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Ômicron ainda gera sublinhagens, mesmo com baixa nas transmissões de covid-19

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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RW Footage/Envato
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A variante ômicron do SARS-CoV-2, apesar de estar com baixas taxas de transmissão, segue gerando novas sublinhagens, sem previsão de parar. Por enquanto, nenhuma delas é de grande preocupação, e nem se mostrou significativa o suficiente para ganhar novos nomes, como a própria variante paterna ganhou: os nomes gregos das variantes alfa, beta, gama e delta, por exemplo, surgiram por uma necessidade de classificar cepas predominantes e com novas características importantes do ponto de vista epidemiológico.

Entre o final de 2021 e o começo de 2022, a ômicron chegou a gerar picos de transmissão e hospitalização por todo o mundo, mas a queda nas transmissões e a ausência de variantes de preocupação levou a uma estagnação na nomenclatura. Desde novembro do ano passado, de acordo com a OMS, mais da metade dos infectados tiveram uma das cinco subvariantes da ômicron — BA.1, BA.2, BA.3, BA.4 ou BA.5.

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Pouca transmissão, mas ainda variando

As taxas de positividade do novo coronavírus seguem em baixa, com apenas 3% no último mês de novembro e um platô na frequência de prováveis casos das subvariantes BA.4 e BA.5, que se mantiveram em 97,9% de incidência. Entre as sublinhagens circulantes, a principal é a BE.1.1, que descende da BA.5. Ela ainda deu origem a outras variações, como a BK, a BF e a BE. A essa altura, especialistas relatam até uma dificuldade para rastrear variantes novas, dada a grande subdivisão entre elas.

E isso, segundo a ciência, é natural: cada vez que o SARS-CoV-2 infecta um indivíduo, há uma chance de que o vírus sofra uma mutação na hora de se replicar, de forma aleatória. Na esmagadora maioria das vezes, essas modificações têm importância baixa ou até mesmo nula, o que dispensa classificações epidemiológicas.

Cerca de 200 sublinhagens da ômicron e suas subvariantes são estimadas atualmente, e as chances de mais delas surgirem dependem da sua circulação. Não há previsão de que o vírus desapareça, segundo especialistas, que preveem de 2 a 3 mutações por mês. Da forma como estão as coisas, com baixas taxas de transmissão, não haverá mais variantes diretas, mas sim sublinhagens da ômicron. Elas surgem mais rápido do que conseguimos sequenciar, no entanto.

Vacinação segue importante

Vale relembrar a importância das vacinas, que nos deixam preparados para a chegada de novas variantes. Estamos em momento de baixa vacinal das doses de reforço, mas a pandemia ainda não acabou — isto é, autoridades de saúde, como a OMS, seguem reconhecendo sua existência no mundo —, ainda precisamos estar imunizados, dado que a transmissão em massa de variantes ainda é possível.

E isso, é claro, vale para outros vírus além do SARS-CoV-2: recentemente, um espalhamento da varíola dos macacos começou a causar preocupação globalmente, e vários tipos de influenza ainda são transmitidos de forma generalizada. Especialistas acreditam que, ao menos, não veremos novas letras gregas estampando noticias sobre infecção pelo coronavírus, mas cuidado nunca é demais.

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Fonte: Agência Einstein