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Vacinação da COVID-19 | Quais as diferenças entre o plano nacional e o de SP?

Por| 09 de Dezembro de 2020 às 11h09

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CDC/Unsplash
CDC/Unsplash

Na busca por vacinas contra a COVID-19, agências reguladoras internacionais já aprovam os primeiros imunizantes, como a NHS, no Reino Unido, e a FDA, nos Estados Unidos. Até o momento, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda não autorizou nenhuma vacina contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2) no Brasil. No entanto, planos para a vacinação dos brasileiros já estão sendo traçados.

Nos preparativos para a vacinação contra a COVID-19 no Brasil, o governo federal apresentou na última semana, de forma preliminar, o Plano Nacional de Imunização (PNI). Quando finalizada, a iniciativa do Ministério da Saúde deve valer para todo o Sistema Único de Saúde (SUS). Em paralelo, o governo do estado de São Paulo apresentou um plano de estadual de vacinação na segunda-feira (7), chamado de Plano Estadual de Imunização. Além de SP, outros estados e cidades, como Curitiba, já anunciaram interesse em aderir.

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Vacinas contra o coronavírus

Mesmo que ainda não haja uma vacina autorizada pela Anvisa, a principal diferença entre os planos de imunização está nas vacinas que serão aplicadas. Até o momento, o PNI focará na distribuição de doses da vacina de Oxford contra a COVID-19, enquanto a vacinação, liderada pelo estado de São Paulo, deve adotar a CoronaVac para imunização contra o coronavírus. Independente das opções, será necessária a aplicação de duas doses.

Desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, a vacina de Oxford utiliza uma plataforma vetor viral não replicante. Para isso, ela utiliza um adenovírus, encontrado em chipanzés, conhecido como ChAdOx1. Esse adenovírus é editado geneticamente e tem incluído, em seu material genético, a proteína spike, encontrada na membrana do novo coronavírus. Na terça-feira, a AstraZeneca publicou os dados de eficácia do imunizante que é de pelo menos 62%.

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Com outra tecnologia, a CoronaVac foi desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo. Em sua fórmula, o imunizante é composto a partir de fragmentos do coronavírus inativados (quando o vírus está "morto"). Até o momento, foi publicado que o imunizante produz anticorpos em 97% dos voluntários. No entanto, a taxa de eficácia que ainda deve ser divulgada. 

Além dessas duas vacinas, o Brasil poderá contar com o imunizante da farmacêutica norte-americana Pfizer, desenvolvido em parceria com a empresa de biotecnologia alemã BioNTech. A vacina adota a tecnologia inédita do RNA mensageiro e já foi aprovada tanto nos EUA quanto no Reino Unido. No país, o governo federal ainda estuda a aquisição deste imunizante.

Quando as vacinas estarão disponíveis?

De acordo co o plano estadual de vacinação contra a COVID-19, as primeiras doses da CoronaVac devem ser aplicadas no dia 25 de janeiro de 2021. Já a segunda dose do imunizante pode começar a ser aplicada a partir do dia 15 de fevereiro, ou seja, mais de 20 dias após a primeira dose. No entanto, todo esse cronograma dependerá da aprovação da Anvisa. Quanto ao governo federal, ainda não há uma data estabelecida para o início da vacinação contra o coronavírus. É possível que isso aconteça entre fevereiro e março do próximo ano.

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Grupos prioritários contra a COVID-19

Na primeira fase do PNI, o foco da vacinação contra a COVID-19 será nos trabalhadores da saúde, comunidades indígenas e população idosa com mais de 75 anos, segundo informou o Ministério da Saúde. Entrem na primeira leva também pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência, como asilos e instituições psiquiátricas.

Na segunda fase da campanha do governo federal, o foco permanece sendo os idosos, mas entram aqueles com idades entre 60 a 74 anos. Já, na terceira fase, as campanhas vão imunizar pessoas com comorbidades e que, por isso, apresentam maior chance de complicações devido à COVID-19. Por exemplo, pacientes com doenças renais crônicas e cardiovasculares devem ser vacinados nesta etapa. Por fim, na quarta fase, serão vacinados os professores, as forças de segurança e salvamento, os funcionários do sistema prisional e os presos. Para esse montante de pessoas, o governo estimar usar 109,5 milhões de doses.

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Vale ressaltar que o plano de vacinação nacional ainda não foi completamente definido e podem ocorrer mudanças. De acordo com o Ministério da Saúde, o plano só ficará pronto quando houver uma vacina registrada na Anvisa. De qualquer forma, a população, em geral, não deve ser foco das primeiras doses contra a COVID-19. Essa questão, inclusive, vale para os dois planejamentos (federal e estadual). 

De forma bastante semelhante, o plano de SP contra a COVID-19 também focará nos profissionais da saúde e nos idosos. Vale ressaltar que o estado divulgou apenas os vacinados da primeira fase e os subdividiu de acordo com datas pré-estabelecidas de vacinação. Nesse sentido, em ordem de prioridade, serão imunizados os seguintes grupos: 

  • Profissionais da área da saúde, indígenas e quilombolas;
  • Pessoas com 75 anos ou mais;
  • Pessoas com idade entre 70 e 74 anos;
  • Pessoas com 65 a 69 anos;
  • Aqueles com 60 a 64 anos.

Para alcançar essa cobertura, o governo de SP estima aplicar 18 milhões de doses.

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Logística da vacinação

Para a vacinação, o estado de São Paulo já possui 5,2 mil postos de vacinação nos 645 municípios paulistas e estudam ampliar o total para até 10 mil pontos. Nesse contexto, as autoridades de saúde avaliam a utilização de escolas, quartéis da PM, estações de trem e terminais de ônibus, farmácias e sistemas drive-thru. A estimativa é que todo esse esquema de logística e segurança pública para o Plano Estadual de Imunização envolva cerca de 79 mil profissionais, com 54 mil trabalhadores do setor de saúde e 25 mil agentes de segurança, entre policiais militares e guardas civis municipais.

Até o momento, o planejamento logístico para  a vacinação do PNI contra a COVID-19 ainda não foi apresentado, de acordo com as informações compartilhadas pelo Ministério da Saúde no plano preliminar,

 

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Fonte: Com informações: Ministério da Saúde e Governo de SP