Google Pixel 7 e 7 Pro chegam com chip Tensor G2 e novos truques de câmera

Conforme havia revelado no final de setembro, o Google anunciou em evento realizado nesta quinta-feira (6) o Google Pixel 7 e o Google Pixel 7 Pro, novos smartphones premium da gigante das buscas. Equipados com chipset Tensor G2 e munidos de um visual repaginado, os lançamentos apostam na experiência de software da companhia proporcionada pelo Android 13 para atrair o público, contando com novos truques de câmera

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Linha Pixel 7 traz Tensor G2 e novo visual

Assim como na família Pixel 6, a dupla de celulares estreantes possui recursos semelhantes e especificações parecidas, apesar de haver algumas peculiaridades. Ambos estreiam equipados com o Google Tensor G2, segunda geração do processador proprietário da companhia que não traz mudanças drásticas em comparação ao Tensor G1, com exceção dos clocks ligeiramente mais altos, do novo núcleo intermediário e do processamento gráfico.

A CPU opera com frequência maior, mas mantém a configuração curiosa de 2 + 2 + 4 núcleos, sendo 2 Cortex-X1 de máxima performance rodando a até 2,85 GHz (50 MHz a mais), 2 Cortex-A78 de alto desempenho trabalhando a até 2,35 GHz (100 MHz a mais) e 4 Cortex-A55 de alta eficiência a até 1,8 GHz. O destaque vai para a nova GPU, uma Mali-G710 MP07 apresentada pela ARM neste ano, similar ao componente gráfico do elogiado Dimensity 9000 da MediaTek.

Segundo o Google, as mudanças foram suficientes para deixar o novo Tensor G2 até 60% mais poderoso e 20% mais eficiente que a geração anterior, por mais que os últimos testes vazados não tenham sido tão animadores.

Sucessor da Mali-G78 presente no Tensor G1, o chip gráfico promete ser até 20% mais potente e eficiente, aprimorando os resultados já bem positivos em games e atividades intensivas, e deve ainda ser importante em ganhos de processamento de Inteligência Artificial, uma das bandeiras do Google para a linha Pixel 7 — ao que tudo indica, a GPU proporcionaria um boost notável de 35% trabalhando em conjunto com a TPU (Tensor Processing Unit) da nova plataforma.

O Tensor G2 é acompanhado de 8 GB de RAM no modelo base e 12 GB de RAM na variante Pro, bem como de 128 GB ou 256 GB de armazenamento em ambos, sem possibilidade de expansão via cartões Micro SD, característica comum da família.

Os lançamentos também tentam impressionar pelo design, a começar pela adoção de bordas visivelmente menores ao redor da tela, ponto que beneficia principalmente o Pixel 7 padrão. Mais mudanças podem ser vistas na traseira, especialmente na "Camera Bar", o módulo de câmeras em formato de barra, que deixou de trazer placas de vidro sobre as lentes para adotar construção em alumínio, na tonalidade das laterais.

Serão três opções de cores para cada modelo: Obsidian (preto), Lemongrass (verde-claro com detalhes em bronze) e Snow (branco) para o Pixel 7, e Obsidian, Hazel (verde-escuro com bronze) e Snow para o Pixel 7 Pro.

Novos Google Pixel, mas nem tanto

O restante das especificações é basicamente o mesmo da geração anterior, com as características únicas de cada modelo. O Pixel 7 Pro embarca um painel AMOLED de 6,7 polegadas com resolução Quad HD+, pico de brilho de 1.400 nits e taxa de atualização variável de até 120 Hz, proporcionada pela tecnologia LTPO, bem como suporte a conteúdos em HDR com HDR10+. O Pixel 7, por sua vez, é mais modesto, com painel AMOLED LTPO de 6,32 polegadas, resolução Full HD+ de 2340 x 1080 pixels, pico de brilho de 1.400 nits, taxa de até 90 Hz e HDR10+.

Foco da família, as câmeras também são semelhantes às da linha Pixel 6, algo esperado considerando a estratégia da empresa nos últimos anos. Os dois aparelhos trazem sensor principal de 50 MP, acompanhado de lente ultrawide de 12 MP, enquanto o Pixel 7 Pro oferece uma lente telefoto extra de 48 MP, com zoom óptico de 5x e digital de 30x — o único upgrade em fotografia, em comparação ao limite óptico de 4x do Pixel 6 Pro.

Vale notar que, curiosamente, a câmera ultrawide do Pixel 7 Pro possui campo de visão maior (125,8° contra 114° do Pixel 7) e autofoco para captura de conteúdo em macro, algo ausente no Pixel 7 base. 

