Vacinas atualizadas contra variantes Éris e Pirola da covid-19 chegarão aos EUA
Por Augusto Dala Costa | Editado por Luciana Zaramela | 13 de Setembro de 2023 às 20h40
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A agência de saúde americana análoga à Anvisa, US Food and Drug Administration (FDA), aprovou na última segunda-feira (11) uma atualização nas vacinas contra a covid-19 das fabricantes Moderna e Pfizer — os imunizantes com base em mRNA são a esperança do país de combater as variantes mais recentes do patógeno, EG.5.1 (conhecida como Éris) e BA.2.86 (conhecida como Pirola).
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O aumento nos casos chegou com o final do verão no hemisfério norte, com surtos e hospitalizações gerando preocupação nos Estados Unidos — mesmo que as mortes e internações ainda estejam em níveis mais baixos do que os dos últimos anos.
O novo componente adicionado às vacinas mira especificamente na Ômicron e suas subvariantes, cuja eficiência foi testada e confirmada pela FDA.
Dose única e monovalente
Em comunicado, o diretor do Centro de Avaliação e Pesquisa Biológica da FDA, Peter Marks, afirma que as vacinas obedecem aos padrões científicos rigorosos da agência, desde segurança e eficácia à qualidade de fabricação. Os imunizantes são de dose única e monovalentes, ou seja, direcionados a apenas uma cepa do SARS-CoV-2 (a Ômicron e suas subvariantes).
A aplicação pode ser feita em pessoas com idade a partir de 12 anos. Crianças não vacinadas entre seis meses e quatro anos também poderão receber uma dose, com uso emergencial se estendendo até os 11 anos. A atualização também significa que vacinas anteriores bivalentes das fabricantes Moderna e Pfizer não estão mais autorizadas para uso no país.
A European Medicines Agency, agência de regulação europeia de saúde, também aprovou a atualização dos imunizantes, mas ainda não há notícias sobre o Brasil. De acordo com a Pfizer Brasil, o pedido para aprovação da atualização vacinal foi enviada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 19 de julho deste ano.
Os efeitos adversos gerados pelos imunizantes são os mesmos de doses anteriores, já que a fabricação utiliza métodos semelhantes — na prática, é a mesma vacina de mRNA utilizada nas campanhas de vacinação dos anos de pandemia. Segunda a FDA, as vacinas devem ser atualizadas anualmente, como se faz com os imunizantes contra a gripe — isto é, se não surgir alguma variante mais infecciosa que exija esforços redobrados pelos órgãos de saúde.