedir que a TSMC (que usa equipamentos de empresas dos EUA) fabrique os chips da HiSilicon/Huawei.

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Apesar de a medida dos Estados Unidos permitir o envio de produtos encomendados antes da nova sanção – e acredita-se que a Huawei tenha se preparado para isso aumentando os pedidos de chips para abastecer seus estoques –, a gigante chinesa pode ficar sem processadores para sua linha 2021 caso não encontre outro fornecedor para os chips de seus smartphones.

Também impedida de comprar os processadores Snapdragon da norte-americana Qualcomm, restaria à Huawei utilizar os componentes da taiwanesa MediaTek. Isso, claro, desde que o governo dos Estados Unidos não encontre alguma brecha para impedir negócios entre as duas empresas asiáticas.

Sem saída

O site taiwanês UDN publicou ainda que a Huawei teria procurado a TSMC e sua principal concorrente, a Samsung Foundry, tentando convencê-las a construir fábricas sem o uso de equipamentos dos EUA.

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O problema neste caso é que montar uma fábrica do tipo é um investimento bilionário e que leva anos para ser concretizado. Caso da recém-anunciada fábrica da TSMC nos Estados Unidos, com início das obras já em 2021 e previsão para estar em operação apenas em 2024, ao custo estimado de 12 bilhões de dólares.

Fonte: UDN, MyDrivers