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O que é vacina bivalente, trivalente e tetravalente?

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Rohaneh/Envato
Rohaneh/Envato

Se o seu calendário de vacinação está em dia, você já deve ter tomado alguma vacina bivalente, trivalente ou ainda tetravalente. Embora estes nomes soem estranhos, eles são usados para dizer algo bem simples: o imunizante protege contra dois, três ou quatro agentes infecciosos diversos, respectivamente.

Para sermos mais precisos na definição, os termos se referem à valência das vacinas. Na área da saúde, existem imunizante monovalentes (univalentes) ou multivalentes (polivalentes), onde se enquadram as vacinas bivalentes, trivalentes e tetravalentes. A diferença é o quão diversa é a proteção que a fórmula fornece ao organismo que foi imunizado.

Aqui, existe uma diferenciação importante: uma vacina trivalente pode proteger prioritariamente contra três doenças diferentes ou contra três cepas (variações) de vírus que provocam uma única doença. Por exemplo, a vacina da gripe do Sistema Único de Saúde (SUS) é trivalente, já que imuniza contra três tipos do vírus influenza. Só que a vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) também é considerada trivalente.

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Exemplos de vacinas e as suas valências

A seguir, confira exemplos comuns de cada tipo de vacina, incluindo os imunizantes bivalentes, trivalentes e tetravalentes:

Vacina monovalente

Como explicamos, a vacina monovalente é aquela que induz uma resposta imunológica contra um único patógeno. São os casos das primeiras vacinas contra a covid-19, que induzem a proteção prioritária contra o coronavírus SARS-CoV-2 original. Sim, elas também fornecem algum nível proteção contra outras variantes, como Delta e Ômicron, mas estas variantes e suas especificidades não são incluídas diretamente na composição do imunizante. Nestes casos, o composto pode ser menos eficaz que um adaptado.

Além das vacinas da covid-19, outros exemplos são:

  • Vacina contra febre tifoide;
  • Vacina contra varicela (catapora);
  • Vacina contra herpes-zóster (cobreiro);
  • Vacina oral monovalente contra rotavírus (VRH1).

Vacina bivalente

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Desde o início deste ano, as vacinas bivalentes estão em alta devido à imunização contra a covid-19. Isso porque o Brasil começa a aplicar as primeiras doses de imunizantes bivalentes que sensibilizam o sistema imunológico para dois tipos de cepas do coronavírus: a versão original e a variante Ômicron com suas descendentes. Outros exemplos são:

  • Vacina dupla bacteriana do tipo adulto ou infantil (dT), ambas imunizam contra difteria e tétano;
  • Vacina combinada hepatite A e B.

Vacina trivalente

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No caso das vacinas trivalentes, os exemplos mais comuns são a tríplice viral e o imunizante da gripe (influenza) distribuído no SUS. Esta vacina da gripe sensibiliza o organismo contra os vírus da influenza tipo A do subtipo H1N1 e do subtipo H3N2, além do vírus do tipo B da linhagem Victoria. Neste caso, fica de fora um vírus do tipo B da linhagem Yamagata, com baixa circulação histórica no Brasil.

Vacina tetravalente

É uma vacina tetravalente (quadrivalente) a versão mais completa do imunizante contra a gripe, disponível apenas nas clínicas privadas de saúde no Brasil. Neste caso, sempre é contemplado um vírus do tipo B da linhagem Yamagata na sua composição. Além dela, outros exemplos são:

  • Vacina tetraviral (SCR-V) contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela;
  • Vacina da dengue que induz imunidade contra quatro sorotipos do vírus (DEN1, DEN2, DEN3 e DEN4);
  • Vacina do HPV4 que protege contra os tipos de HPV 6, 11, 16 e18.
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Vacina pentavalente

O ponto é que, quando o assunto são vacinas, os imunizantes tetravalentes estão longe de ser o limite de imunização descoberto pela ciência. Por exemplo, existem vacinas que são pentavalentes, como:

  • Vacina penta de células inteiras (DTPw­-HB/Hib) que protege contra difteria, tétano, coqueluche, meningite por Hib (bactéria Haemophilus influenzae tipo b) e hepatite B;
  • Vacina oral pentavalente (VRH5) que induz proteção contra cinco tipos de rotavírus.
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Mais casos de imunizantes diferentes

Se as pentavalentes já parecem ser de atuação bastante ampla, é somente porque não nos lembramos dos imunizantes que induzem o sistema imunológico a combater a bactéria pneumococo (Streptococcus pneumoniae), conhecida por ser a causa mais comum de doenças graves em crianças com menos de 5 anos.

Nesse caso, especificamente, existem imunizantes que protegem o organismo contra 10 tipos diferentes pneumococos (vacina pneumocócica conjugada 10-valente/VPC10) ou ainda contra 23 tipos (Vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente/VPP23).

Fonte: Com informações: SBIm