TikTok supera YouTube em tempo médio de visualização nos EUA
Por Alveni Lisboa • Editado por Douglas Ciriaco |
O Tiktok ultrapassou o YouTube na média de tempo de visualizações por usuário nos Estados Unidos e no Reino Unido. Esse resultado mostra a força do formato dos vídeos curtos, das lives e da criação de conteúdo social, voltado principalmente para a diversão. Os dados foram divulgados pela empresa de análise do mercado móvel App Annie na segunda-feira (6) e revelam destaque também da Twitch e do Instagram nesse impulsionamento.
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O YouTube ainda mantém a liderança no tempo total destinado a aplicativos sociais, de comunicação, fotos e vídeos, bem como no segmento de entretenimento, mas, na média por pessoa, o TikTok se destaca por margem 9% superior. O Reino Unido é o local onde essa diferença é mais gritante: quase 64% a mais de prevalência dos vídeos curtos em relação aos longos, segundo os dados — na terra da rainha Elizabeth, os chineses superam os estadunidenses desde maio de 2020.
Já nos EUA, a diferença é disputada palmo a palmo, com alternância mensal desde agosto do ano passado. É importante registrar que o tempo médio gasto nos dados reunidos pela App Annie é baseado exclusivamente no consumo dos usuários do Android, portanto pode não refletir necessariamente a realidade do mercado.
Gastos nos apps
Quando o assunto são gastos de dinheiro na plataforma, aí o YouTube alcança topo no primeiro semestre de 2021. A rede social de vídeos do Google lidera no setor de streaming, social, foto e vídeo, bem como na amplitude de envolvimento do público — o levantamento até mostra como as lives impulsionaram o crescimento do tempo de tela nas plataformas.
Conforme a análise da consultoria, esse resultado ainda pode pender mais para o lado do TikTok, já que o gráfico revela uma tendência de alta nos vídeos curtos nos próximos anos. Esses dados chegam no exato momento em que o aplicativo chinês se consolida como o líder mundial no mercado, tanto para dispositivos Android quanto no iOS em termos de downloads.
Estados Unidos e Reino Unido são destaque nesse tipo de levantamento porque são os dois principais falantes da língua inglesa do mundo, a qual possui mais conteúdos nas principais plataformas sociais. O português tem uma quantidade bem mais limitada de pessoas e materiais produzidos, por isso as análises não costumam o considerar como relevante.
Disputa nos vídeos curtos
Nos últimos meses, seguindo a tendência do Instagram para rivalizar com o TikTok, o YouTube criou um formato de vídeos curtos chamado Shorts. Além de ter como trunfo a imensa base de usuários da plataforma, a empresa também anunciou a destinação de cerca de R$ 5,1 milhões para monetizar e recompensar os criadores de conteúdo exclusivos.
Como resposta, o TikTok aumentou o limite máximo de tempo dos vídeos de 30 segundos para até três minutos — a rede já analisa até estender esse prazo para cinco. Também de olho no público dos concorrentes no segmento de lives, a plataforma chinesa copiou recursos como lives compartilhadas por duas pessoas, moderadores para canais e criação de enquetes para aumentar o engajamento.
Fonte: App Annie