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Ômicron BE.9: nova subvariante da covid surge no Amazonas, diz Fiocruz

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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  Abdelrahman_El-masry/Envato
Abdelrahman_El-masry/Envato

Cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) descobriram uma nova subvariante da covid-19, a Ômicron BE.9, no estado do Amazonas. A cepa é responsável por uma nova alta de casos do coronavírus SARS-CoV-2 em Manaus e não tem relação direta com a chegada da BQ.1.

A descoberta da nova subvariante Ômicron BE.9 foi feita pela Rede Genômica Fiocruz, após a análise e sequenciamento de mais de 200 genomas do vírus da covid-19, coletados no mês de setembro, no Amazonas. No momento, a cepa não dá indícios de ser mais infecciosa (causar casos mais graves).

Na pandemia da covid-19, o Amazonas é considerado um território sentinela de monitoramento da doença para o resto do Brasil, conforme explica o pesquisador Tiago Gräf, da Rede Genômica. “O que ocorre no estado tende a se repetir em outras regiões e pode estar acontecendo novamente”, afirma, em comunicado.

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O que sabemos sobre a Ômicron BE.9 do Amazonas?

Segundo os pesquisadores da Fiocruz, a Ômicron BE.9 é uma evolução da sublinhagem BA.5 — a cepa que era predominante no Amazonas. Até então, a nova subvariante era conhecida pelo nome BA.5.3.1. Em muitos aspectos, a cepa é similar à BQ.1, também presente no Brasil.

"A BE.9 e a BQ.1 têm suas diferenças em outras regiões do genoma, mas na [proteína] Spike são muito similares. É por isso que é muito importante que monitoremos de perto a BE.9, pois já vimos que ela fez ressurgir a covid-19 no Amazonas e não sabemos se ela poderá fazer o mesmo no resto do Brasil”, acrescenta.

No momento, o consenso é que ambas as subvariante não devem provocar o aumento do número de casos graves da covid-19, como já foi observado em onda anteriores da pandemia.

Variante Gama e o colapso da saúde no estado

Vale lembrar que, em janeiro de 2021, surgiu no estado do Amazonas a variante Gama (P.1). Esta foi responsável por um aumento de casos da covid-19, incluindo de formas graves da doença em todo o estado e, posteriormente, no Brasil.

Inclusive, a variante Gama da covid-19 causou o colapso do sistema de saúde local, chegando a faltar oxigênio para pacientes internados. Só que, naquele momento, poucas vacinas eram aplicadas no país e a maior parte da população não estava imunizada.

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Fonte: Agência Fiocruz