Elon Musk diz que Twitter permanecerá na App Store após conversa com Tim Cook
Por Alveni Lisboa • Editado por Douglas Ciriaco |

Dono do Twitter, Elon Musk se encontrou com o CEO da Apple Tim Cook para tratar acerca da possível remoção da rede social da App Store. A reunião aparentemente foi positiva para Musk, que tuitou dizendo que a Maçã não considera remover o programa da loja oficial do iPhone.
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O bilionário dono da Tesla e da SpaceX garantiu ter tido uma "boa conversa" com Cook e esclareceu todos os pontos problemáticos da relação. No início da semana, Musk disse que a Apple havia ameaçado remover o Twitter, acusando a fabricante do iOS de censura e criticando o "imposto secreto" de 30% cobrado sobre as transações da App Store.
Após a reunião, o magnata apagou alguns tuítes críticos à Maçã e disse que a sede da empresa é linda. Os dois executivos provavelmente conseguiram chegar a um consenso, embora não se saiba quais foram os pontos acordados. Cook não se manifestou sobre o teor da conversa, então não existe um contraponto à versão de Musk.
Além da ameaça de exclusão, o mandachuva do Passarinho Azul reclamou publicamente do corte de verbas de anúncios da Apple na mídia social. Em tom jocoso, provocou: "A Apple praticamente parou de anunciar no Twitter. Eles odeiam a liberdade de expressão nos EUA?". Ainda não está claro se a criadora do iPhone pretende retornar com as propagandas, afinal o cenário ainda é de incerteza.
Twitter vai sair da App Store do iPhone?
A confusão começou quando o chefe da App Store, Phil Schiller, excluiu sua conta no Twitter. Usuários especularam se tratar de uma sinalização de que a plataforma poderia ser removida da loja oficial, principalmente após o fim da moderação de conteúdo acirrada e do retorno de figuras banidas.
A Apple costuma ser bastante punitiva contra empresas que não atuam para combater desinformação, discursos de ódio e teorias da conspiração, em especial quando envolvem temas de saúde pública como as vacinas e a pandemia. A Truth, rede social do ex-presidente Donald Trump, e a Parler são bons exemplos disso.
No começo da semana, foi divulgada a informação de que o Twitter suspendeu a aplicação da política de combate à desinformação sobre a covid-19, algo que vinha ocorrendo desde janeiro de 2020. Há levantamentos que apontam o crescimento do discurso de ódio e posts tóxicos desde a aquisição da plataforma — embora levantamento divulgado pelo próprio Musk diga o oposto.
Recentemente, a empresa Media Matters descobriu que 50 dos 100 maiores anunciantes do Twitter simplesmente cortaram a verba de investimento. Os motivos são variados, mas quase todos estão relacionados ao temor acerca do futuro de uma plataforma em turbulência.
Fazer as pazes com a Apple pode ser um caminho inteligente de Musk para acalmar os investidores e, quem sabe, incentivar uma nova onda de crescimento. O jeito é aguardar para ver qual será a próxima declaração polêmica do bilionário, que pode acirrar os ânimos e ditar o futuro do Twitter.