A câmera frontal também recebeu atenção, com novo sensor de 10,8 MP e campo de visão de 92,8° em ambos os modelos para enquadrar mais do cenário durante as selfies e chamadas de vídeo.

Como é costume, o Google aposta na fotografia computacional e no aprimoramento dos algoritmos de pós-processamento para proporcionar melhor qualidade de imagem, além dos recursos especiais da linha, como modo macro, zoom de super resolução, Face Unblur para evitar borrões em fotos de movimento, Magic Eraser para remover objetos indesejados da imagem e processamento especial de tons de pele para máxima fidelidade de cores.

Dito isso, graças ao salto considerável de processamento de IA, a gigante das buscas adicionou alguns novos truques de fotografia, com destaque para o Movie Motion Blur. Conforme sugere o nome, a técnica aplica em vídeos o borrão de movimento antes possível apenas em imagens estáticas, gerando um efeito de maior velocidade.

Um ponto que pode desapontar muita gente é a redução na bateria do Pixel 7, que passa dos 4.600 mAh vistos no Pixel 6 para apenas 4.355 mAh. Já o Pixel 7 Pro manteve a célula de 5.000 mAh, que deve durar um pouco mais que a geração passada devido ao processador mais eficiente.

Completando a ficha técnica, os novos smartphones do Google trazem conectividade 5G, Wi-Fi 6E, Bluetooth 5.3, NFC, leitor de digitais óptico sob o display, som estéreo, carregamento sem fio com potência máxima de 23 W, certificação IP68 de resistência à água e poeira, Ultrawide Band (UWB) para comunicação precisa com acessórios em ambientes internos, chip Titan M2 para segurança e Android 13, otimizado com visual e recursos únicos para a linha Pixel.

Ambos os modelos trazem Android 13 rodando de fábrica, com três grandes updates do sistema e cinco anos de atualizações de segurança garantidos. 

Preço e disponibilidade

Os novos Google Pixel 7 e Pixel 7 Pro entram em pré-venda no exterior já a partir desta quinta-feira (6), com preços sugeridos partindo de US$ 599 (~R$ 3.100) e US$ 899 (~R$ 4.670), mesmos valores cobrados pela geração anterior. A disponibilidade está prevista para a próxima quinta-feira, 13 de outubro.

O Brasil não está na lista de países que receberão as novidades e, caso o Google mantenha a estratégia adotada nos último anos, não devemos ver a linha estrear por aqui oficialmente — interessados terão de importar os dispositivos.

Google Pixel 7 Pro: ficha técnica

• Tela: AMOLED de 6,7 polegadas, resolução Quad HD+ de 3120 x 1440 pixels, taxa de atualização variável de até 120 Hz
• Chipset: Google Tensor G2
• Memória RAM: 12 GB
• Armazenamento interno: 128 GB ou 256 GB
• Câmera traseira: 50 MP (Principal, f/1.85) + 12 MP (Ultrawide, f/2.2, 125,8°, autofoco) + 48 MP (Telefoto, f/3.5, zoom óptico de 5x, digital de 30x)
• Câmera frontal: 10,8 MP
• Bateria: 5.000 mAh com carregamento rápido de 30 W
• Extras: 5G, Wi-Fi 6E, Bluetooth 5.3, NFC, leitor de digitais sob o display, áudio estéreo, carregamento sem fio de 23 W, certificação IP68, UWB, chip Titan M2 para segurança
• Cores: Obsidian (preto), Hazel (verde-escuro com bronze) e Snow (branco)
• Sistema operacional: Android 13

Google Pixel 7: ficha técnica

• Tela: AMOLED de 6,32 polegadas, resolução Full HD+ de 2340 x 1080 pixels, taxa de atualização variável de 90 Hz
• Chipset: Google Tensor G2
• Memória RAM: 8 GB
• Armazenamento interno: 128 GB ou 256 GB
• Câmera traseira: 50 MP (Principal, f/1.85) + 12 MP (Ultrawide, f/2.2, 114°)
• Câmera frontal: 10,8 MP
• Bateria: 4.614 mAh com carregamento rápido de 30 W
• Extras: 5G, Wi-Fi 6E, Bluetooth 5.3, NFC, leitor de digitais sob o display, áudio estéreo, carregamento sem fio de 23 W, certificação IP68, UWB, chip Titan M2 para segurança
• Cores: Obsidian (preto), Lemongrass (verde-claro com bronze) e Snow (branco)
• Sistema operacional: Android 13