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Xógum: A Gloriosa Saga do Japão é baseada em uma história real?

Por| Editado por Durval Ramos | 27 de Fevereiro de 2024 às 15h51

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Divulgação/FX Networks
Divulgação/FX Networks

Xógum: A Gloriosa Saga do Japão é a nova minissérie do Star+ e Disney+, que estreou nesta terça, 27 de fevereiro. Com Hiroyuki Sanada (John Wick 4: Baba Yaga) e Cosmo Jarvis (Raised by Wolves) nos papéis principais, a produção retrata um momentos turbulento no país asiático, à beira de uma guerra civil e de mudanças políticas que mudariam seu futuro.

A trama passada no século XVII reúne o tradicionalismo do Japão Feudal com a guerra ocidental entre as grandes potências europeias durante o período das Grandes Navegações. Quando um senhor de terras nipônico tem seu caminho cruzado com um marinheiro inglês desgarrado, se desenrolam tramas políticas e conspirações que levam ao primeiro xogunato, período em que uma figura militar de autoridade comandou o país.

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Xógum: A Gloriosa Saga do Japão tem seu enredo adaptado das páginas do livro de mesmo nome, lançado em 1975. Sua história, porém, está no limiar entre realidade e fantasia; as minúcias do enredo são fictícias, assim como seus personagens. Entretanto, os protagonistas são diretamente inspirados em figuras reais, enquanto o grosso da trama também reflete acontecimentos que moldaram a história japonesa.

Xógum: A Gloriosa Saga do Japão mistura história e ficção

A obra do autor e cineasta britânico James Clavell é um romance histórico, que se aproveita de acontecimentos e personalidades reais para desenvolver um enredo de ficção. Ela retrata os momentos que antecederam a chamada “Divisão do Reino”, quando surgiu o primeiro xogum, uma figura que dominava o exército e levou a mais de dois séculos de isolamento do Japão, que via a Europa como uma ameaça à sua soberania.

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A ideia de uma trama fictícia situada em meio a acontecimentos reais não é nenhuma novidade. Podemos citar como exemplo o clássico Titanic, com Leonardo DiCaprio (Assassinos da Lua das Flores) e Kate Winslet (Mare of Easttown); Jack e Rose nunca existiram de verdade, mas sua história acontece ao lado de personagens reais envolvidos no naufrágio, retratados com fidelidade.

Outros exemplos do mundo do entretenimento, com maior ou menor fidelidade, incluem a franquia Assassin’s Creed, cuja trama secular se mistura com a de figuras históricas, ou a série Crônicas Saxônicas, de Bernard Cornwell. Aqui, aliás, as origens são semelhantes às de Clavell, com o amor pela história levando os dois autores a criarem histórias a partir de eventos reais.

No caso do criador de Xógum: A Gloriosa Saga do Japão, temos uma visão ocidentalizada das tradições e cultura do Japão Feudal, bem como dos primeiros encontros entre os habitantes do país, de cidadãos comuns a soberanos, com os europeus. John Blackthorne, personagem de Jarvis, serve como um ponto de entrada para os espectadores, trazendo também a estranheza traduzida em violência vista na série produzida pelo canal americano FX.

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O protagonista, aliás, serve como uma representação de William Adams, o primeiro navegador inglês a chegar ao Japão. Já o futuro xógum, interpretado por Sanada, é Yoshi Toranaga, um senhor de terras da região japonesa de Kwanto. Na vida real, essa figura foi Tokugawa Ieyasu, considerado um dos grandes unificadores do Japão e precursos do xogunato Edo, que perdurou de 1603 até 1868.

As similaridades também aparecem no núcleo ocidental de personagens. O Padre Martin Alvito (Tommy Bastow), principal ponto de conexão entre Portugal e Kwanto, é o missionário jesuíta João Rodrigues. Conhecido como Tçuzu, ele foi um dos pioneiros no entendimento ocidental do japonês, mas sua presença também foi vista como um dos sinais dos interesses escusos dos conquistadores europeus no país.

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Ainda que tenha relações fictícias entre personagens, Xógum: A Gloriosa Saga do Japão está sendo divulgado como um bom mergulho na história do país em um de seus momentos mais importantes. A minissérie em 10 partes estreou nesta semana no Star+ e Disney+ com uma dupla de episódios; a partir de agora, teremos um novo capítulo por semana até o final de abril.