Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Quem morre por covid-19 no Brasil hoje em dia?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 17 de Novembro de 2022 às 09h00

Link copiado!

Nd3000/Envato Elements
Nd3000/Envato Elements

Os primeiros casos de infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2 foram confirmados no final de 2019 e, desde então, a doença provocou e provoca uma onda de mortes em todo o mundo, derrubando até a média da expectativa humana global. São mais de 6,6 milhões. Apesar dos avanços e das vacinas, mesmo em menor escala, a covid-19 ainda é responsável por mortes hoje em dia.

No Brasil, a média móvel diária de mortes pela covid-19 é estimada em 31, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). O parâmetro é muito mais baixo que os momentos de pico da pandemia da covid-19, onde mais de 2 mil mortes diárias foram registradas. Hoje, a realidade é outra, mas alguns grupos específicos ainda têm risco aumentado para a doença.

Quem morre pela covid-19 hoje?

Continua após a publicidade

Infelizmente, o grupo que mais morre pela covid-19 é o composto por pessoas com mais de 65 anos, ou seja, os idosos. No início da pandemia, estes indivíduos eram os mais vulneráveis e, hoje, ainda continuam a ser. A questão é que, com vacinas e a imunidade natural, óbitos em outras faixas etárias despencaram, fazendo com que as mortes entre os mais velhos sejam ainda mais evidentes, quando comparadas com a do resto da população.

Observando os dados da saúde pública dos Estados Unidos, é possível observar que as mortes por covid-19, entre pessoas com 65 anos ou mais, cresceram de forma significativa entre os meses de abril e julho deste ano. Para ser preciso, o aumento foi de 125%, segundo a Kaiser Family Foundation. Este grupo continua a ser predominante entre os mortos da covid-19.

Idosos são os que mais morrem pela covid-19 no Brasil

Continua após a publicidade

No Brasil, entender quem ainda morre pela covid-19 é somente possível através dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), divulgados pelo Ministério da Saúde. Esta é uma das complicações causadas pelos vírus respiratórios e tende a levar os pacientes aos hospitais, onde são normalmente testados. Por isso, é um bom indicador da evolução da doença na população brasileira.

Do começo do ano até os primeiros dias de novembro, foram identificados 464 mil casos de SRAG, sendo que 198 mil foram provocadas pela covid-19. Outros 227 mil casos não tiveram a causa identificada ou estão em investigação, o que indica possível subnotificação dos casos da covid. Agora, olhando para as mortes do coronavírus em 2022, 55 mil foram oficialmente provocadas pelo vírus da covid-19. Outras 21 mil ainda não têm origem definida.

Do total, 45,7 mil óbitos por SRAG da covid-19 foram confirmados entre aqueles que têm mais de 60 anos ou mais. A faixa etária mais acometida foi a de 80 a 89 anos, com mais de 15 de mil mortes.

Continua após a publicidade

Crianças também são vítimas fatais da infecção

Embora os números não sejam tão expressivos, a doença ainda mata em todas as faixas etárias e mais que os outros vírus respiratórios no Brasil. Por exemplo, em bebês e crianças de até 5 anos, são contabilizadas 477 mortes oficiais pela SRAG associado com a covid-19. Neste mesmo período, a influenza (gripe) provocou apenas 32 óbitos.

Comorbidades mais associadas com mortes pela covid-19

Continua após a publicidade

Através da análise dos casos de SRAG, não é possível estimar quantas pessoas com comorbidades morreram em decorrência da covid-19 este ano no Brasil. No entanto, médicos e especialistas alertam que este continua a ser um fator de risco para a doença, somando-se a questão da idade.

Os dados da prefeitura de São Paulo apontam que estas são as comorbidades mais associadas com óbitos relacionados à covid-19, em ordem decrescente:

  1. Problema do coração (cardiopatia);
  2. Diabetes;
  3. Obesidade;
  4. Doença neurológica;
  5. Doença renal;
  6. Pneumopatia;
  7. Imunodepressão;
  8. Asma;
  9. Doença hepática;
  10. Doença hematológica.

Vacina da covid-19 impacta no risco de morte

Continua após a publicidade

Entre os óbitos da covid-19, a vacinação é tão importante que a questão da idade e das comorbidades. Isso significa que a pessoa deve contar com o esquema primário (duas doses) e mais as doses de reforço disponíveis, orientadas pelas autoridades de saúde.

No Brasil, os dados divulgados abertamente sobre o perfil dos pacientes que morreram em decorrência da covid-19 não são tão abrangentes e nem tão detalhadas quanto os dos EUA. Por isso, seguiremos com a análise sobre quem morre hoje por covid com as informações levantadas pelo Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Em agosto deste ano, pessoas que optaram por não receber nenhuma vacina da covid-19 e tinham 50 anos ou mais apresentam um risco de morte por covid-19 12 vezes maior do aqueles que estavam em dia com as doses de reforço nos EUA.

Continua após a publicidade

Além disso, entre os vacinados (esquema primário e uma dose de reforço) com 50 anos, o risco de morte era 3 vezes maior do aqueles que tinham duas doses de reforço.

Pensando na população norte-americana geral, o risco de morte pela covid-19 era 6 vezes maior entre os não vacinados com mais de 6 meses do que no resto das pessoas. A análise não detalha se o indivíduo tem (ou não) imunidade prévia, adquirida através de um caso anterior da infecção.

Quinta dose da vacina contra covid

Hoje, a quinta dose da vacina da covid-19 — ou a terceira dose do reforço — já está disponível em algumas cidades brasileiras, mas a aplicação ainda é bastante restrita. Aqui, é importante checar como está a questão na sua região.

Continua após a publicidade

Por exemplo, na cidade de São Paulo, o imunizante da covid-19 pode ser aplicado em todos os imunossuprimidos com mais de 18 anos. Em outros locais, está somente liberada para os indivíduos com imunossupressão e 40 anos ou mais.

Diferente dos EUA, o Brasil ainda não aplica as doses da vacina atualizadas contra a variante Ômicron do coronavírus. Ainda não há previsão para quando a nova versão chegue ao Brasil. A expectativa é que a nova formulação turbine as proteções.

Fonte: Prefeitura de SPScientific American, ConassMinistério da Saúde e CDC (1) e (2)